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sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Salmo 133, o Salmo do Grau de Aprendiz
Salmo 133, o Salmo do Grau de Aprendiz"Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e desce para a orla de suas vestes. É como o orvalho de
Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre".Na abertura
dos trabalhos de uma loja maçônica, no grau de aprendiz, do Rito Escocês Antigo e Aceito, é lido o salmo 133, que
exulta a união entre os irmãos, salmo este que também o foi da ordem dos templários, fundada na época das
cruzadas, como sabemos. Este salmo demonstra a filosofia maior da Maçonaria. Nele está contida a trilogia liberdade,
igualdade e fraternidade. O SALMO OU PSALMO: Do grego psalmos, de psallein é uma palavra grega com o
significado de tocar um instrumento de corda, o saltério, espécie de harpa, e é também um cântico acompanhado de tal
instrumento.O saltério ou psaltério do grego; de psaltein é um instrumento musical de formato triangular ou trapezoidal
com treze ordens de cordas, que se faziam vibrar com uma pena ou com as unhas.Os hebreus já conheciam o
saltério, que foi introduzido na Europa após as Cruzadas.Salmo foi o nome dado pelos Setenta ao hinário de Israel, isto
é aos hinos ou salmos destinados aos serviços corais do templo ou sinagogas, traduzindo por psalmos a palavra
hebraica " mizmór, " significando cântico com o acompanhamento de um instrumento de cordas.O Livro dos Salmos é
uma coleção de 150 composições poéticas, as quais, através dos gêneros literários os mais diversos, apresentam
conteúdo exclusivamente religioso.Sendo a expressão da alma hebraica em oração, manifestam os mais variados
sentimentos e circunstâncias: júbilo e pranto, triunfos e derrotas, tranqüilidade e angústia, agradecimento e louvor, enfim
um tumultuar de afetos contados sempre com profunda suavidade.Em hebraico, esta coleção denomina-se " tehillim ", da
raiz " hálial " louvar, tratando-se portando de louvores.Na versão Grega dos Setenta, os Salmos vêm sob o nome de "
psalterion " ou " psalmoi " o que significa cantar com acompanhamento. Do vocábulo Grego originou-se o nome dos
Salmos em todas as línguas modernas, sobretudo as neolatinas.O livro dos salmos é uma reunião de cânticos e louvores
ao Senhor, feitos por Davi, Asafe, Salomão, a Moisés, a Etá e aos filhos de Coré. Teriam sido escritos no décimo
século antes de Cristo em diante.Os salmos com já mencionam são 150 e estão distribuídos assim: 5 (cinco) salmos
que tratam exclusivamente da glória da cidade de Jerusalém e o seu tempo passado e no futuro - São Eles: Salmos 48,
84, 122, 132; temos 7 (sete) salmos que são os chamados de penitenciais: São eles: Salmos 6, 32, 38, 51, 102, 130,
143; temos 15 (quinze) salmos que são conhecidos como os Salmos do Peregrino - que são eles: 120 a 134; temos 1
(um) salmo que é o familiar salmo de ação de graças - que é o Salmo 36; 1 (um) grande salmo da palavra de Deus que é
o Salmo 119, e mais 6 (seis) que são conhecidos como os salmos das aleluias - São os: 111, 113, 115 a 117.A fragilidade
humana e a glória de Deus foram contrastadas no Salmo 90; o cuidado protetor de Deus foi apresentado no Salmo 91.
Os salmos incluem um vasto conteúdo de profecias messiânicas: sendo 2 (duas) relativas aos sofrimentos de Cristo: São
os Salmos 22 e 69; 4 (quatro) Cristo como Rei; são os salmos 2, 21, 45 e 72; 3 (três) que falam de sua Segunda vinda
São os Salmos 50, 97 e 98; e fundamentalmente, o pequeno salmo 110, que descreve Cristo como o filho de Deus.Por
todos esses fatores é que a abertura do livro sagrado, no primeiro Grau, o de Aprendiz, é feita na parte central do livro,
justamente no salmo 133. Todos nós conhecemos este salmo, entretanto, poucos de nós sabemos que ele é denominado
de salmo do peregrino; é a peregrinação que o Maçom faz para " refrigerar " a sua alma; para alimentar o seu corpo
espiritual; para fortalecer a sua vida.Não é suficiente, no entanto, apenas "ouvir-lhe" a leitura; é preciso, que as suas
palavras sejam aceitas e compreendidas. Procuremos analisá-las e desvendar o seu verdadeiro sentido, já que essas
palavras inspiradas por Davi foram escritas no décimo século antes da era Cristã.Israel, assim como seu povo, é
abençoado por Deus. Dizem em histórias populares, que é o povo escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de
onde se destaca majestosamente o monte Hermon, um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado
por diversos e importantes rios, dentre eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes
videiras e oliveiras, produzindo tudo o que se planta.Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina,
para chegar à cidade santa de qualquer parte da terra, é preciso " subir ", o que explica bem a razão de ser da expressão
" das subidas ", circundada pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca
majestosamente o monte Hermon.O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve
em seu cume o tempo todo, e é de lá, que vem o orvalho santo, junto com as bênçãos; a neve derretida, forma os rios
e os lençóis de água, e é por sua importância que o salmo 133 destaca-o de forma tão bela.Quando Davi falava "O quão
bom e agradável vivermos unidos os irmãos! " dava importância aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de
Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de
qualquer lugar.E o óleo citado "...é como o óleo precioso... " era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado para
ungir os reis e sacerdotes, e ou aqueles que aspiravam a alguma iniciação; Importante à ponto de comparar com os irmãos
unidos e sua grandiosidade.Agora quando fala "...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião... "
refere-se ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho é
a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada
citação, de onde poderemos refletir e só assim, entendermos o que Davi Dizia:OS IRMÃOS:Quando o Salmo 133, sugere
"...que os irmãos vivam em união... " estamos traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos
no tempo, veremos que a palavra " irmão " se revela uma necessidade entre os homens e era mesmo. Com toques
divinos, não menores necessidade que temos dela hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias
atormentados pelas divergências e alimentados pelo ódio mais profundo, ganância e conquista sem escrúpulo.O
ÓLEO:Deus escolhe Aarão e seus filhos para o sacerdócio, determinando o modelo, o material para a confecção das vestes
e demais elementos que seriam usados para o ofício sacerdotal. A descrição dos elementos que deveriam compor o " óleo
precioso ": Em 1 him (6 litros) de óleo de oliva, 500 siclos da mais pura mirra, 250 siclos de canela aromática, 250 siclos
de cálamo aromático, 500 siclos de cássia e mais especiarias, tudo composto por um mestre perfumista.Diz um
historiador que estas especiarias custavam caríssimo, pois procediam de diversas regiões e de outros países. Depois de
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feita e mistura, passava tudo por um processo de refinamento e depuração, de modo que os seis litros iniciais se
resumiam, no final, em cerca de 600 gramas. Assim, os 1.500 siclos citados, mais o preço de outras especiarias não
determinado, podemos calcular que as 600 gramas finais do " óleo precioso, hoje no mercado não teria perfume de igual
valor financeiro. " Além disso, o óleo precioso era para ser usado unicamente pelo Sacerdote, para santa unção, uma
única vez por ano, quando o Sumo Sacerdote adentrava o Santo dos Santos. E quem se atrevesse a compor um
perfume como aquele, seria extirpado do meio do povo. A fórmula era segredo da tribo de Levi, a tribo dos sacerdotes e
transmitida às gerações seguintes. Dizem que quando o sacerdote usava algumas gotas sobre sua cabeça, a fragrância se
exalava por todo o ambiente, por muito tempo e se estendia até o pátio externo.AARÃO:O membro destacado da tribo
de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu
caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus. Aarão, Moisés e o seu povo, libertados do julgo dos
egípcios, depois de merecido descanso do lado oriental do mar vermelho, reiniciaram a marcha rumo ao sul, pelas
margens ocidentais da Península do Sinai, à procura de água potável, peixes, caças e pastos para seus rebanhos.Assim
como faziam os beduínos-nômades, já instalados em campo aberto, parados ou em evolução, distribuíram as doze tribos (
Famílias ) para cada grupo, assim como as doze colunas dos templos maçônicos, formando um triângulo, ou seja, três
grandes colunas de combate, como faziam, naqueles tempos, os nômades dos desertos.Na frente, estacionados ou em
movimento, instalaram-se a grande coluna dos luminares ( LUZ ), protegida pelos melhores combatentes prontos para
qualquer eventualidade, a que denominaram de coluna do Oriente.Ao noroeste do triângulo, instalaram-se a coluna do
Norte, igualmente em constante vigilância.Ao sudoeste ficou a coluna do Sul. Ambas as colunas do Norte e do Sul,
permaneceram em vigília dia e noite a fim de se defender de possíveis ataques vindos da parte do Egito ou de bandos de
salteadores.No centro das três colunas, naturalmente e sem mistério, instalaram-se os anciãos, mulheres, crianças,
enfermos, escribas, o grande timoneiro Moisés e o sumo sacertade Aarão, onde discutiam a elaboração de uma lei
severa e forte que, depois de elaborada e promulgada, foi denominada de Lei Mosaica, tendo esta lei tornado-se
insuportável, devido a seu rigor como: Olho-por-olho, nariz-por-nariz, orelha-por-orelha, dente-por-dente e castigo
semelhante ao crime cometido. Em face dos clamores de muitos, pedindo uma lei que viesse de Deus e não do homem,
Moisés subiu o Monte Sinai para orar ao Criador e pedir inspiração na feitura de uma lei justa e perfeita.Eis que Deus, na
sua bondade misericordiosa, atendeu as súplicas de Moisés, inspirando-o para que, com espirito de justiça, amor e
bondade, elaborasse "O Decálogo de Deus", consolidando desta forma, o sistema politico-teocrático para a Nação dos
Hebreus.O decálogo de Deus, considerado por muitos como a primeira carta constitucional da humanidade - embora
reduzida - que veio consolidar o regime teocrático da Nação Israelita, era, sem dúvida, uma reduzida e autêntica
constituição Maçônica.A BARBA:Pêlos espalhados pelo rosto adornam a face do homem desde os mais remotos tempos, a
barba mereceu dos mais variados povos, semitas e não semitas da Antigüidade, tratamento especial. A barba não é
apenas um símbolo de masculinidade, virilidade, mas, também, de autoridade e de austeridade moral. Os Israelitas, povo
ao qual pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba e a ela conferiam forte merecimento, apreciável
atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os Israelitas, pelo que ela representava, para
demonstrar sinal de dor profunda, chegavam ao ponto de raspá-la.AS VESTES:De especial significado litúrgico e
ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e
variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para invocação da divindade.Havia especial referência pela
cor branca nas vestes, fios de lã azul, púrpura e vermelha, de linho fino e de fios de ouro, enfeitado com bordados e
estola sacerdotal. Nas representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam
um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua
categoria, enquanto que o sacerdote vinculado ao ritual de coroação exibia uma pele de pantera.No velho testamento
presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de aproximar-se do altar através das grades,
talvez um precursor do avental maçônico.Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, descia pela
barba e escorria à orla de suas vestes.O ORVALHO:O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das
alturas para florir e dar viço às plantas. Nada mais belo e sedutor do que, n o frescor das manhãs, ver como as folhas
cobrem-se de uma colcha úmida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz a luz.Na relva se deposita o
orvalho, cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra, dando-lhe o alimento.
Parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas floridas, formando-se pérolas do líquido cristalino, espelho da vida
que exulta ao redor.O MONTE HERMON:Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do Anti-Líbano do qual
se separa um vale profundo e extenso. Apresenta-se na forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando
um pouco mais, para entender a geografia dessa região que viu nascer a história do mundo bíblico: O Anti-líbano é a
cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando-o das planícies de Bekaa. De todas as cadeias
montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois se desenvolve do nordeste ao sul-sudeste, por quase 163
quilômetros. Sua extensão e altura são visíveis à partir do Mediterrâneo; Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais
de 2.800 metros de altitude, possuindo neve em seu cume, é de lá que o vento traz o orvalho.Um programa de televisão
denominado "Mosaico na TV", trouxe há tempos uma reportagem sobre uma excursão ao vale de Hermon, onde se
cultivam cereais e frutos em abundância. Num determinado trecho da reportagem,, quando a câmera focaliza o topo do
monte Hermon, o locutor diz: "Se não fosse o orvalho que se acumula no topo do monte e que escorre pelas abas,
formando minúsculos, mas inúmeros regatos molhando o vale, ali seria um deserto". Ora, deserto é morte; vale é
vida. E é exatamente o que diz o versículo 3: " Ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre. "O MONTE
SIÃO:Também chamado de monte de Deus, o monte Sião (não que seja santo por si mesmo, mas porque o Senhor o
escolhera para ser sua morada), é para todos um refúgio seguro e inabalável.O orvalho que escorre de Hermon para
os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre o orvalho abençoado e todas as suas complacências.A
BENÇÃO:Tudo que é bom e lhe é agraciado. Em Hebraico, seu significado é "berakak" palavra que deriva de "Berek"
que por sua vez significa joelho. Note-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação da graça
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de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade, portanto, com os joelhos em terra, reverenciando
respeitosamente.Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz de despertar a sua potencialidade
energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e magia."O
onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios
maternos e dos úteros".(Gênesis 49:25)Assim " ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ".Ir .'.
João Alves de Oliveira Filho - M .'.M.'. A.: R.: L.: S.: Loja Maçônica Mestres do Vale Nº 1065Oriente Gov. Valadares - MG -
BIBLIOGRAFIA:Colaboração Especial do Ir.: Luiz Carlos LopesMembro da Loja Maçônica Floriano PeixotoOriente: Aimorés
- MG.Maçonaria - Um Estudo CompletoEscritor: Ir.: Júlio Doin VieiraEditora Maçônica - A Trolha Ltda.Cadernos de
Pesquisas Maçônicas - Caderno Nº 15Escritor: Ir.: Hélio José LopesEditora Maçônica - A Trolha Ltda.As Origens da
Maçonaria - 2ª EdiçãoEscritor: Ir.: Realino de OliveiraImpressão: Esteva Empresa Gráfica - Juiz de Fora - MG.
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e desce para a orla de suas vestes. É como o orvalho de
Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre".Na abertura
dos trabalhos de uma loja maçônica, no grau de aprendiz, do Rito Escocês Antigo e Aceito, é lido o salmo 133, que
exulta a união entre os irmãos, salmo este que também o foi da ordem dos templários, fundada na época das
cruzadas, como sabemos. Este salmo demonstra a filosofia maior da Maçonaria. Nele está contida a trilogia liberdade,
igualdade e fraternidade. O SALMO OU PSALMO: Do grego psalmos, de psallein é uma palavra grega com o
significado de tocar um instrumento de corda, o saltério, espécie de harpa, e é também um cântico acompanhado de tal
instrumento.O saltério ou psaltério do grego; de psaltein é um instrumento musical de formato triangular ou trapezoidal
com treze ordens de cordas, que se faziam vibrar com uma pena ou com as unhas.Os hebreus já conheciam o
saltério, que foi introduzido na Europa após as Cruzadas.Salmo foi o nome dado pelos Setenta ao hinário de Israel, isto
é aos hinos ou salmos destinados aos serviços corais do templo ou sinagogas, traduzindo por psalmos a palavra
hebraica " mizmór, " significando cântico com o acompanhamento de um instrumento de cordas.O Livro dos Salmos é
uma coleção de 150 composições poéticas, as quais, através dos gêneros literários os mais diversos, apresentam
conteúdo exclusivamente religioso.Sendo a expressão da alma hebraica em oração, manifestam os mais variados
sentimentos e circunstâncias: júbilo e pranto, triunfos e derrotas, tranqüilidade e angústia, agradecimento e louvor, enfim
um tumultuar de afetos contados sempre com profunda suavidade.Em hebraico, esta coleção denomina-se " tehillim ", da
raiz " hálial " louvar, tratando-se portando de louvores.Na versão Grega dos Setenta, os Salmos vêm sob o nome de "
psalterion " ou " psalmoi " o que significa cantar com acompanhamento. Do vocábulo Grego originou-se o nome dos
Salmos em todas as línguas modernas, sobretudo as neolatinas.O livro dos salmos é uma reunião de cânticos e louvores
ao Senhor, feitos por Davi, Asafe, Salomão, a Moisés, a Etá e aos filhos de Coré. Teriam sido escritos no décimo
século antes de Cristo em diante.Os salmos com já mencionam são 150 e estão distribuídos assim: 5 (cinco) salmos
que tratam exclusivamente da glória da cidade de Jerusalém e o seu tempo passado e no futuro - São Eles: Salmos 48,
84, 122, 132; temos 7 (sete) salmos que são os chamados de penitenciais: São eles: Salmos 6, 32, 38, 51, 102, 130,
143; temos 15 (quinze) salmos que são conhecidos como os Salmos do Peregrino - que são eles: 120 a 134; temos 1
(um) salmo que é o familiar salmo de ação de graças - que é o Salmo 36; 1 (um) grande salmo da palavra de Deus que é
o Salmo 119, e mais 6 (seis) que são conhecidos como os salmos das aleluias - São os: 111, 113, 115 a 117.A fragilidade
humana e a glória de Deus foram contrastadas no Salmo 90; o cuidado protetor de Deus foi apresentado no Salmo 91.
Os salmos incluem um vasto conteúdo de profecias messiânicas: sendo 2 (duas) relativas aos sofrimentos de Cristo: São
os Salmos 22 e 69; 4 (quatro) Cristo como Rei; são os salmos 2, 21, 45 e 72; 3 (três) que falam de sua Segunda vinda
São os Salmos 50, 97 e 98; e fundamentalmente, o pequeno salmo 110, que descreve Cristo como o filho de Deus.Por
todos esses fatores é que a abertura do livro sagrado, no primeiro Grau, o de Aprendiz, é feita na parte central do livro,
justamente no salmo 133. Todos nós conhecemos este salmo, entretanto, poucos de nós sabemos que ele é denominado
de salmo do peregrino; é a peregrinação que o Maçom faz para " refrigerar " a sua alma; para alimentar o seu corpo
espiritual; para fortalecer a sua vida.Não é suficiente, no entanto, apenas "ouvir-lhe" a leitura; é preciso, que as suas
palavras sejam aceitas e compreendidas. Procuremos analisá-las e desvendar o seu verdadeiro sentido, já que essas
palavras inspiradas por Davi foram escritas no décimo século antes da era Cristã.Israel, assim como seu povo, é
abençoado por Deus. Dizem em histórias populares, que é o povo escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de
onde se destaca majestosamente o monte Hermon, um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado
por diversos e importantes rios, dentre eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes
videiras e oliveiras, produzindo tudo o que se planta.Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina,
para chegar à cidade santa de qualquer parte da terra, é preciso " subir ", o que explica bem a razão de ser da expressão
" das subidas ", circundada pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca
majestosamente o monte Hermon.O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve
em seu cume o tempo todo, e é de lá, que vem o orvalho santo, junto com as bênçãos; a neve derretida, forma os rios
e os lençóis de água, e é por sua importância que o salmo 133 destaca-o de forma tão bela.Quando Davi falava "O quão
bom e agradável vivermos unidos os irmãos! " dava importância aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de
Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de
qualquer lugar.E o óleo citado "...é como o óleo precioso... " era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado para
ungir os reis e sacerdotes, e ou aqueles que aspiravam a alguma iniciação; Importante à ponto de comparar com os irmãos
unidos e sua grandiosidade.Agora quando fala "...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião... "
refere-se ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho é
a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada
citação, de onde poderemos refletir e só assim, entendermos o que Davi Dizia:OS IRMÃOS:Quando o Salmo 133, sugere
"...que os irmãos vivam em união... " estamos traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos
no tempo, veremos que a palavra " irmão " se revela uma necessidade entre os homens e era mesmo. Com toques
divinos, não menores necessidade que temos dela hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias
atormentados pelas divergências e alimentados pelo ódio mais profundo, ganância e conquista sem escrúpulo.O
ÓLEO:Deus escolhe Aarão e seus filhos para o sacerdócio, determinando o modelo, o material para a confecção das vestes
e demais elementos que seriam usados para o ofício sacerdotal. A descrição dos elementos que deveriam compor o " óleo
precioso ": Em 1 him (6 litros) de óleo de oliva, 500 siclos da mais pura mirra, 250 siclos de canela aromática, 250 siclos
de cálamo aromático, 500 siclos de cássia e mais especiarias, tudo composto por um mestre perfumista.Diz um
historiador que estas especiarias custavam caríssimo, pois procediam de diversas regiões e de outros países. Depois de
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feita e mistura, passava tudo por um processo de refinamento e depuração, de modo que os seis litros iniciais se
resumiam, no final, em cerca de 600 gramas. Assim, os 1.500 siclos citados, mais o preço de outras especiarias não
determinado, podemos calcular que as 600 gramas finais do " óleo precioso, hoje no mercado não teria perfume de igual
valor financeiro. " Além disso, o óleo precioso era para ser usado unicamente pelo Sacerdote, para santa unção, uma
única vez por ano, quando o Sumo Sacerdote adentrava o Santo dos Santos. E quem se atrevesse a compor um
perfume como aquele, seria extirpado do meio do povo. A fórmula era segredo da tribo de Levi, a tribo dos sacerdotes e
transmitida às gerações seguintes. Dizem que quando o sacerdote usava algumas gotas sobre sua cabeça, a fragrância se
exalava por todo o ambiente, por muito tempo e se estendia até o pátio externo.AARÃO:O membro destacado da tribo
de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu
caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus. Aarão, Moisés e o seu povo, libertados do julgo dos
egípcios, depois de merecido descanso do lado oriental do mar vermelho, reiniciaram a marcha rumo ao sul, pelas
margens ocidentais da Península do Sinai, à procura de água potável, peixes, caças e pastos para seus rebanhos.Assim
como faziam os beduínos-nômades, já instalados em campo aberto, parados ou em evolução, distribuíram as doze tribos (
Famílias ) para cada grupo, assim como as doze colunas dos templos maçônicos, formando um triângulo, ou seja, três
grandes colunas de combate, como faziam, naqueles tempos, os nômades dos desertos.Na frente, estacionados ou em
movimento, instalaram-se a grande coluna dos luminares ( LUZ ), protegida pelos melhores combatentes prontos para
qualquer eventualidade, a que denominaram de coluna do Oriente.Ao noroeste do triângulo, instalaram-se a coluna do
Norte, igualmente em constante vigilância.Ao sudoeste ficou a coluna do Sul. Ambas as colunas do Norte e do Sul,
permaneceram em vigília dia e noite a fim de se defender de possíveis ataques vindos da parte do Egito ou de bandos de
salteadores.No centro das três colunas, naturalmente e sem mistério, instalaram-se os anciãos, mulheres, crianças,
enfermos, escribas, o grande timoneiro Moisés e o sumo sacertade Aarão, onde discutiam a elaboração de uma lei
severa e forte que, depois de elaborada e promulgada, foi denominada de Lei Mosaica, tendo esta lei tornado-se
insuportável, devido a seu rigor como: Olho-por-olho, nariz-por-nariz, orelha-por-orelha, dente-por-dente e castigo
semelhante ao crime cometido. Em face dos clamores de muitos, pedindo uma lei que viesse de Deus e não do homem,
Moisés subiu o Monte Sinai para orar ao Criador e pedir inspiração na feitura de uma lei justa e perfeita.Eis que Deus, na
sua bondade misericordiosa, atendeu as súplicas de Moisés, inspirando-o para que, com espirito de justiça, amor e
bondade, elaborasse "O Decálogo de Deus", consolidando desta forma, o sistema politico-teocrático para a Nação dos
Hebreus.O decálogo de Deus, considerado por muitos como a primeira carta constitucional da humanidade - embora
reduzida - que veio consolidar o regime teocrático da Nação Israelita, era, sem dúvida, uma reduzida e autêntica
constituição Maçônica.A BARBA:Pêlos espalhados pelo rosto adornam a face do homem desde os mais remotos tempos, a
barba mereceu dos mais variados povos, semitas e não semitas da Antigüidade, tratamento especial. A barba não é
apenas um símbolo de masculinidade, virilidade, mas, também, de autoridade e de austeridade moral. Os Israelitas, povo
ao qual pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba e a ela conferiam forte merecimento, apreciável
atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os Israelitas, pelo que ela representava, para
demonstrar sinal de dor profunda, chegavam ao ponto de raspá-la.AS VESTES:De especial significado litúrgico e
ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e
variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para invocação da divindade.Havia especial referência pela
cor branca nas vestes, fios de lã azul, púrpura e vermelha, de linho fino e de fios de ouro, enfeitado com bordados e
estola sacerdotal. Nas representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam
um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua
categoria, enquanto que o sacerdote vinculado ao ritual de coroação exibia uma pele de pantera.No velho testamento
presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de aproximar-se do altar através das grades,
talvez um precursor do avental maçônico.Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, descia pela
barba e escorria à orla de suas vestes.O ORVALHO:O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das
alturas para florir e dar viço às plantas. Nada mais belo e sedutor do que, n o frescor das manhãs, ver como as folhas
cobrem-se de uma colcha úmida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz a luz.Na relva se deposita o
orvalho, cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra, dando-lhe o alimento.
Parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas floridas, formando-se pérolas do líquido cristalino, espelho da vida
que exulta ao redor.O MONTE HERMON:Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do Anti-Líbano do qual
se separa um vale profundo e extenso. Apresenta-se na forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando
um pouco mais, para entender a geografia dessa região que viu nascer a história do mundo bíblico: O Anti-líbano é a
cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando-o das planícies de Bekaa. De todas as cadeias
montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois se desenvolve do nordeste ao sul-sudeste, por quase 163
quilômetros. Sua extensão e altura são visíveis à partir do Mediterrâneo; Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais
de 2.800 metros de altitude, possuindo neve em seu cume, é de lá que o vento traz o orvalho.Um programa de televisão
denominado "Mosaico na TV", trouxe há tempos uma reportagem sobre uma excursão ao vale de Hermon, onde se
cultivam cereais e frutos em abundância. Num determinado trecho da reportagem,, quando a câmera focaliza o topo do
monte Hermon, o locutor diz: "Se não fosse o orvalho que se acumula no topo do monte e que escorre pelas abas,
formando minúsculos, mas inúmeros regatos molhando o vale, ali seria um deserto". Ora, deserto é morte; vale é
vida. E é exatamente o que diz o versículo 3: " Ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre. "O MONTE
SIÃO:Também chamado de monte de Deus, o monte Sião (não que seja santo por si mesmo, mas porque o Senhor o
escolhera para ser sua morada), é para todos um refúgio seguro e inabalável.O orvalho que escorre de Hermon para
os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre o orvalho abençoado e todas as suas complacências.A
BENÇÃO:Tudo que é bom e lhe é agraciado. Em Hebraico, seu significado é "berakak" palavra que deriva de "Berek"
que por sua vez significa joelho. Note-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação da graça
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de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade, portanto, com os joelhos em terra, reverenciando
respeitosamente.Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz de despertar a sua potencialidade
energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e magia."O
onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios
maternos e dos úteros".(Gênesis 49:25)Assim " ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ".Ir .'.
João Alves de Oliveira Filho - M .'.M.'. A.: R.: L.: S.: Loja Maçônica Mestres do Vale Nº 1065Oriente Gov. Valadares - MG -
BIBLIOGRAFIA:Colaboração Especial do Ir.: Luiz Carlos LopesMembro da Loja Maçônica Floriano PeixotoOriente: Aimorés
- MG.Maçonaria - Um Estudo CompletoEscritor: Ir.: Júlio Doin VieiraEditora Maçônica - A Trolha Ltda.Cadernos de
Pesquisas Maçônicas - Caderno Nº 15Escritor: Ir.: Hélio José LopesEditora Maçônica - A Trolha Ltda.As Origens da
Maçonaria - 2ª EdiçãoEscritor: Ir.: Realino de OliveiraImpressão: Esteva Empresa Gráfica - Juiz de Fora - MG.
Estar Entre Colunas
I- INTRODUÇÃO
O propósito do presente trabalho é delinear os direitos e obrigações do “Entre Colunas”, prática muito usada especialmente nas reuniões capitulares de uma das ordens Básicas da Maçonaria, que foi a Ordem dos Cavaleiros Templários. Infelizmente, não mais tem sido ensinada e nem posta em práticas nas Lojas.
O interior de uma loja Maçônica (Templo) é dividido em quatro partes, onde a mesma simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul. Em algum tempo na história, logo após a construção do primeiro templo Maçônico do mundo, o Freemasons Hall, em Londres, no ano de 1776, baseado inteiramente no parlamento Inglês, construído em 1296, estabeleceu-se que as áreas pertencentes ao Norte e ao Sul chamar-se-iam Coluna do Norte e Coluna do Sul. Assim, quando um Irmão, em Loja está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as Colunas B e J. Mesmo próximo à grade que separa o Oriente do resto da Loja, o Irmão estará Entre Colunas. Desta forma é extremamente incorreto dizer que o passo ritualístico dos maçons tem que começar entre as Colunas B e J. Tanto isso é verdade, que os Templos modernos, especialmente de Lojas de Jurisdição do grande Oriente do Brasil e MG, têm suas Colunas B e J no Átrio, e não no interior do Templo.
Em síntese, podemos apresentar algumas situações do que é Estar Entre Colunas:
• É conjunto de Obreiros que formam as Colunas Norte Sul;
• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm uma instituição maçônica em pleno funcionamento;
• É quando a palavra está nas Colunas em discussão;
• É quando o Irmão, colocar-se ou postar-se entre as Colunas Norte e do Sul, no centro do piso de mosaico onde isto evidencia que o Obreiro que assim o faz, é o Alvo de atenção de toda Oficina;
• Na circulação do Tronco de Beneficência, o 1º Decágono aguarda Entre Colunas;
• Quando a Porta-Bandeira, com a Bandeira apoiada no ombro, entra no templo este por sua vez se põe Entre Colunas.
• Na apresentação de Trabalhos, o Irmão se apresentar Entre Colunas durante o Tempo de Estudos;
• No atraso do Irmão, o mesmo ao adentrar ao Templo ficará à ordem e Entre Colunas nas, aguardando a ordem do V??? M??? para que tome posse do assento.
• Em atividades ou em conversas sigilosas;
• Em assuntos ditos ou feitos, o qual jura segredo;
II - DESENVOLVIMENTO
Em toda a Assembléia Maçônica, os irmãos poderão se haver do uso da palavra em momento oportuno; caso queira obter a palavra estando “Entre Colunas”, poderá solicitá-la com antecedência ao Venerável Mestre, e obrigatoriamente levar ao seu reconhecimento o assunto a ser tratado. Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito a seus direitos, poderá solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas”, e se autorizado pela parte Venerável o mesmo poderá falar sem ser interrompido desde que haja um decoro de um Maçom. Se, para estar Entre Colunas é necessária a autorização do V??? M???, em contrapartida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição.
No entanto, as possibilidades do uso da Palavra Entre Colunas são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obreiros do Quadro, sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a loja. Não há regulamentação; tal vez por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos trabalhos maçônicos.
Atualmente um Irmão somente é solicitado a estar Entre Colunas, em situação de humilhação e situações tanto quanto degradantes e constrangedoras. Associou-se a idéia de responder Entre Colunas à idéia de punição, quando em realidade isso deveria ser diferente e muito melhor explorado, em beneficio do Quadro de Obreiros de todas as lojas.
Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a sua ou outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a fazer.
A tradição maçônica é tão rigorosa no tange á liberdade de expressão, que quando um Irmão estiver em Pé e a Ordem e Entre Colunas, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo venerável Mestre, ato este conferido ao mesmo.
Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitudes. Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem que seja, aquilo que não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.
Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar desnecessariamente.
Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta. Nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.
Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referência a assuntos do mundo profano. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração ás leis Maçônicas. O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas.
Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outro Oriente e necessita informações, mesmo comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar essas informações Entre Colunas e todos os demais Irmãos, se souberem de algo a respeito, são obrigados a darem respostas ao solicitante.
Outro meio Lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a uma determinada Loja, para se lidar Entre Colunas. Neste caso, a Loja é obrigada a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre o assunto, cabendo todos os direitos, obrigações e cabendo todos os direitos, obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o que lhe foi respondido e a fonte de informações.
III - CONCLUSÃO
Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores embaçado pelos Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso perfazer-se um homem livre e de bons Costumes.
Como dissemos no início, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do Entre Colunas; e se não há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos, é porque pura e simplesmente os princípios da condição Estar Entre Colunas, somente a verdade pode ser dita. Obedecido este princípios tudo mais é decorrência.
Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que reagem as Colunas da Maçonaria, pois Estar entre Coluna é estar entre Irmãos.
BIBLIOGRAFIA
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Londrina: “ A TROLHA.
CARVALHO, Assis. Companheiro Maçom. Londrina ”A TROLHA”.
_____. Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina: “A TROLHA”.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom
EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: “ A TROLHA”.
PUSCH, Jaime. A B C do aprendiz.
Santos, Amando Espósito dos Santos; CONTE, Carlos Basílio, FERREIRA, Cláudio Roque Buono, COSTA, Wagner Veveziani. Manual Completo para lojas Maçônicas. São Paulo: Madras, 2004
O propósito do presente trabalho é delinear os direitos e obrigações do “Entre Colunas”, prática muito usada especialmente nas reuniões capitulares de uma das ordens Básicas da Maçonaria, que foi a Ordem dos Cavaleiros Templários. Infelizmente, não mais tem sido ensinada e nem posta em práticas nas Lojas.
O interior de uma loja Maçônica (Templo) é dividido em quatro partes, onde a mesma simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul. Em algum tempo na história, logo após a construção do primeiro templo Maçônico do mundo, o Freemasons Hall, em Londres, no ano de 1776, baseado inteiramente no parlamento Inglês, construído em 1296, estabeleceu-se que as áreas pertencentes ao Norte e ao Sul chamar-se-iam Coluna do Norte e Coluna do Sul. Assim, quando um Irmão, em Loja está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as Colunas B e J. Mesmo próximo à grade que separa o Oriente do resto da Loja, o Irmão estará Entre Colunas. Desta forma é extremamente incorreto dizer que o passo ritualístico dos maçons tem que começar entre as Colunas B e J. Tanto isso é verdade, que os Templos modernos, especialmente de Lojas de Jurisdição do grande Oriente do Brasil e MG, têm suas Colunas B e J no Átrio, e não no interior do Templo.
Em síntese, podemos apresentar algumas situações do que é Estar Entre Colunas:
• É conjunto de Obreiros que formam as Colunas Norte Sul;
• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm uma instituição maçônica em pleno funcionamento;
• É quando a palavra está nas Colunas em discussão;
• É quando o Irmão, colocar-se ou postar-se entre as Colunas Norte e do Sul, no centro do piso de mosaico onde isto evidencia que o Obreiro que assim o faz, é o Alvo de atenção de toda Oficina;
• Na circulação do Tronco de Beneficência, o 1º Decágono aguarda Entre Colunas;
• Quando a Porta-Bandeira, com a Bandeira apoiada no ombro, entra no templo este por sua vez se põe Entre Colunas.
• Na apresentação de Trabalhos, o Irmão se apresentar Entre Colunas durante o Tempo de Estudos;
• No atraso do Irmão, o mesmo ao adentrar ao Templo ficará à ordem e Entre Colunas nas, aguardando a ordem do V??? M??? para que tome posse do assento.
• Em atividades ou em conversas sigilosas;
• Em assuntos ditos ou feitos, o qual jura segredo;
II - DESENVOLVIMENTO
Em toda a Assembléia Maçônica, os irmãos poderão se haver do uso da palavra em momento oportuno; caso queira obter a palavra estando “Entre Colunas”, poderá solicitá-la com antecedência ao Venerável Mestre, e obrigatoriamente levar ao seu reconhecimento o assunto a ser tratado. Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito a seus direitos, poderá solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas”, e se autorizado pela parte Venerável o mesmo poderá falar sem ser interrompido desde que haja um decoro de um Maçom. Se, para estar Entre Colunas é necessária a autorização do V??? M???, em contrapartida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição.
No entanto, as possibilidades do uso da Palavra Entre Colunas são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obreiros do Quadro, sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a loja. Não há regulamentação; tal vez por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos trabalhos maçônicos.
Atualmente um Irmão somente é solicitado a estar Entre Colunas, em situação de humilhação e situações tanto quanto degradantes e constrangedoras. Associou-se a idéia de responder Entre Colunas à idéia de punição, quando em realidade isso deveria ser diferente e muito melhor explorado, em beneficio do Quadro de Obreiros de todas as lojas.
Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a sua ou outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a fazer.
A tradição maçônica é tão rigorosa no tange á liberdade de expressão, que quando um Irmão estiver em Pé e a Ordem e Entre Colunas, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo venerável Mestre, ato este conferido ao mesmo.
Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitudes. Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem que seja, aquilo que não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.
Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar desnecessariamente.
Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta. Nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.
Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referência a assuntos do mundo profano. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração ás leis Maçônicas. O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas.
Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outro Oriente e necessita informações, mesmo comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar essas informações Entre Colunas e todos os demais Irmãos, se souberem de algo a respeito, são obrigados a darem respostas ao solicitante.
Outro meio Lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a uma determinada Loja, para se lidar Entre Colunas. Neste caso, a Loja é obrigada a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre o assunto, cabendo todos os direitos, obrigações e cabendo todos os direitos, obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o que lhe foi respondido e a fonte de informações.
III - CONCLUSÃO
Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores embaçado pelos Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso perfazer-se um homem livre e de bons Costumes.
Como dissemos no início, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do Entre Colunas; e se não há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos, é porque pura e simplesmente os princípios da condição Estar Entre Colunas, somente a verdade pode ser dita. Obedecido este princípios tudo mais é decorrência.
Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que reagem as Colunas da Maçonaria, pois Estar entre Coluna é estar entre Irmãos.
BIBLIOGRAFIA
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Londrina: “ A TROLHA.
CARVALHO, Assis. Companheiro Maçom. Londrina ”A TROLHA”.
_____. Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina: “A TROLHA”.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom
EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: “ A TROLHA”.
PUSCH, Jaime. A B C do aprendiz.
Santos, Amando Espósito dos Santos; CONTE, Carlos Basílio, FERREIRA, Cláudio Roque Buono, COSTA, Wagner Veveziani. Manual Completo para lojas Maçônicas. São Paulo: Madras, 2004
O SALMO 133
Álvaro Falcão, M: I:.
No rito em que trabalhamos, o Rito Emulação, não há a leitura de quaisquer trechos do Livro das Sagradas Escrituras, na abertura dos trabalhos dos três graus simbólicos.
No entanto, nas lojas maçônicas que adotam o Rito Escocês Antigo e Aceito, no grau de Aprendiz, antes de qualquer procedimento, o Livro Sagrado é aberto em Salmos, capítulo 133, versículos de um a três e, em seguida, procede-se à sua leitura.
A leitura do Salmo 133, considerado emblemático pela apologia que faz à fraternidade, tem por escopo, levar os Irmãos à reflexão sobre este tema tão caro à Ordem.
A compreensão do seu simbolismo faz-se necessária, mas um tanto trabalhosa, porque temos que fazer abstrações e nos transportar aos usos e costumes de uma época muito remota, já que foram escritas cerca de mil anos antes da era cristã.
Mesmo não sendo uma prática do Rito Emulação, considera-se que a procura pelo conhecimento maçônico deve ser constante e transcende ritos e outras convenções, motivo pelo qual aqui são apresentadas algumas notas sobre este assunto.
Cumpre esclarecer que são conhecimentos de domínio geral, não são inéditos, apenas foram ordenados e a eles foi dada uma forma mais agradável para a leitura.
Esta tradução do Salmo 133 é a que consta das Bíblias católicas atuais, havendo também uma outra, usada pelas igrejas protestantes e evangélicas, que é uma versão atualizada da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, publicada em três volumes, em 1753.
O conteúdo, no entanto, é o mesmo, havendo pequenas diferenças nas palavras empregadas.
Os três versículos foram transcritos precedidos de numeração e, em seguida, foram feitos os comentários pertinentes ao seu conteúdo.
1-´” Oh! Vêde quanto é bom, quanto é suave
morarmos todos juntos como irmãos!
2 É semelhante ao óleo precioso
o qual sobre a cabeça derramado,
pela barba de Aarão vai gotejando
até chegar à fímbria do seu manto.
3 É também como o orvalho que do Hermon
escorre sobre os montes do Sião,
pois o Senhor lhes manda a sua bênção,
lhes manda a vida para todo o sempre”
Versículo 1
Para os povos de antigos, da região que é cenário das passagens bíblicas, a palavra "irmão" apresentava significado muito especial e bastante considerado.
E talvez mais que qualquer outro, o povo judeu dava muita importância à unidade familiar, sendo este um ideal perseguido com todo empenho: o de que "os irmãos habitassem em união".
Tal costume perdura até hoje, haja vista que os os judeus, como um todo, e os grupos familiares em particular dentro das comunidades judaicas são muito fechados.
Assim como os irmãos de sangue sentiam a necessidade de unir-se em torno do templo familiar, a filosofia maçônica adotou esta experiência, para ensinar aos seus membros o cultivo do hábito de estarem sempre juntos como única família.
Desta forma, fica claro para nós que “viver em fraternidade” é um dos principais alicerces mantenedores da unidade maçônica, uma vez que, sem a união fraternal, não haverá maçonaria.
Versículo 2
O cabelo e a barba compridos eram símbolos de distinção entre os judeus e o costume de cultivar a barba era um sinal de respeitabilidade e de virilidade.
Nos dias de hoje, isto ainda se pode observar junto aos judeus ortodoxos.
Os patriarcas tinham profunda consideração pela barba, um atributo do varão que, ao ostentá-la, exibiam toda a sua dignidade.
Não era importante somente “ter” a barba, mas era imprescindível “cuidar” dela, pois não o fazendo seu portador poderia ser considerado em estado de demência ou de alienação.
Era considerado um ato de respeito o costume de beijar a barba de um amigo. E era interpretada como uma ofensa gravíssima o ato de se cortar toda ou parte da barba de alguém.
O óleo, também citado no versículo em questão, era o azeite da oliveira que, sobre todos os aspectos, possuía um valor extraordinário para aqueles povos.
Além do seu alto valor como mercadoria, era importante como elemento da dieta e para emprego medicinal. Era, além disso, um símbolo da unidade e do amor entre os irmãos, o que o tornava, também, importante em rituais.
Era empregado em várias efemérides importantes da vida: untava-se o corpo do recém-nascido; era usado na unção em cerimônias de sagração para o sacerdócio; nos enlaces matrimoniais e na unção dos corpos, preparando-os para o sepultamento.
Enfim, todas as ocasiões solenes comportavam essa prática.
Se a pessoa fosse muito respeitada e venerada, o óleo era derramado em abundância para correr livremente da cabeça aos pés, escorrendo pela barba e pelo pescoço, até atingir as vestes.
A alusão ao ato de derramá-lo sobre a cabeça do sacerdote Aarão, era a confirmação de que Deus o havia abençoado e eleito como seu representante para manter o povo em comunhão com Ele e em comunhão entre eles.
Aarão era venerado pelo seu povo, tanto que simboliza a alegria que decorre da união fraterna, porque ele conseguiu unir seu povo, como se todos pertencessem à mesma família.
Quando Aarão foi ungido, como está no livro do Gênese, o óleo consagrado foi derramado em sua cabeça, descendo pelas barbas e pelas suas vestes, significando que, de sua cabeça, de sua mente, de sua parte espiritual, espalhava-se a benção ao "corpo", que simbolizava a nação israelita.
O Salmo menciona as vestes não apenas como passagem para o óleo precioso, mas pelo fato de Aarão ser um sacerdote e, por esta razão, suas vestes serem especiais.
As Sagradas Escrituras registram que os sacerdotes que oficiavam no Tabernáculo se vestiam com hábitos muito especiais, que tinham grande importância nos ritos.
Tal como se vê hoje nas cerimônias da igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana e muitas outras, nas quais os que oficiam os cultos religiosos portam vestimentas primorosamente ornadas, para conferir solenidade ao ato.
Não eram, pois, simples ornamentos, mas receptáculos das forças divinas. Considerados mais um dos objetos sagrados do templo; verdadeiros canais das forças espirituais invocadas.
Versículo 3
Neste versículo, o óleo é comparado ao “orvalho do Hermon”. O Monte Hermon é um monte majestoso, localizado no extremo norte de Israel, próximo ao Líbano.
Era também chamado Senir e de Siriom por outros povos. Seu topo atinge três mil metros de altitude, estando sempre coberto de neve e pode ser avistado de muitas partes da Palestina Dizem os estudiosos das Sagradas Escrituras, que a Transfiguração de Jesus se deu, provavelmente, ao pé deste monte.
E, por exibir neves permanentes em seus pontos mais altos, lhe dão o nome característico e popular de "Monte do Ancião”.
É natural que por se manter coberto de neve o ano inteiro, à noite o orvalho se desprende e os ventos que sopram do Mediterrâneo conduzem essa água a longas distâncias, distribuindo-a em terras áridas, como são as Israel, Palestina, Líbano e de outras nações vizinhas, como uma verdadeira benção, a umidade que beneficia as regiões secas.
O degelo, provocado pelo sol inclemente, derrete a neve e se torna também uma das principais fontes de abastecimento do rio Jordão, um curso d’água de grande significado para os cristãos. E Sião é o nome sagrado daquela região e é o sinônimo de Israel, hoje um Estado tão independente quanto polêmico.
Finalizando, assim como aquele orvalho originário do monte Hermon era um verdadeiro bálsamo para o solo e que fazia os campos produzirem boas colheitas, a união fraternal é também um estímulo que atrai, cultiva,multiplica e renova as bênçãos divinas. Segundo as Escrituras, vida prazerosa e bênçãos divinas eram um privilégio, restrito ao povo judeu. Mas, nos dias de hoje, é um privilégio concedido também aos que procuram viver em harmonia com os seus irmãos, afinados com os preceitos que regem as diferentes sociedades em que vivemos, sempre de acordo com os princípios emanados por Aquele que, lá do alto, nos rege ao longo da vida.
Ir:.Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida, M.I. –
L.M. Cavaleiros Templários
Belo Horizonte, 02/2007
No rito em que trabalhamos, o Rito Emulação, não há a leitura de quaisquer trechos do Livro das Sagradas Escrituras, na abertura dos trabalhos dos três graus simbólicos.
No entanto, nas lojas maçônicas que adotam o Rito Escocês Antigo e Aceito, no grau de Aprendiz, antes de qualquer procedimento, o Livro Sagrado é aberto em Salmos, capítulo 133, versículos de um a três e, em seguida, procede-se à sua leitura.
A leitura do Salmo 133, considerado emblemático pela apologia que faz à fraternidade, tem por escopo, levar os Irmãos à reflexão sobre este tema tão caro à Ordem.
A compreensão do seu simbolismo faz-se necessária, mas um tanto trabalhosa, porque temos que fazer abstrações e nos transportar aos usos e costumes de uma época muito remota, já que foram escritas cerca de mil anos antes da era cristã.
Mesmo não sendo uma prática do Rito Emulação, considera-se que a procura pelo conhecimento maçônico deve ser constante e transcende ritos e outras convenções, motivo pelo qual aqui são apresentadas algumas notas sobre este assunto.
Cumpre esclarecer que são conhecimentos de domínio geral, não são inéditos, apenas foram ordenados e a eles foi dada uma forma mais agradável para a leitura.
Esta tradução do Salmo 133 é a que consta das Bíblias católicas atuais, havendo também uma outra, usada pelas igrejas protestantes e evangélicas, que é uma versão atualizada da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, publicada em três volumes, em 1753.
O conteúdo, no entanto, é o mesmo, havendo pequenas diferenças nas palavras empregadas.
Os três versículos foram transcritos precedidos de numeração e, em seguida, foram feitos os comentários pertinentes ao seu conteúdo.
1-´” Oh! Vêde quanto é bom, quanto é suave
morarmos todos juntos como irmãos!
2 É semelhante ao óleo precioso
o qual sobre a cabeça derramado,
pela barba de Aarão vai gotejando
até chegar à fímbria do seu manto.
3 É também como o orvalho que do Hermon
escorre sobre os montes do Sião,
pois o Senhor lhes manda a sua bênção,
lhes manda a vida para todo o sempre”
Versículo 1
Para os povos de antigos, da região que é cenário das passagens bíblicas, a palavra "irmão" apresentava significado muito especial e bastante considerado.
E talvez mais que qualquer outro, o povo judeu dava muita importância à unidade familiar, sendo este um ideal perseguido com todo empenho: o de que "os irmãos habitassem em união".
Tal costume perdura até hoje, haja vista que os os judeus, como um todo, e os grupos familiares em particular dentro das comunidades judaicas são muito fechados.
Assim como os irmãos de sangue sentiam a necessidade de unir-se em torno do templo familiar, a filosofia maçônica adotou esta experiência, para ensinar aos seus membros o cultivo do hábito de estarem sempre juntos como única família.
Desta forma, fica claro para nós que “viver em fraternidade” é um dos principais alicerces mantenedores da unidade maçônica, uma vez que, sem a união fraternal, não haverá maçonaria.
Versículo 2
O cabelo e a barba compridos eram símbolos de distinção entre os judeus e o costume de cultivar a barba era um sinal de respeitabilidade e de virilidade.
Nos dias de hoje, isto ainda se pode observar junto aos judeus ortodoxos.
Os patriarcas tinham profunda consideração pela barba, um atributo do varão que, ao ostentá-la, exibiam toda a sua dignidade.
Não era importante somente “ter” a barba, mas era imprescindível “cuidar” dela, pois não o fazendo seu portador poderia ser considerado em estado de demência ou de alienação.
Era considerado um ato de respeito o costume de beijar a barba de um amigo. E era interpretada como uma ofensa gravíssima o ato de se cortar toda ou parte da barba de alguém.
O óleo, também citado no versículo em questão, era o azeite da oliveira que, sobre todos os aspectos, possuía um valor extraordinário para aqueles povos.
Além do seu alto valor como mercadoria, era importante como elemento da dieta e para emprego medicinal. Era, além disso, um símbolo da unidade e do amor entre os irmãos, o que o tornava, também, importante em rituais.
Era empregado em várias efemérides importantes da vida: untava-se o corpo do recém-nascido; era usado na unção em cerimônias de sagração para o sacerdócio; nos enlaces matrimoniais e na unção dos corpos, preparando-os para o sepultamento.
Enfim, todas as ocasiões solenes comportavam essa prática.
Se a pessoa fosse muito respeitada e venerada, o óleo era derramado em abundância para correr livremente da cabeça aos pés, escorrendo pela barba e pelo pescoço, até atingir as vestes.
A alusão ao ato de derramá-lo sobre a cabeça do sacerdote Aarão, era a confirmação de que Deus o havia abençoado e eleito como seu representante para manter o povo em comunhão com Ele e em comunhão entre eles.
Aarão era venerado pelo seu povo, tanto que simboliza a alegria que decorre da união fraterna, porque ele conseguiu unir seu povo, como se todos pertencessem à mesma família.
Quando Aarão foi ungido, como está no livro do Gênese, o óleo consagrado foi derramado em sua cabeça, descendo pelas barbas e pelas suas vestes, significando que, de sua cabeça, de sua mente, de sua parte espiritual, espalhava-se a benção ao "corpo", que simbolizava a nação israelita.
O Salmo menciona as vestes não apenas como passagem para o óleo precioso, mas pelo fato de Aarão ser um sacerdote e, por esta razão, suas vestes serem especiais.
As Sagradas Escrituras registram que os sacerdotes que oficiavam no Tabernáculo se vestiam com hábitos muito especiais, que tinham grande importância nos ritos.
Tal como se vê hoje nas cerimônias da igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana e muitas outras, nas quais os que oficiam os cultos religiosos portam vestimentas primorosamente ornadas, para conferir solenidade ao ato.
Não eram, pois, simples ornamentos, mas receptáculos das forças divinas. Considerados mais um dos objetos sagrados do templo; verdadeiros canais das forças espirituais invocadas.
Versículo 3
Neste versículo, o óleo é comparado ao “orvalho do Hermon”. O Monte Hermon é um monte majestoso, localizado no extremo norte de Israel, próximo ao Líbano.
Era também chamado Senir e de Siriom por outros povos. Seu topo atinge três mil metros de altitude, estando sempre coberto de neve e pode ser avistado de muitas partes da Palestina Dizem os estudiosos das Sagradas Escrituras, que a Transfiguração de Jesus se deu, provavelmente, ao pé deste monte.
E, por exibir neves permanentes em seus pontos mais altos, lhe dão o nome característico e popular de "Monte do Ancião”.
É natural que por se manter coberto de neve o ano inteiro, à noite o orvalho se desprende e os ventos que sopram do Mediterrâneo conduzem essa água a longas distâncias, distribuindo-a em terras áridas, como são as Israel, Palestina, Líbano e de outras nações vizinhas, como uma verdadeira benção, a umidade que beneficia as regiões secas.
O degelo, provocado pelo sol inclemente, derrete a neve e se torna também uma das principais fontes de abastecimento do rio Jordão, um curso d’água de grande significado para os cristãos. E Sião é o nome sagrado daquela região e é o sinônimo de Israel, hoje um Estado tão independente quanto polêmico.
Finalizando, assim como aquele orvalho originário do monte Hermon era um verdadeiro bálsamo para o solo e que fazia os campos produzirem boas colheitas, a união fraternal é também um estímulo que atrai, cultiva,multiplica e renova as bênçãos divinas. Segundo as Escrituras, vida prazerosa e bênçãos divinas eram um privilégio, restrito ao povo judeu. Mas, nos dias de hoje, é um privilégio concedido também aos que procuram viver em harmonia com os seus irmãos, afinados com os preceitos que regem as diferentes sociedades em que vivemos, sempre de acordo com os princípios emanados por Aquele que, lá do alto, nos rege ao longo da vida.
Ir:.Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida, M.I. –
L.M. Cavaleiros Templários
Belo Horizonte, 02/2007
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