terça-feira, 14 de agosto de 2012

MAÇONARIA: A ESCOLHA DO VENERÁVEL MESTRE


 Escrito por Jeronimo Borges

O que caracteriza um estudo sério é a continuidade com que é encaminhado. O estudo de Maçonaria, é todo um novo mundo que se descortina diante de nossos olhos, subitamente nos lança numa ordem de coisas novas e grandiosas, só pode ser feito de maneira proveitosa por homens perseverantes, isentos de idéias preconcebidas e impulsionados por um firme e sincero propósito de alcançar um resultado sério, onde reine uma perfeita comunhão de pensamentos ao amor ao Grande Arquiteto do Universo (Deus) e de sentimentos voltados à prática do bem. Mas ela faz mais: mostra os efeitos inevitáveis do mal e, por conseqüência, a necessidade do bem. Se desejarmos coisas sérias, sejamos nós mesmos sérios. Eleições - Entendemos que a Maçonaria tem por norma a prática da democracia que outra coisa não é senão o consenso da maioria. Votar é, ao mesmo tempo, um direito e um dever do Maçom: votar nos que pretendem ser os seus dirigentes; votar na idéia que eles representam, e não em suas figuras pessoais; votar na coerência pelo que achamos certo, votar nos que pretendem bem representar a Loja. Só através do voto é que pode o Obreiro, escolher o melhor caminho de sua Loja e de dar aos preparados a incumbência de dirigi-la. Os cargos eletivos na Grande Loja e nas Lojas serão preenchidos por eleição em escrutínio secreto, no grau de Mestre, em uma única Sessão, não podendo ser adiada, suspensa ou prorrogada, a não ser por ausência da metade ou mais dos eleitos constantes na lista de votantes. No caso de adiamento, suspensão ou prorrogação, a votação deverá ocorrer dentro dos próximos oito dias, atendendo o mesmo “quorum”. O direito de voto será exercido pessoalmente. É requisito para votar e ser votado ter 50% (cinquenta por cento) de frequência em sua Loja, nos 12 (doze) meses que antecederem a eleição, excluídas as duas últimas Sessões, estar em pleno gozo de direitos e prerrogativas. É vedado concorrer a mais de um cargo administrativo na mesma chapa.Para o cargo de Venerável Mestre, ou de Vigilantes, exige-se ser mestre ativo da própria Loja há mais de 3 (três) anos, contados a partir da data do placet de exaltação ou de filiação, até a data designada para a eleição; ter 75% (setenta e cinco por cento) de frequência nos 12 (doze) meses que antecederem a eleição, excluídas as duas últimas Sessões e estar em pleno gozo de direitos e prerrogativas. Para os demais cargos, 50% (cinquenta por cento) de frequência, sob as mesmas condições. Constitui requisito de elegibilidade para os cargos de Venerável, Vigilantes, Orador e Tesoureiro, ser Mestre ativo na própria Loja há mais de (três) anos, contados a partir da data do placet de exaltação ou de filiação, até a data designada para a eleição. A Loja que possui o Quadro de Ex-Veneráveis, esse Colégio indicará os futuros candidatos.Na eleição somente votam os Mestres, e a votação é majoritária e realizada por escrutínio secreto, elaborada uma chapa prévia que é submetida à Loja; podem concorrer quantas chapas forem organizadas, mas via de regra, apresentam-se apenas duas, sendo uma da situação, ou seja, indicada pelo Colégio dos ExVeneráveis e outra da oposição, elaborada por um grupo de Mestres. (Louvado na CONSTITUIÇÃO E REGULAMENTO GERAL DA GLESP). O Venerável Mestre – Muitos Irmãos intimamente aspiram ao cargo de Venerável Mestre e, na sua grande maioria, inconscientes das responsabilidades que o mesmo envolve. Repassamos alguns lembretes indispensáveis ao bom desempenho das funções. O Venerável Mestre é a primeira Luz, o primeiro Oficial e o Presidente da Loja. Ele não tem qualquer poder, ele é o resultado da vontade dos Irmãos. O Venerável, embora sendo o resultado da vontade dos demais Irmãos, é o responsável pela atividade ou inatividade; pelo brilho ou mediocridade; pela participação ou inércia; pela cooperação ou indiferença; pela união ou desunião; pela igualdade ou complexos; pelo entusiasmo ou falta de interesse; pela humildade ou prepotência dos Irmãos, pelo ambiente de harmonia ou choque, enfim, pelo êxito ou fracasso de sua Loja. Para alcançar tais objetivos, o Venerável Mestre deve compenetrar-se pela própria relevância do cargo, que a dignidade, a decência e a lisura moral constituem predicados, inapelavelmente exigidos para uma gestão tranquila e produtiva. O Venerável Mestre deve ser o orientador, pois, Faz-se necessário que o Venerável Mestre tenha exercido alguns cargos precedentes, como o de Orador, de Vigilantes ou de Secretário, adquirindo, assim, passo a passo, a experiência suficiente para desempenhar sua gestão. A escolha para Venerável é relevante que caia em Irmão esclarecido, conhecedor da Arte Real e que tenha franquia entre os Irmãos, pessoa estimada e que seja, ao mesmo tempo, propenso a ser um líder. Requisitos - Os requisitos essenciais para o seu bom desempenho são múltiplos. Consoante a tradição o Venerável Mestre deve cumprir os seguintes deveres: 1º.) Sentir-se Maçom, de preferência a qualquer outra formação doutrinária; 2º.) Pregar a Verdade, atuar com equidade, ser discreto, justo, e pensar com retidão; 3º.) Deve participar, ser entusiasmado e incentivador, e por esses exemplos envolver os demais Irmãos para que não pensem que só os administradores têm obrigações de trabalhar; 4º.) Ser disciplinado, tolerante e apaziguador, ético e digno, pois, caso contrário, não poderá exigir essas virtudes de seus Irmãos; 5º.) Não ser invejoso, dominado por paixão, rancoroso e intrigante; 6º.) Ser estudioso e meticuloso; 7º.) Ser planejador, pois, se uma boa programação não for bem elaborada, os Irmãos de sua Loja tornar-se-ão indiferentes, dispostos a criticar e nunca apresentar soluções; 8º.) Ser humilde e inteligente; 9º.) Nas eleições ter o comportamento de Magistrado; 10º.) Não pleitear cargos ou posições dos Escalões Superiores; 11º.) Obedecer os Landmarks, cumprir e fazer cumprir os Estatutos, Regulamentos e Constituições, a Legislação da Grande Loja (GLESP), a Ritualística adotada pela Loja. 12º.) Zelar pela observância dos bons princípios, perfeita harmonia e Fraternidade. 13º.) Reunir o que está disperso. Conclusão - Todos são chamados a atuarem corajosos e sinceramente, dando de si próprios o melhor. Os fracos, os licenciosos, os levianos, nada poderão fazer de útil e verdadeiro; o maçom nasceu para fazer o bem e lutar contra o mal, para isso lhe foi dada a grandeza da alma, objetivando uma expressão mais alta da vida. Durante muito tempo, os homens se distanciaram uns dos outros e a Maçonaria é o laço que um dia unirá os homens, porque lhes mostrará onde está a verdade e onde está o erro. Mas muitos ainda assim, a negarão. Julgue-a por suas obras e seus princípios. A Maçonaria nunca instigou ao mal; nunca aconselhou nem legitimou o erro e a violência, tampouco a avidez de bens terrenos. Somente os que são humildes, bons, humanitários e são seus preferidos, pois trilham o caminho que esta lhes mostrou para chegar até ela. No seu aspecto científico e filosófico, a Maçonaria será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da humanidade. Todavia, estabelece a renovação definitiva do homem, para a grandeza de seu imenso futuro, começando pela ESCOLHA DO VENERÁVEL MESTRE. “Todas as máximas já foram escritas, falta apenas aplicá-as” (Pascal)

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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