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sexta-feira, 10 de julho de 2009
Organização do Cortejo Para Ingresso à Loja
Charles Evaldo Boller
O mestre de cerimônias distribui cargos e respectivos colares na sala dos passos perdidos ou no átrio, entra no templo e verifica se o mestre arquiteto e auxiliares o ornamentaram corretamente.
Determina que todos os presentes saiam do templo para a formação do cortejo de entrada.
Fora do templo, no átrio ou na sala dos passos perdidos o mestre de cerimônias determina que todos ocupem seus lugares em duas fila paralelas: estando ao seu lado direito, correspondendo a coluna do norte, os aprendizes maçons, mestres maçons sem cargo, mestres maçons com cargo naquela coluna e primeiro vigilante; ao lado esquerdo do mestre de cerimônias correspondendo a coluna do sul, estarão formados os companheiros maçons, mestres maçons sem cargo, os mestres maçons com cargo na coluna, mestres instalados, segundo vigilante e no topo destas duas filas o venerável mestre. Após este, se presentes, estarão formados autoridades da grande loja, convidados ilustres e autoridades maçônicas diversas.
O mestre de cerimônias bate com seu bastão no piso exigindo atenção e silêncio. Informa a todos os presentes da importância do momento e após breve momento de silêncio comunica ao venerável mestre que o templo está devidamente ornamentado e que se for da vontade daquele os trabalhos podem ser iniciados.
O venerável mestre determina que o mestre de cerimônias dê prosseguimento a entrada do cortejo ao templo.
O mestre de cerimônias determina que o guarda do templo e o mestre de harmonia adentrem ao templo e tomem seus lugares. O mestre de harmonia e guarda do templo entram no templo e fecham a porta atrás de si; a partir deste momento ninguém pode abri-la ou fecha-la, a não ser o guarda do templo.
O mestre de harmonia coloca uma música correspondente ao evento.
O mestre de cerimônias dá uma simples batida na porta do templo, que é correspondida pelo guarda do templo pelo lado interno, o qual abre a porta para franquear a entrada do cortejo.
O mestre de cerimônias toma seu lugar ao lado norte da porta do templo, enquanto o guarda do templo permanece ao lado sul com sua espada empunhada e cruzada sobre o peito.
O mestre de cerimônias chama pela entrada dos obreiros que segue a seguinte ordem: aprendizes, companheiros, mestres sem cargo, mestres com cargo no ocidente, seguidos pelos mestres com cargo do oriente, mestres instalados, segundo vigilante, primeiro vigilante e por último, com todos os obreiros de pé, é anunciada pomposamente a entrada do venerável mestre. O mestre de harmonia troca a música por outra mais pomposa e o mestre de cerimônias acompanha o venerável mestre até o trono, onde o cumprimenta com leve meneio de cabeça.
Se existir presente em alguma coluna do ocidente da loja algum visitante mestre instalado, ilustre visitante de outra potência, convidados de honra e especiais, o venerável mestre pode solicitar que o mesmo tome lugar no oriente. É neste momento que o venerável mestre, a seu critério, pode determinar também que o mestre de cerimônias solicite a mudança de lugar de alguns obreiros para equilibrar as colunas do ocidente.
Caso exista a presença de autoridades da grande loja, o mestre de cerimônias volta até perto da porta de templo, se posta ao lado norte e com a porta do templo aberta anuncia a presença da autoridade citando pomposamente seu nome e cargo. O venerável mestre desce do trono até o topo da escadaria que dá acesso ao oriente e aguarda a chegada do oficial. O mestre de cerimônias acompanha o ilustre visitante até o oriente. O venerável mestre oferece o primeiro malhete ao visitante. Se o visitante for o delegado ou outro subordinado do grão mestre, este pode, por uma questão de gentileza, ou conforme cada situação o exigir, devolver o malhete, ao venerável mestre, encaminhando-se ambos ao trono, ficando o visitante sentado ao lado de venerável mestre ao lado que corresponde ao norte e o ex-venerável mestre ao lado que corresponde ao lado sul.
Se o visitante for o grão mestre, este é recebido pelo venerável mestre entre colunas e não devolve o primeiro malhete em nenhuma hipótese, e sempre dirige os trabalhos em sessões onde está presente. O grão mestre e o venerável mestre dirigem-se ao trono ficando o venerável mestre de ofício sentado ao lado que corresponde a norte e outra autoridade, ou o ex-venerável mestre sentado ao lado que corresponde ao lado sul da loja.
O mestre de cerimônias toma seu lugar e anuncia que todos os obreiros e oficinas já tomaram seus respectivos lugares podendo ser dado início aos trabalhos.
VENERÁVEL MESTRE NA LOJA SIMBÓLICA
VENERÁVEL MESTRE - Newton Dan Faoro
Etimologia, definições e origens:
O título de Venerável Mestre, dado ao presidente de uma Loja Maçônica, remonta aos meados do Século XVII, quando se iniciava a transformação da Maçonaria operativa em especulativa. Na época ainda não existia o Grau de Mestre Maçom, que só apareceria no Século XVIII (entre 1724 e 1738). O Presidente da Loja era escolhido entre os Companheiros mais antigos e experientes e se tornava vitalício na direção dos seus trabalhos. O Rito Escocês Antigo e Aceito, antigamente, atribuía ao maçom que fosse iniciado no Grau 20 o título de Mestre AD VITAM, de forma vitalícia o que lhe dava o direito de exercer a função de Venerável Mestre na Loja Simbólica. Esta designação era atribuída pelo Supremo Conselho do Grau.
O título ‘Venerável’ tem origem na palavra inglesa ‘Worship’, que como substantivo significa adoração, culto religioso, respeito, admiração e como verbo significa adorar, venerar, idolatrar. Your Worship é a expressão inglesa para Vossa Excelência, Vossa Senhoria. A expressão Worshipfull Máster passou a ser traduzida, portanto, como Venerável Mestre e como tal foi adotada pelos maçons.
O Venerável Mestre é o responsável como Presidente pela condução dos trabalhos da Loja e como Mestre Maior pela concessão de Graus, incluindo-se a iniciação de profanos. Um Presidente que não tenha recebido a sagração ou investidura como Venerável Mestre poderá tão somente dirigir os trabalhos administrativos da Loja; a investidura de profanos ou mesmo a dos graus de Companheiro e Mestre é prerrogativa de um Venerável Mestre que tenha sido investido com estes poderes por pelo menos três Veneráveis Mestres.
Características e traços de personalidade
O Venerável Mestre é o Líder do grupo de Irmãos de sua Loja. Sabemos que a verdadeira liderança é uma das funções mais difíceis a serem exercidas em qualquer atividade humana.
Nas Lojas Maçônicas, não é diferente; às vezes até mais difícil, pois esta liderança deve ser conquistada aos demais Irmãos pelos valores que possa o líder demonstrar e praticar. A situação é bastante diferente do caso de lideranças empresariais ou mesmo políticas, que são impostas por cargos ou negociadas por benefícios e vantagens. Os Irmãos de uma Loja Maçônica ali se reúnem para buscar seu aperfeiçoamento moral e de caráter e para ter uma convivência o mais fraterna quanto possível. Quando o Venerável não consegue demonstrar sua capacidade de liderar homens maduros nestas condições, dificilmente consegue que sua liderança seja aceita e que o grupo se mantenha coeso, alinhado e dedicado a um esforço pelo qual espera nada mais do que seu crescimento pessoal.
Apesar do muito que já se escreveu sobre liderança, não há uma fórmula pronta para que alguém se torne um líder. Na realidade, não importa o que o líder faz, mas sim o que ele é. Os próprios líderes pouquíssimas vezes conseguiriam descrever o que fazem ou quais são suas características pessoais que fazem com que as pessoas os sigam, mas as pessoas respondem a estas características.
O Líder, por sua vez, deve usar não só a cabeça, mas também o coração; a liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma das pessoas. De um modo geral, está fundamentada em uma relação muito mais emocional do que racional.
Philip Crosby (http://www.skymark.com/resources/leaders/crosby.asp) tem uma definição para Liderança, que, adaptada para a linguagem maçônica poderia ser assim traduzida: “Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização do plano de trabalho do Venerável Mestre.”
Deliberadamente significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claros nas mentes de todos os Irmãos. Ações executadas pelos Irmãos significa que estes objetivos e metas devem ser alcançados por ações empreendidas por todos os Irmãos e não por um deles ou deles um pequeno grupo. Planejadas significa propor uma cadeia de ações cujos produtos esperados sejam de pleno conhecimento de todos os Irmãos. Finalmente, Plano de Trabalho do Venerável Mestre deve ser entendido como o conjunto de realizações que foi consensado com o grupo todo.
Há ainda, e não menos importante, a consideração da tendência do Líder. A história nos fez tomar conhecimento de líderes que tenderam para o bem e outros que tenderam para o mal. Liderança é dom da pessoa, que não tem a ver com seu caráter. Como a Maçonaria “é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um’” ou ainda “para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros; glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, exaltando a virtude e combatendo o vício”, o Venerável Mestre, como seu Líder, estará alinhado com estes traços de personalidade. Se assim não for, não poderá exercer liderança alguma sobre um grupo de homens de bem.
Não será um homem perfeito, porque ninguém o é; mas será um homem sinceramente em busca de sua perfeição.
Desafios a vencer
Exercer a função de Venerável Mestre, muito mais do que uma honraria, me parece como uma missão e um serviço a cumprir. Por mais espinhosa e árdua que esta missão possa parecer ou mesmo ser, sempre servirá para o crescimento individual daquele que a exercer; e se bem exercida, será benéfica e gratificante para todos os participantes.
O exercício da Venerança com sucesso requer que o Líder tenha estudado e continue disposto a estudar a ciência maçônica. Que tenha desempenhado funções outras e diversas no corpo da Loja.
O homem que assumir esta função deve ter um bom conhecimento do ser humano e da sociedade além de ter um caráter firme, porém razoável. O Ir.’. José Gonzáles Ginório (Venezuela), apregoa os seguintes desafios a vencer para que possa bem desempenhar o cargo de Venerável Mestre:
Sentir-se maçom;
Ser discreto e justo;
Estar entusiasmado;
Ser disciplinado, tolerante, conformado não se irritar com facilidade;
Não ser invejoso, apaixonado, rancoroso e intrigante;
Ser estudioso e profundo nos estudos;
Não alardear ou abusar de sua inteligência;
Não pedir, suplicar ou desejar posições.
Em outras palavras, talvez pudéssemos dizer que o Venerável Mestre deve ser um Mestre Maçom que possua reputação ilibada; seja sincero e verdadeiro; afável no trato, inabalável, firme, arraigado, intrépido e intransigente em seus princípios; seja amante da sabedoria e estudioso dos mistérios da Arte Real.
Ora, diríamos: este homem não existe! Certamente não existe, mas alguém que se proponha a ser este homem, terá dado o passo mais importante para se qualificar para o desempenho da missão e do serviço que lhe é proposto.
Este homem deverá ser o espelho de sua Oficina, ou sua Oficina seu espelho!
Investidura, instalação ou posse
O exercício pleno da função de Venerável Mestre, na Maçonaria, requer que o Mestre seja investido no cargo pela cerimônia de Instalação. Somente após esta investidura poderá o mesmo iniciar profanos e conceder graus a outros Irmãos.
A cerimônia de instalação, na Maçonaria, entrou em uso já nos primórdios da sua fase especulativa. As constituições de 1723 já rezavam que “O Grão-Mestre, por certas cerimônias significativas e segundo os antigos usos, instalará o Primeiro Mestre lhe apresentado as Constituições, o Livro da Loja e os instrumentos do seu ofício, não todos juntos, mas um por um; e depois de cada um deles, o Grão-Mestre ou seu Delegado, se referirá ao limitado e expressivo dever adequado ao objeto apresentado”.
A regra maçônica exige a presença de pelo menos três Past-Masters na cerimônia de Instalação de um Venerável.
Past-Master é a denominação adotada nas Grandes Lojas para o ex-Venerável de uma Loja Simbólica. O Grande Oriente adota a expressão ex-Venerável. Ser Past-Master significa que já passou pela cadeira do Rei Salomão e que, ao término de seu mandato, transmitiu o cargo a outro Mestre Maçom eleito regularmente pelos membros do quadro. O Past-Master conserva, perpetuamente, a sua condição de Mestre Instalado ao deixar de exercer as funções de presidente da oficina.
Ao concluir, tomo a liberdade de parodiar o Irmão Valdemar Sansão quando diz:
“Podemos dizer que somente seremos fortes, individual e coletivamente, no dia em que conhecermos nossas fraquezas e nos dispusermos ao trabalho de sustentação das Colunas, suporte, amparo e apoio do Venerável Mestre de nossa Augusta e Respeitável Loja Simbólica, pois sabemos que o homem se mantém e cresce na proporção da força de apoio de seus irmãos”.
Newton Dan Faoro - Presidente da ARLS Hugo Simas, Nº 92 - Mui Respeitável Grande Loja do Paraná (Oriente de Curitiba)
Referências Bibliográficas: Ritual do Aprendiz Maçom (GLP), A MAIS SUBLIME CERIMÔNIA (Valdemar Sansão), A Liderança do Venerável (Anatoli Oliynik), Manual do Mestre Instalado (partes publicadas) (José Castellani), Ritos Maçônicos (Kurt Max Hauser)
Etimologia, definições e origens:
O título de Venerável Mestre, dado ao presidente de uma Loja Maçônica, remonta aos meados do Século XVII, quando se iniciava a transformação da Maçonaria operativa em especulativa. Na época ainda não existia o Grau de Mestre Maçom, que só apareceria no Século XVIII (entre 1724 e 1738). O Presidente da Loja era escolhido entre os Companheiros mais antigos e experientes e se tornava vitalício na direção dos seus trabalhos. O Rito Escocês Antigo e Aceito, antigamente, atribuía ao maçom que fosse iniciado no Grau 20 o título de Mestre AD VITAM, de forma vitalícia o que lhe dava o direito de exercer a função de Venerável Mestre na Loja Simbólica. Esta designação era atribuída pelo Supremo Conselho do Grau.
O título ‘Venerável’ tem origem na palavra inglesa ‘Worship’, que como substantivo significa adoração, culto religioso, respeito, admiração e como verbo significa adorar, venerar, idolatrar. Your Worship é a expressão inglesa para Vossa Excelência, Vossa Senhoria. A expressão Worshipfull Máster passou a ser traduzida, portanto, como Venerável Mestre e como tal foi adotada pelos maçons.
O Venerável Mestre é o responsável como Presidente pela condução dos trabalhos da Loja e como Mestre Maior pela concessão de Graus, incluindo-se a iniciação de profanos. Um Presidente que não tenha recebido a sagração ou investidura como Venerável Mestre poderá tão somente dirigir os trabalhos administrativos da Loja; a investidura de profanos ou mesmo a dos graus de Companheiro e Mestre é prerrogativa de um Venerável Mestre que tenha sido investido com estes poderes por pelo menos três Veneráveis Mestres.
Características e traços de personalidade
O Venerável Mestre é o Líder do grupo de Irmãos de sua Loja. Sabemos que a verdadeira liderança é uma das funções mais difíceis a serem exercidas em qualquer atividade humana.
Nas Lojas Maçônicas, não é diferente; às vezes até mais difícil, pois esta liderança deve ser conquistada aos demais Irmãos pelos valores que possa o líder demonstrar e praticar. A situação é bastante diferente do caso de lideranças empresariais ou mesmo políticas, que são impostas por cargos ou negociadas por benefícios e vantagens. Os Irmãos de uma Loja Maçônica ali se reúnem para buscar seu aperfeiçoamento moral e de caráter e para ter uma convivência o mais fraterna quanto possível. Quando o Venerável não consegue demonstrar sua capacidade de liderar homens maduros nestas condições, dificilmente consegue que sua liderança seja aceita e que o grupo se mantenha coeso, alinhado e dedicado a um esforço pelo qual espera nada mais do que seu crescimento pessoal.
Apesar do muito que já se escreveu sobre liderança, não há uma fórmula pronta para que alguém se torne um líder. Na realidade, não importa o que o líder faz, mas sim o que ele é. Os próprios líderes pouquíssimas vezes conseguiriam descrever o que fazem ou quais são suas características pessoais que fazem com que as pessoas os sigam, mas as pessoas respondem a estas características.
O Líder, por sua vez, deve usar não só a cabeça, mas também o coração; a liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma das pessoas. De um modo geral, está fundamentada em uma relação muito mais emocional do que racional.
Philip Crosby (http://www.skymark.com/resources/leaders/crosby.asp) tem uma definição para Liderança, que, adaptada para a linguagem maçônica poderia ser assim traduzida: “Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização do plano de trabalho do Venerável Mestre.”
Deliberadamente significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claros nas mentes de todos os Irmãos. Ações executadas pelos Irmãos significa que estes objetivos e metas devem ser alcançados por ações empreendidas por todos os Irmãos e não por um deles ou deles um pequeno grupo. Planejadas significa propor uma cadeia de ações cujos produtos esperados sejam de pleno conhecimento de todos os Irmãos. Finalmente, Plano de Trabalho do Venerável Mestre deve ser entendido como o conjunto de realizações que foi consensado com o grupo todo.
Há ainda, e não menos importante, a consideração da tendência do Líder. A história nos fez tomar conhecimento de líderes que tenderam para o bem e outros que tenderam para o mal. Liderança é dom da pessoa, que não tem a ver com seu caráter. Como a Maçonaria “é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um’” ou ainda “para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros; glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, exaltando a virtude e combatendo o vício”, o Venerável Mestre, como seu Líder, estará alinhado com estes traços de personalidade. Se assim não for, não poderá exercer liderança alguma sobre um grupo de homens de bem.
Não será um homem perfeito, porque ninguém o é; mas será um homem sinceramente em busca de sua perfeição.
Desafios a vencer
Exercer a função de Venerável Mestre, muito mais do que uma honraria, me parece como uma missão e um serviço a cumprir. Por mais espinhosa e árdua que esta missão possa parecer ou mesmo ser, sempre servirá para o crescimento individual daquele que a exercer; e se bem exercida, será benéfica e gratificante para todos os participantes.
O exercício da Venerança com sucesso requer que o Líder tenha estudado e continue disposto a estudar a ciência maçônica. Que tenha desempenhado funções outras e diversas no corpo da Loja.
O homem que assumir esta função deve ter um bom conhecimento do ser humano e da sociedade além de ter um caráter firme, porém razoável. O Ir.’. José Gonzáles Ginório (Venezuela), apregoa os seguintes desafios a vencer para que possa bem desempenhar o cargo de Venerável Mestre:
Sentir-se maçom;
Ser discreto e justo;
Estar entusiasmado;
Ser disciplinado, tolerante, conformado não se irritar com facilidade;
Não ser invejoso, apaixonado, rancoroso e intrigante;
Ser estudioso e profundo nos estudos;
Não alardear ou abusar de sua inteligência;
Não pedir, suplicar ou desejar posições.
Em outras palavras, talvez pudéssemos dizer que o Venerável Mestre deve ser um Mestre Maçom que possua reputação ilibada; seja sincero e verdadeiro; afável no trato, inabalável, firme, arraigado, intrépido e intransigente em seus princípios; seja amante da sabedoria e estudioso dos mistérios da Arte Real.
Ora, diríamos: este homem não existe! Certamente não existe, mas alguém que se proponha a ser este homem, terá dado o passo mais importante para se qualificar para o desempenho da missão e do serviço que lhe é proposto.
Este homem deverá ser o espelho de sua Oficina, ou sua Oficina seu espelho!
Investidura, instalação ou posse
O exercício pleno da função de Venerável Mestre, na Maçonaria, requer que o Mestre seja investido no cargo pela cerimônia de Instalação. Somente após esta investidura poderá o mesmo iniciar profanos e conceder graus a outros Irmãos.
A cerimônia de instalação, na Maçonaria, entrou em uso já nos primórdios da sua fase especulativa. As constituições de 1723 já rezavam que “O Grão-Mestre, por certas cerimônias significativas e segundo os antigos usos, instalará o Primeiro Mestre lhe apresentado as Constituições, o Livro da Loja e os instrumentos do seu ofício, não todos juntos, mas um por um; e depois de cada um deles, o Grão-Mestre ou seu Delegado, se referirá ao limitado e expressivo dever adequado ao objeto apresentado”.
A regra maçônica exige a presença de pelo menos três Past-Masters na cerimônia de Instalação de um Venerável.
Past-Master é a denominação adotada nas Grandes Lojas para o ex-Venerável de uma Loja Simbólica. O Grande Oriente adota a expressão ex-Venerável. Ser Past-Master significa que já passou pela cadeira do Rei Salomão e que, ao término de seu mandato, transmitiu o cargo a outro Mestre Maçom eleito regularmente pelos membros do quadro. O Past-Master conserva, perpetuamente, a sua condição de Mestre Instalado ao deixar de exercer as funções de presidente da oficina.
Ao concluir, tomo a liberdade de parodiar o Irmão Valdemar Sansão quando diz:
“Podemos dizer que somente seremos fortes, individual e coletivamente, no dia em que conhecermos nossas fraquezas e nos dispusermos ao trabalho de sustentação das Colunas, suporte, amparo e apoio do Venerável Mestre de nossa Augusta e Respeitável Loja Simbólica, pois sabemos que o homem se mantém e cresce na proporção da força de apoio de seus irmãos”.
Newton Dan Faoro - Presidente da ARLS Hugo Simas, Nº 92 - Mui Respeitável Grande Loja do Paraná (Oriente de Curitiba)
Referências Bibliográficas: Ritual do Aprendiz Maçom (GLP), A MAIS SUBLIME CERIMÔNIA (Valdemar Sansão), A Liderança do Venerável (Anatoli Oliynik), Manual do Mestre Instalado (partes publicadas) (José Castellani), Ritos Maçônicos (Kurt Max Hauser)
CARGOS EM LOJA
Grupo Maçônico Orvalho do Hermon
Irmãos co-autores da presente Peça de Arquitetura: Alair Moreira Spinola; Antonio Lopes da Silva; Sérgio Roberto Gimenez; Sérgio Sanemitsu Tawata; Valter Lyra Gomes; José W. Nunes; e, Roberto Mauro B. Gomes.
VENERÁVEL MESTRE
A jóia do quadro é o Esquadro. Sen¬ do o Esquadro o símbolo da Reti¬dão, como jóia distintiva do cargo de Venerável, indica que ele deve ser o Ma¬çom mais reto e mais justo da Loja que preside.
Como símbolo da retidão, todo maçom deve subordinar suas ações. Como símbolo da virtude, devemos retificar nossos corações. O Esquadro é, materialmente o instrumento empregado nas construções. Simboliza para o Venerável, a grandeza, a sabedoria de seus julgamentos e ensinamentos aos membros da Oficina. É dessa sabedoria e discerni¬ mento da Justiça que devem brotar seus julgamentos, suas sentenças.
Pelo Venerável se conhece a Oficina, isto é, sendo ele o resultado da vontade dos Irmãos do Quadro, é constitucionalmente o responsável direto e indireto pela atividade ou inatividade, pelo brilho ou pela me¬diocridade, pela participação ou desunião, pela igualdade ou complexo, pela prepotên¬cia ou pelo ambiente de harmonia, enfim pelo fracasso ou pelo retumbante sucesso.
VIGILANTES
Denominam-se Vigilantes, os dois Oficiais de uma Loja atual, que, por ordem hierárquica seguem ao Venerável Mestre, ao qual, embora contrariando algumas tradições, sucedem-no na presidência dos trabalhos durante os impedimentos. Esses três oficiais são denominados "As Três Pequenas Luzes da Oficina".
Os Vigilantes são os colaboradores diretos do Venerável Mestre para minis¬trar instruções aos Aprendizes e Compa¬nheiros. Sendo pela ordem hierárquica, o segundo Oficial da Loja, cabe ao 1º Vi¬gilante ministrar instrução aos Companheiros e o 2º Vigilante, terceiro da hie¬rarquia, instruir os Aprendizes.
PRIMEIRO VIGILANTE
O Nível é a Jóia distintiva do cargo. E o emblema da Igualdade. O Nível maçô¬nico é formado pôr um Esquadro de has¬tes iguais, de cujo ângulo desce uma Per¬pendicular. O Nível simboliza a Igualda¬de social, base do Direito Natural e a Perpendicular significa que o Maçom deve, precisa possuir, uma Retidão de julgamento que nenhuma afeição - de in¬teresse ou de família - deve impedir. O que pode distinguir os Maçons e condu¬zi-los aos Altos Cargos é o mérito e tam¬bém as virtudes e o talento.
O Nível lembra ao Maçom que todas as coisas devem ser consideradas com serenidade igual e que o seu simbolismo tem como corolário, noções de Medida, Imparcialidade, Tolerância e Igualdade, bem como o correto emprego dos conhe¬cimentos.
Ao Irmão Primeiro Vigilante cabe a direção da Coluna do Sul.
SEGUNDO VIGILANTE
A Jóia do Cargo é um Prumo ou Per¬pendicular. Esta jóia sugere que não se deve parar no aspecto interior das coisas, mas que se deve penetrar o sentido ocul¬to das Alegorias e dos Símbolos. Ele re¬presenta o Símbolo da Pesquisa da Ver¬dade nas profundezas onde se oculta; as¬ sim como da elevação dos sentimentos maçônicos em direção das alturas. No alto como em baixo, descobre-se a bele¬za do Espírito e do Coração.
O Prumo ou Perpendicular na Maço¬naria é fixado no centro de um Arco. Ele é o emblema da busca, da pesquisa, da investigação da Verdade. E, aproximan¬do-o da verdade, do equilíbrio, ele pare¬ce mostrar o caminho que conduz à per¬feição. Aliado ao Esquadro, ele permite a correta e perfeita construção do Tem¬plo.
ORADOR
A Jóia do Orador é um Livro Aberto, que simboliza que o mesmo nada escon¬derá, nada duvidoso deixará.
O Livro Aberto simboliza que ele re¬presenta a Consciência da Loja, que ele deve conhecer os Cânones para definir a Razão.
O Orador, cargo criado pela Maçona¬ria Francesa logo após a sua introdução naquele país, tem na ordem hierárquica dos funcionários o quarto lugar e pede a Palavra diretamente ao Venerável.
O Orador é o ponto de equilíbrio de uma Oficina. Auxiliado pôr um bom Orador que consiga unir, a madureza de um juízo reto a uma sólida erudição, a um necessário conhecimento das Leia Maçônicas, é muito difícil que um Vene¬rável caia em erros crassos, em equívo¬cos, ou se exceda no exercício de suas funções.
A Igualdade, a Liberdade, a Razão; o Direito e a Justiça, deverão encontrar no Orador, as mais sólida garantia, o mais competente defensor. Para isso ele deve possuir o mais profundo conhecimento dos Regulamentos Gerais, da Ordem e dos particulares da Oficina, assim como tudo o que concerne ao Regimento Inter¬ no da Loja e aos cargos confiados aos Dignitários e Oficiais.
SECRETÁRIO
Como o Secretário representa a Me¬mória da Loja, sua jóia são duas penas cruzadas indicando que ele assegura a tradição da Ordem e da Oficina, com o registro de todos os fatos passados bem como o presente.
O Secretário e, na ordem hierárquica, a Quinta Dignidade; pede a Palavra dire¬tamente ao Venerável.
O Secretário é o grande responsável pela História da Maçonaria. Os historia¬ dores do futuro basear-se-ão no que ele registrar. Se ele deixar de registrar, ou registrar mal os fatos ocorridos, a Histó¬ria, nesse caso, ficará truncada ou será mal contada.
Sendo a Lua o símbolo do Secretário, pois ela não tem luz própria, dependendo de luz alheia para brilhar, assim o Irmão Secretário também só registra o que foi dito pôr outrem no exercício de seu cargo. As vezes também registra sua opi¬nião, mas ele é, apenas o fotógrafo da reunião. E com certeza isso não é pouco.
TESOUREIRO
As duas chaves cruzadas, usadas como jóia do Tesoureiro da Loja, signifi¬cam que ele é o Depositário das reservas monetárias da Loja e seu manipulador. A chave é um símbolo forte e marcante dentro da Maçonaria, muito especial¬ mente nos chamados Altos Graus. Ela é considerada como símbolo do Silêncio, da Circunspeção, da Inteligência, da Prudência e da Discrição.
O Tesoureiro, assim como o Secretário da Loja, ocupam cargos de cunho profano, até mesmo na nomenclatura dos mesmos. No entanto, seu valor dentro da Adminis¬tração é de suma importância.
CHANCELER
A jóia do Irmão Chanceler é um Tim¬bre ou Chancela, simbolizando que o Chanceler é o Guarda Selos da Loja, res¬ponsável pela Documentação da Loja e pela guarda dessa documentação. Ela é somente um símbolo do cargo, não tendo nenhuma simbologia maçônica.
Chanceler é um dos principais ofi¬ciais da Loja. É ele o depositário fiel do Timbre e do Selo da sua Oficina.
MESTRE DE CERIMÔNIAS
Como símbolo a Régua Graduada re¬presenta o aperfeiçoamento moral. Ela também é tida como símbolo de método, da retidão, da Lei. Pode também ser con¬siderada como símbolo do Infinito, já que a linha reta não tem começo e nem fim. É como símbolo da moralidade que ele mais se representa, traçando a linha reta de que o bom Maçom nunca deve afastar¬ se. A régua aparece nas Lojas Maçônicas como aparelho de trabalho de mediada de tempo que não deve ser perdido em ocio¬sidade, mas sim, aplicado no trabalho em prol da Humanidade. A primeira con¬dição para a vida feliz de uma Loja Ma¬çônica, é a perfeição de seus trabalhos. Dessa perfeição dependem a Paz, a Har¬monia, a Dignidade dos que têm o Dever, a verdadeira noção do dever.
O cargo de Mestre de Cerimônias é um dos cargos de real importância den¬tro de uma Loja Maçônica. Além das atribuições que lhe são de regulamento, ele deverá ser um exímio executor da Ri¬tualística e dos sinais e palavras dos graus em que estiver se desenrolando os trabalhos. Na verdade esse oficial deve ter o mais completo domínio do cerimonial maçônico.
HOSPITALEIRO
A Jóia do Cargo do Irmão Hospita¬leiro é uma pequena sacola, simbolizan¬ do o Farnel do Peregrino, do Viajante, do Pedinte, é ele que, em nome da Fraterni¬dade, todas as reuniões coleta dos óbolos da Beneficência, da Solenidade Maçôni¬ca para com os menos favorecidos pela sorte.
Os Ritos de York, Schroeder e Brasi¬leiro, não possuem o cargo de Hospitaleiro.
Dentro da hierarquia dos cargos de uma Loja, em dos de mais elevada importância é o do Hospitaleiro da Oficina.
A escolha do Hospitaleiro deverá recair sobre um Irmão dinâmico, de moral iliba¬ da, sem mácula, que conheça bem todos os Irmãos. - Deverá gozar da simpatia de to¬ dos para poder imiscuir-se nos problemas de cada um como se fora um parente de sangue, um filho da casa. Seu trabalho dentro do Templo é irrelevante. Qualquer Mestre poderá substituí-lo à altura. Fazer girar o Tronco é muito fácil. Seu trabalho, sua missão fora das quatro paredes do Templo é que é importante, muito impor¬tante e requer muito carinho, muita dedica¬ção, muito desprendimento.
EXPERTOS
A Jóia do Irmão Experto entre nós, é um Punhal. Por que o Punhal?
Esta arma é o emblema do Castigo que merecem os perjuros e do remorso que deve despedaçar-lhe o coração. É sabido que o Punhal é uma arma ofensiva. Na Maçonaria porém lhe tem outro sig¬nificado e figura em muitas cerimônias e entre os emblemas distintivos de vários Graus filosóficos com significado mera¬ mente simbólico. Entre os Maçons ele significa também o combate que devem travar para que, com a palavra e com a pena, defender, com todo vigor, a Liber¬dade de Pensamento, de Consciência. Ele é o prin¬cipal atributo dos Exper¬tos que guiam os Profanos durante a Iniciação e que telham os Visitantes. Em¬bora o Punhal seja tido como símbolo da Traição, para nós, é o símbolo da fortaleza, da guarda. Hierar¬quicamente, o Experto, é o sexto Oficial da Loja, o primeiro depois das Cinco Dignidades.
COBRIDOR
A Jóia do Cobridor são duas Espadas Cruzadas. Ao ser juramentado com Co¬bridor, o Mestre Instalador diz estas pa¬ lavras: "Cabe lembrar-vos que estas Es¬padas Cruzadas indicam que só deveis dar ingresso em nosso Templo aqueles que têm direito a tomar parte em nossos trabalhos., Simbolicamente os ferros cruzados, em guarda para o combate, nos ensina a nos pormos em defesa con¬tra os maus pensamentos e a ordenarmos moralmente as nossas ações.
Armado de Espada, o Cobri dor fica a esquerda de quem entra, ao lado da porta cuja guarda lhe é confiada e que deve manter fechada. Pôr esse motivo é que, em determinadas potências, é também chamado o Guarda do Templo, repre¬sentando o traço de união entre o mundo profano e a Loja, só ele pode abrir ou fe¬char a porta.
A prova da grande importância deste cargo, se verifica na Maçonaria Inglesa. Lá as Lojas elegem apenas o Venerável, o Te¬soureiro e o Cobridor Interno, pôr conside¬rarem tais cargos os de maior responsabili¬dade, devendo pôr isso merecer o voto de todos os Irmãos da Loja. O Venerável é que nomeia os ocupantes de todos os outros
PORTA BANDEIRA
A Jóia do cargo, é a primeira do Pavi¬lhão Nacional. Não possui nenhum sim¬bolismo maçônico. É uma prática profana introduzi da nos Templos, para ativar o sentimento de cada Irmão.
E uma jóia simples, destituída de qual¬ quer interpretação que não seja aquela feita pêlos profanos, ou seja, a representação da Pátria, o mais elevado símbolo de uma Na¬ção. A vibração da alma de um povo, tanto na Paz como na guerra.
Tal encargo foi oficializado na maço¬naria brasileira somente a partir de 02 de abril de 1959.
PORTA-ESTANDARTE
A Jóia do Cargo é uma miniatura de um Estandarte. Ela não possui simbolis¬mo maçônico. Só indica o cargo do por¬tador da mesma.
Estandarte é a insígnia de uma corpo¬ ração, seja militar, religiosa, esportiva ou filosófica, sendo no caso da maçona¬ria, conhecida e utilizada como uma continuação da tradição das antigas con¬frarias e corporações profissionais medi¬evais, que tinham pôr seu Estandarte a maior veneração e respeito.
A humanidade sempre necessitou de símbolo. Desde os mais remotos tempos ela vem usando para representar sua crença ou ideal, partido ou família, dig¬nidade ou função, agremiação ou quali¬dade, cidade ou pais, enfim, símbolos de forma e denominação várias.
MESTRE DE HARMONIA
A Lira é um instrumento musical, de corda, em numero variável, parecido com uma harpa, porém em menores di¬mensões, sendo um dos instrumentos mais antigos de que se tem notícia.
Se considerarmos os efeitos dos sons musicais durante as nossas Sessões, prepa¬rando o ambiente, tomando-o mais harmô¬nico, mais solene, inspirador e belo, com¬preenderemos que a execução de uma sele¬ção musical será o complemento indispen¬sável para uma boa sessão.
MESTRE DE BANQUETES
A Jóia do Cargo é a Cornucópia que sempre simbolizou a fartura, a abundân¬cia. A fábula diz ter sido ela arrancada da cabeça de Aquelous, personagem mito¬lógico, quando transformado em touro, foi vencido pôr Hércules. Na Maçonaria também se usa uma Taça como Jóia de cargo de Mestre de Banquetes.
ARQUITETO
A Jóia do cargo de Arquiteto é uma Trolha, que é um dos grandes Símbolos Maçônicos.
A Trolha serve para mexer a massa des¬tinada a cimentar as pedras do Edifício rea¬lizando assim, a Unidade. A Trolha reúne, mistura, unifica. É portanto o símbolo da Benevolência esc1arecida, Fraternidade Universal e profunda Tolerância que distinguem o verdadeiro Maçom.
Um cargo que parece de pouca importância, mas que na realidade é tão ou mais importante que muitos outros tidos como tal. Suas ocupações não são vistas durante a reunião, ou melhor são vistas mas não lhe são atribuídas já que seu trabalho consiste, alem, de outros, na ornamentação da Loja, colocando cada coisa em seu devido lugar. Ao Arquiteto está o sublime encargo de cuidar, e bem, de tudo quanto pertence às decorações e ornamentações do Templo.
O seu trabalho é feito antes de come¬çar as Sessões, tornando-se durante a mesma um privilegiado espectado.
Bibliografia
Cargos em Loja - Assis Carvalho
Liturgia e Ritualística - José Castellani
Ritual do Primeiro Grau - Aprendiz
Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON
Irmãos co-autores da presente Peça de Arquitetura: Alair Moreira Spinola; Antonio Lopes da Silva; Sérgio Roberto Gimenez; Sérgio Sanemitsu Tawata; Valter Lyra Gomes; José W. Nunes; e, Roberto Mauro B. Gomes.
VENERÁVEL MESTRE
A jóia do quadro é o Esquadro. Sen¬ do o Esquadro o símbolo da Reti¬dão, como jóia distintiva do cargo de Venerável, indica que ele deve ser o Ma¬çom mais reto e mais justo da Loja que preside.
Como símbolo da retidão, todo maçom deve subordinar suas ações. Como símbolo da virtude, devemos retificar nossos corações. O Esquadro é, materialmente o instrumento empregado nas construções. Simboliza para o Venerável, a grandeza, a sabedoria de seus julgamentos e ensinamentos aos membros da Oficina. É dessa sabedoria e discerni¬ mento da Justiça que devem brotar seus julgamentos, suas sentenças.
Pelo Venerável se conhece a Oficina, isto é, sendo ele o resultado da vontade dos Irmãos do Quadro, é constitucionalmente o responsável direto e indireto pela atividade ou inatividade, pelo brilho ou pela me¬diocridade, pela participação ou desunião, pela igualdade ou complexo, pela prepotên¬cia ou pelo ambiente de harmonia, enfim pelo fracasso ou pelo retumbante sucesso.
VIGILANTES
Denominam-se Vigilantes, os dois Oficiais de uma Loja atual, que, por ordem hierárquica seguem ao Venerável Mestre, ao qual, embora contrariando algumas tradições, sucedem-no na presidência dos trabalhos durante os impedimentos. Esses três oficiais são denominados "As Três Pequenas Luzes da Oficina".
Os Vigilantes são os colaboradores diretos do Venerável Mestre para minis¬trar instruções aos Aprendizes e Compa¬nheiros. Sendo pela ordem hierárquica, o segundo Oficial da Loja, cabe ao 1º Vi¬gilante ministrar instrução aos Companheiros e o 2º Vigilante, terceiro da hie¬rarquia, instruir os Aprendizes.
PRIMEIRO VIGILANTE
O Nível é a Jóia distintiva do cargo. E o emblema da Igualdade. O Nível maçô¬nico é formado pôr um Esquadro de has¬tes iguais, de cujo ângulo desce uma Per¬pendicular. O Nível simboliza a Igualda¬de social, base do Direito Natural e a Perpendicular significa que o Maçom deve, precisa possuir, uma Retidão de julgamento que nenhuma afeição - de in¬teresse ou de família - deve impedir. O que pode distinguir os Maçons e condu¬zi-los aos Altos Cargos é o mérito e tam¬bém as virtudes e o talento.
O Nível lembra ao Maçom que todas as coisas devem ser consideradas com serenidade igual e que o seu simbolismo tem como corolário, noções de Medida, Imparcialidade, Tolerância e Igualdade, bem como o correto emprego dos conhe¬cimentos.
Ao Irmão Primeiro Vigilante cabe a direção da Coluna do Sul.
SEGUNDO VIGILANTE
A Jóia do Cargo é um Prumo ou Per¬pendicular. Esta jóia sugere que não se deve parar no aspecto interior das coisas, mas que se deve penetrar o sentido ocul¬to das Alegorias e dos Símbolos. Ele re¬presenta o Símbolo da Pesquisa da Ver¬dade nas profundezas onde se oculta; as¬ sim como da elevação dos sentimentos maçônicos em direção das alturas. No alto como em baixo, descobre-se a bele¬za do Espírito e do Coração.
O Prumo ou Perpendicular na Maço¬naria é fixado no centro de um Arco. Ele é o emblema da busca, da pesquisa, da investigação da Verdade. E, aproximan¬do-o da verdade, do equilíbrio, ele pare¬ce mostrar o caminho que conduz à per¬feição. Aliado ao Esquadro, ele permite a correta e perfeita construção do Tem¬plo.
ORADOR
A Jóia do Orador é um Livro Aberto, que simboliza que o mesmo nada escon¬derá, nada duvidoso deixará.
O Livro Aberto simboliza que ele re¬presenta a Consciência da Loja, que ele deve conhecer os Cânones para definir a Razão.
O Orador, cargo criado pela Maçona¬ria Francesa logo após a sua introdução naquele país, tem na ordem hierárquica dos funcionários o quarto lugar e pede a Palavra diretamente ao Venerável.
O Orador é o ponto de equilíbrio de uma Oficina. Auxiliado pôr um bom Orador que consiga unir, a madureza de um juízo reto a uma sólida erudição, a um necessário conhecimento das Leia Maçônicas, é muito difícil que um Vene¬rável caia em erros crassos, em equívo¬cos, ou se exceda no exercício de suas funções.
A Igualdade, a Liberdade, a Razão; o Direito e a Justiça, deverão encontrar no Orador, as mais sólida garantia, o mais competente defensor. Para isso ele deve possuir o mais profundo conhecimento dos Regulamentos Gerais, da Ordem e dos particulares da Oficina, assim como tudo o que concerne ao Regimento Inter¬ no da Loja e aos cargos confiados aos Dignitários e Oficiais.
SECRETÁRIO
Como o Secretário representa a Me¬mória da Loja, sua jóia são duas penas cruzadas indicando que ele assegura a tradição da Ordem e da Oficina, com o registro de todos os fatos passados bem como o presente.
O Secretário e, na ordem hierárquica, a Quinta Dignidade; pede a Palavra dire¬tamente ao Venerável.
O Secretário é o grande responsável pela História da Maçonaria. Os historia¬ dores do futuro basear-se-ão no que ele registrar. Se ele deixar de registrar, ou registrar mal os fatos ocorridos, a Histó¬ria, nesse caso, ficará truncada ou será mal contada.
Sendo a Lua o símbolo do Secretário, pois ela não tem luz própria, dependendo de luz alheia para brilhar, assim o Irmão Secretário também só registra o que foi dito pôr outrem no exercício de seu cargo. As vezes também registra sua opi¬nião, mas ele é, apenas o fotógrafo da reunião. E com certeza isso não é pouco.
TESOUREIRO
As duas chaves cruzadas, usadas como jóia do Tesoureiro da Loja, signifi¬cam que ele é o Depositário das reservas monetárias da Loja e seu manipulador. A chave é um símbolo forte e marcante dentro da Maçonaria, muito especial¬ mente nos chamados Altos Graus. Ela é considerada como símbolo do Silêncio, da Circunspeção, da Inteligência, da Prudência e da Discrição.
O Tesoureiro, assim como o Secretário da Loja, ocupam cargos de cunho profano, até mesmo na nomenclatura dos mesmos. No entanto, seu valor dentro da Adminis¬tração é de suma importância.
CHANCELER
A jóia do Irmão Chanceler é um Tim¬bre ou Chancela, simbolizando que o Chanceler é o Guarda Selos da Loja, res¬ponsável pela Documentação da Loja e pela guarda dessa documentação. Ela é somente um símbolo do cargo, não tendo nenhuma simbologia maçônica.
Chanceler é um dos principais ofi¬ciais da Loja. É ele o depositário fiel do Timbre e do Selo da sua Oficina.
MESTRE DE CERIMÔNIAS
Como símbolo a Régua Graduada re¬presenta o aperfeiçoamento moral. Ela também é tida como símbolo de método, da retidão, da Lei. Pode também ser con¬siderada como símbolo do Infinito, já que a linha reta não tem começo e nem fim. É como símbolo da moralidade que ele mais se representa, traçando a linha reta de que o bom Maçom nunca deve afastar¬ se. A régua aparece nas Lojas Maçônicas como aparelho de trabalho de mediada de tempo que não deve ser perdido em ocio¬sidade, mas sim, aplicado no trabalho em prol da Humanidade. A primeira con¬dição para a vida feliz de uma Loja Ma¬çônica, é a perfeição de seus trabalhos. Dessa perfeição dependem a Paz, a Har¬monia, a Dignidade dos que têm o Dever, a verdadeira noção do dever.
O cargo de Mestre de Cerimônias é um dos cargos de real importância den¬tro de uma Loja Maçônica. Além das atribuições que lhe são de regulamento, ele deverá ser um exímio executor da Ri¬tualística e dos sinais e palavras dos graus em que estiver se desenrolando os trabalhos. Na verdade esse oficial deve ter o mais completo domínio do cerimonial maçônico.
HOSPITALEIRO
A Jóia do Cargo do Irmão Hospita¬leiro é uma pequena sacola, simbolizan¬ do o Farnel do Peregrino, do Viajante, do Pedinte, é ele que, em nome da Fraterni¬dade, todas as reuniões coleta dos óbolos da Beneficência, da Solenidade Maçôni¬ca para com os menos favorecidos pela sorte.
Os Ritos de York, Schroeder e Brasi¬leiro, não possuem o cargo de Hospitaleiro.
Dentro da hierarquia dos cargos de uma Loja, em dos de mais elevada importância é o do Hospitaleiro da Oficina.
A escolha do Hospitaleiro deverá recair sobre um Irmão dinâmico, de moral iliba¬ da, sem mácula, que conheça bem todos os Irmãos. - Deverá gozar da simpatia de to¬ dos para poder imiscuir-se nos problemas de cada um como se fora um parente de sangue, um filho da casa. Seu trabalho dentro do Templo é irrelevante. Qualquer Mestre poderá substituí-lo à altura. Fazer girar o Tronco é muito fácil. Seu trabalho, sua missão fora das quatro paredes do Templo é que é importante, muito impor¬tante e requer muito carinho, muita dedica¬ção, muito desprendimento.
EXPERTOS
A Jóia do Irmão Experto entre nós, é um Punhal. Por que o Punhal?
Esta arma é o emblema do Castigo que merecem os perjuros e do remorso que deve despedaçar-lhe o coração. É sabido que o Punhal é uma arma ofensiva. Na Maçonaria porém lhe tem outro sig¬nificado e figura em muitas cerimônias e entre os emblemas distintivos de vários Graus filosóficos com significado mera¬ mente simbólico. Entre os Maçons ele significa também o combate que devem travar para que, com a palavra e com a pena, defender, com todo vigor, a Liber¬dade de Pensamento, de Consciência. Ele é o prin¬cipal atributo dos Exper¬tos que guiam os Profanos durante a Iniciação e que telham os Visitantes. Em¬bora o Punhal seja tido como símbolo da Traição, para nós, é o símbolo da fortaleza, da guarda. Hierar¬quicamente, o Experto, é o sexto Oficial da Loja, o primeiro depois das Cinco Dignidades.
COBRIDOR
A Jóia do Cobridor são duas Espadas Cruzadas. Ao ser juramentado com Co¬bridor, o Mestre Instalador diz estas pa¬ lavras: "Cabe lembrar-vos que estas Es¬padas Cruzadas indicam que só deveis dar ingresso em nosso Templo aqueles que têm direito a tomar parte em nossos trabalhos., Simbolicamente os ferros cruzados, em guarda para o combate, nos ensina a nos pormos em defesa con¬tra os maus pensamentos e a ordenarmos moralmente as nossas ações.
Armado de Espada, o Cobri dor fica a esquerda de quem entra, ao lado da porta cuja guarda lhe é confiada e que deve manter fechada. Pôr esse motivo é que, em determinadas potências, é também chamado o Guarda do Templo, repre¬sentando o traço de união entre o mundo profano e a Loja, só ele pode abrir ou fe¬char a porta.
A prova da grande importância deste cargo, se verifica na Maçonaria Inglesa. Lá as Lojas elegem apenas o Venerável, o Te¬soureiro e o Cobridor Interno, pôr conside¬rarem tais cargos os de maior responsabili¬dade, devendo pôr isso merecer o voto de todos os Irmãos da Loja. O Venerável é que nomeia os ocupantes de todos os outros
PORTA BANDEIRA
A Jóia do cargo, é a primeira do Pavi¬lhão Nacional. Não possui nenhum sim¬bolismo maçônico. É uma prática profana introduzi da nos Templos, para ativar o sentimento de cada Irmão.
E uma jóia simples, destituída de qual¬ quer interpretação que não seja aquela feita pêlos profanos, ou seja, a representação da Pátria, o mais elevado símbolo de uma Na¬ção. A vibração da alma de um povo, tanto na Paz como na guerra.
Tal encargo foi oficializado na maço¬naria brasileira somente a partir de 02 de abril de 1959.
PORTA-ESTANDARTE
A Jóia do Cargo é uma miniatura de um Estandarte. Ela não possui simbolis¬mo maçônico. Só indica o cargo do por¬tador da mesma.
Estandarte é a insígnia de uma corpo¬ ração, seja militar, religiosa, esportiva ou filosófica, sendo no caso da maçona¬ria, conhecida e utilizada como uma continuação da tradição das antigas con¬frarias e corporações profissionais medi¬evais, que tinham pôr seu Estandarte a maior veneração e respeito.
A humanidade sempre necessitou de símbolo. Desde os mais remotos tempos ela vem usando para representar sua crença ou ideal, partido ou família, dig¬nidade ou função, agremiação ou quali¬dade, cidade ou pais, enfim, símbolos de forma e denominação várias.
MESTRE DE HARMONIA
A Lira é um instrumento musical, de corda, em numero variável, parecido com uma harpa, porém em menores di¬mensões, sendo um dos instrumentos mais antigos de que se tem notícia.
Se considerarmos os efeitos dos sons musicais durante as nossas Sessões, prepa¬rando o ambiente, tomando-o mais harmô¬nico, mais solene, inspirador e belo, com¬preenderemos que a execução de uma sele¬ção musical será o complemento indispen¬sável para uma boa sessão.
MESTRE DE BANQUETES
A Jóia do Cargo é a Cornucópia que sempre simbolizou a fartura, a abundân¬cia. A fábula diz ter sido ela arrancada da cabeça de Aquelous, personagem mito¬lógico, quando transformado em touro, foi vencido pôr Hércules. Na Maçonaria também se usa uma Taça como Jóia de cargo de Mestre de Banquetes.
ARQUITETO
A Jóia do cargo de Arquiteto é uma Trolha, que é um dos grandes Símbolos Maçônicos.
A Trolha serve para mexer a massa des¬tinada a cimentar as pedras do Edifício rea¬lizando assim, a Unidade. A Trolha reúne, mistura, unifica. É portanto o símbolo da Benevolência esc1arecida, Fraternidade Universal e profunda Tolerância que distinguem o verdadeiro Maçom.
Um cargo que parece de pouca importância, mas que na realidade é tão ou mais importante que muitos outros tidos como tal. Suas ocupações não são vistas durante a reunião, ou melhor são vistas mas não lhe são atribuídas já que seu trabalho consiste, alem, de outros, na ornamentação da Loja, colocando cada coisa em seu devido lugar. Ao Arquiteto está o sublime encargo de cuidar, e bem, de tudo quanto pertence às decorações e ornamentações do Templo.
O seu trabalho é feito antes de come¬çar as Sessões, tornando-se durante a mesma um privilegiado espectado.
Bibliografia
Cargos em Loja - Assis Carvalho
Liturgia e Ritualística - José Castellani
Ritual do Primeiro Grau - Aprendiz
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