sexta-feira, 26 de setembro de 2008

“A verdade”.

“Tolo é quem deseja uma prova do que não consegue perceber;
estúpido é quem tenta fazer o tolo acreditar.”

(William Blake)


“A verdade”.


Um dia, um filósofo estava conversando com o Diabo quando passou
um sábio com um saco cheio de verdades. Distraído, como os sábios em geral
o são, não percebeu que caíra uma verdade.

Um cidadão comum vinha passando e, vendo aquela verdade caída, aproximou-se cautelosamente, examinando-a como quem teme ser mordido por ela e, após convencer-se de que não havia perigo, tomou-a em suas mãos, fitou-a longamente, extasiado, e então saiu correndo e gritando:

“Encontrei a verdade! Encontrei a verdade!”.

Diante disso o filósofo virou-se para o Diabo e disse:

“Agora você se deu mal. Aquele homem achou a verdade e todos vão saber que você não existe...”

Muito seguro de si, o Diabo retrucou:
“Pelo contrário. Ele encontrou um pedaço da verdade...”.
Com ela, vai fundar mais uma religião e eu ficar mais forte!”.


Autor desconhecido

ÉTICA E VIRTUDE

O homem deve submeter-se a uma moral que lhe diga o que deve e o que pode fazer, e o que não deve e não pode fazer.
Ética é o estudo filosófico de natureza e dos fundamentos do pensamento e das ações morais. As teorias éticas, no sentido puro do termo, são marcadamente diferentes dos sistemas ou doutrinas morais, que têm por objetivo a elaboração de conjuntos específicos de regras de conduta que orientem a vida (por exemplo, a moral cristã facilita a possibilidade de retribuir à sociedade em bens os males que praticou). Também se distingue pela prática aplicada, que analisa os argumentos empregados para embasar determinadas premissas ou conclusões morais (por exemplo, a condenação ou aceitação do aborto).
A Maçonaria é uma sociedade onde os homens devem viver como Irmãos, respeitando, cada um, os direitos dos outros e se compenetrando que toda a humanidade é filha de Deus, que cada ser humano é tão caro ao Pai como todos os outros, procura levar estes conceitos para a sociedade em geral. Isso leva à conclusão de que, na organização designada, genericamente, como Maçonaria, ou Franco-Maçonaria, deve prevalecer a harmonia e reinar a união ou convivência como de Irmãos.
A Maçonaria, como Fraternidade, deve ser uma Instituição fundamentalmente ética. Sendo até, pela sua definição, uma organização ética, de rígidos códigos de moral e alto o sistema de valores que orientam a conduta dos Maçons, e a quantos queiram ter um comportamento ético-maçônico:
- Reconhecer como Irmão todo Maçom e prestar-lhe, em quaisquer circunstâncias, a proteção e a ajuda de que necessitar; principalmente contra as injustiças de que for alvo;
- Haver-se sempre com probidade, praticando o Bem, a Tolerância e a solidariedade humana;
- Não são permitidas polêmicas de caráter pessoal nem ataques prejudiciais à reputação de Irmãos, nem se admite o anonimato.
- Sobretudo, a mais importante regra ética do Maçom é a prática do Bem. É a prática efetiva da Virtude. A Virtude é o hábito de praticar o Bem.
O comportamento ético-maçônico deve constituir o nosso modo de ser e de agir em todas as circunstâncias éticas da vida. Ao Maçom compete manter uma conduta ética no cotidiano, e que estabeleça com o seu semelhante e a sociedade ainda que em detrimento de seu interesse pessoal. Para isso deve consultar sempre sua consciência, onde está escrita a lei de Deus.
Aristóteles (384-322 a.C.) não separava a ética da virtude. Todos os atos virtuosos são éticos e bons. Pelos atos que pratica pode-se conhecer se uma pessoa é virtuosa ou não. Pelo modo de se portar, logo ficamos sabendo se um irmão é ou não, um bom Maçom.
Kant, faz do conceito de dever o ponto central da moralidade (chamada “deontologia”, ou seja, o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral). Kant dizia que a única coisa que se pode afirmar que seja boa em si mesma (e não apenas boa como meio ou instrumento) é a “boa vontade” ou boa intenção, aquela que se põe livremente de acordo com o dever.
Existe, para todos os homens, uma força inspiradora absoluta, universal que se chama DEVER – a obrigação moral que cada um de nós tem, de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Para o Maçom, como homem honesto, é simples e fácil; requer honestidade, sinceridade, simplicidade, lealdade, estudo e a disposição de ensinar, o que é capaz de fazer, bastando a compreensão de nós mesmos como limitados e ignorantes. Quando temos a força e a sabedoria de Deus, cumprimos nosso dever recebendo d’Ele aquilo que é necessário e está acima de nossas forças.
O conhecimento de dever, segundo Kant, é conseqüência da percepção, pelo sujeito, de que ele é um ser racional e que portanto está obrigado a obedecer ao que Kant chamou “imperativo categórico”: a necessidade de se respeitar todos os seres racionais na qualidade de “fins em si mesmos”. As idéias de Kant acerca da moralidade estão estreitamente ligadas à sua visão do livre arbítrio. O homem possui o livre arbítrio, podendo escolher o seu destino – O Bem ou o mal. Os atos morais são livres, podem ser escolhidos. Assim sendo, quem os pratica, é responsável por seus efeitos. A responsabilidade é moral, quando o individuo responde por seus atos perante a sua própria consciência, e social, quando responde por eles perante a sociedade que o julgará pelas leis que regem o grupo, levando-o a formular e praticar uma nova filosofia de vida, uma nova conduta ética.
O terceiro sistema dentro da ética é o utilitarismo – sistema ou modo de agir do individuo utilitário que conhece seus deveres, desfruta do gosto de fazer o Bem, conhece o atrativo da Pura Virtude, segundo o qual o objetivo da moral é o de proporcionar “o máximo de felicidade ao maior número de pessoas”. Pensado verdade, uma mentira não acha sitio em sua mente; pensado amor, o ódio não poderá turbá-lo; pensado sabedoria, a ignorância não poderá paralisá-lo. O homem que aprende esta lição prática, encontrará pronto seu valor e descobrirá que, pelo reto pensar, a vida pode fazer-se mais nobre, bela e ditosa.
ÉTICA MAÇÔNICA
O conceito maçônico de Ética se confunde com o de Moral. Sendo a moral em resumo a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o Bem do mal, fundamenta-se na observância da lei Divina. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos.
Depende da vontade de cada um praticar a Virtude, isto é, qualidade própria do homem, o que implica força, coragem. As virtudes seriam, portanto, as “forças que ornam o caráter”. Para a Maçonaria, a Virtude é a disposição habitual para o bem e para o que é justo e, por isso, nela vê a prova da perfeição e o próprio ideal do Maçom. Ela nos ensina, em seus Rituais, que devemos erigir templos à Virtude e cavar masmorras ao vício.
Entenda-se o Bem (Virtude) tudo o que e conforme a lei de Deus; o mal (vício), tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la. Daí vê-se a importância que a Maçonaria dá a essa questão.
A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal em favor do próximo, sem pensamento oculto.
Na fase histórica que vivemos, a sociedade graças ao rompimento de sua estrutura familiar e o avanço avassalador da imoralidade, enfrenta uma das maiores crises éticas, quando a vida humana sofre enorme violência, quando crescem a miséria e a exclusão social e quando aumenta a desilusão diante das promessas de bem-estar econômico, quando a solidariedade é moeda em baixa; o respeito às demais pessoas é praticamente inexistente; o acatamento da lei e da ordem vai escorrendo pelo ralo; a deslealdade no sentido de auferir vantagens, vai de vento em popa, quem está por cima pisa na cara de quem está por baixo e quem está por baixo tenta puxar quem está por cima.
A Maçonaria conclama os Maçons a enfrentar com coragem os desafios cotidianos, a não esmorecer no empenho da justiça social, reconhecendo em cada pessoa a dignidade de filho de Deus.
Devemos combater o erro, ser tolerantes, mas nunca coniventes, fingindo não ver ou encobrindo o mal praticado por outrem.
Os Maçons devem dar exemplos de moral, de ética e de virtudes. Afinal nossa Sublime Instituição afirma ser: – educativa, filantrópica e filosófica que tem por objetivo os aperfeiçoamentos morais, sociais e intelectuais do Homem por meio do culto inflexível do Dever, da prática desinteressada da Beneficência e da investigação constante da Verdade.
Afinal, reconhece-se o verdadeiro Maçom pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
Valdemar Sansão
E-mail: vsansao@uol.com.br
Fone: (011) 3857-3402
Consultamos:
Nova Enciclopédia Ilustrada FOLHA;
Rituais Maçônicos.
A ética é a arte de criar um caráter moral, de contrair hábitos de que resulte, naturalmente, um porte conforme as leis do dever. Esta concepção da moral, que liga a virtude com o caráter e os costumes, um tanto distante de certas concepções modernas, tendendo, no entanto, a predominar cada vez mais sobre todas as outras.

AMOR FRATERNO

AMOR FRATERNO


O rei Salomão foi um rei judeu considerado dos mais sábios. Durante
seu reinado, viveram em Sião dois irmãos que eram agricultores e
semeavam trigo. Quando chegou a época da colheita, cada um foi colher
o trigo no seu campo. Uma noite, o irmão mais velho juntou vários
feixes da sua colheita e os levou para o campo do irmão mais novo,
pensando: "Meu irmão tem sete filhos. São muitas bocas para
alimentar. É justo que eu lhe dê uma parte do que consegui."

Contudo, o irmão mais novo também foi para o campo, juntou vários
feixes do seu próprio trigo, carregou até o campo do irmão mais
velho, dizendo para si mesmo: "Meu irmão é sozinho, não tem quem o
auxilie na colheita. É bom que eu divida uma parte do meu trigo com
ele". Quando se ergueram ambos, pela manhã, e foram para o campo,
ficaram muito admirados de encontrar exatamente a mesma quantidade de
trigo do dia anterior.

Chegada a noite seguinte, cada um teve o mesmo gesto de gentileza com
o outro. Novamente, ao acordarem, encontraram seus estoques intactos.
Foi na terceira noite, no entanto, que eles se encontraram no meio do
caminho, cada qual carregando para o campo do outro um feixe de
trigo. Abraçaram-se com força, derramaram muitas lágrimas de alegria
pela bondade que os unia.

A lenda conta que o rei Salomão, ao tomar conhecimento daquele amor
fraterno, construiu o Templo de Israel naquele lugar da fraternidade.

O amor fraterno é um dos exercícios para se alcançar a excelsitude do verdadeiro amor. Os que nascemos numa mesma família, como irmãos de
sangue somos, as mais das vezes, Espíritos que já nos conhecemos
anteriormente em outras existências. É isso que explica os laços do
afeto que nos une. Embora ocorram casos em que os irmãos se
detestem, chegando mesmo ao ponto de se destruírem mutuamente, comove
observar como tantos outros se amam e se auxiliam.

Percebe-se, pela sua forma de agir, que nasceram para amparar-se
mutuamente e alcançar objetivos altruístas. É comovente observar como
Deus dispõe os seres de forma a exercitarem o amor. Lembramos de uma
família na qual o segundo filho é portador de enfermidade que o
impossibilita, desde os verdes anos da infância, a ter uma vida
dentro dos parâmetros considerados de normalidade.

Necessita de amparo constante, pois até mesmo as refeições não
consegue fazer sozinho. E o irmão menor, extremamente dedicado,
sempre pronto a atendê-lo.
"Eu ajudo", são suas palavras mais freqüentes.

Amor fraterno. Felizes os que aproveitam a oportunidade do exercício
e estabelecem pontes eternas do seu para o outro coração.