(Benemário Lins da Silva -Aprendiz Maçom) Nesses meus singelos versos, Louvo o GR:. ARQ:.DO UNIV:.. Hoje sou aprendiz, amanhã companheiro, Buscando sempre a perfeição do pedreiro. São João, justo e perfeito, é o meu patrono, Exemplo de homem livre, sem desabono. E ser livre e de costumes bons, Deve ser o ideal de todos os maçons. Entre CCol:., nesta peça de arquitetura, Em profundidade, largura e altura, Mostro como foi árdua a minha labuta Para lapidar e desbastar a Pedra Bruta. No dia em que fui iniciado, Meus olhos estavam vendados, E de metais eu estava despojado. Nem nu nem vestido, assim fui recebido. Tateando no escuro, despojado, carente, Fui levado por caminhos diferentes, Do Oc:. ao Or:., do Or:. ao Oc:., Sob o olhar dos IIr:. mais experientes. Na primeira viagem, ouvi trovões, foi atordoante, Na segunda, um tilintar de armas incessante, Por fim, um caminho silencioso, tranquilizante. No caminho do trovão, o meu caos, minhas paixões, No do ruído das armas, minhas lutas e ambições, No caminho do silêncio, a paz e maduras reflexões. Ao findar cada viagem, portas bati, respectivamente, No S:., no Oc:. e no Or:., Sempre com três pancadas, ritmicamente. Deixaram-me passar e fui purificado, na água e na pira ardente. Ser conduzido ao Altar dos JJur:. foi um solene momento. Ajoelhado no chão duro, sobre o J:. D:., E com pontas de um Comp:. no meu despido P:., Eu jurei, com a M:. D:. sobre o L:. da L:.. Jurei cumprir com os meus direitos e deveres, Contidos nos Códigos e na Magna Constituição, E nos 25 inquebrantáveis landmarks, Inspirados nos Provérbios de Salomão. Só me desvendaram os olhos depois de jurar solenemente, E só então a Luz em mim se fez presente. As espadas, empunhadas por amados e queridos IIr:., Eram raios de Luz, apontados na minha direção. De tão cintilantes, ofuscaram a minha visão. Nesse momento, grande foi a minha emoção. Nessa inesquecível e sublime consagração, Foi-me concedido U:.L:.E:.V:.. E sobre o que se passa nessa Aug:. Instituição, Jurei calar para sempre a minha voz. Como aprendiz, do meio-dia à meia noite, em intenso labutar, E sempre de avental branco com abeta triangular, Sete instruções recebi, as quais vou já comentar, Além da primeira, chamada complementar. Nesta instrução, dividida em três partes, Muito me foi ensinado sobre a Real Arte. Inicialmente, todo o Templo me foi descrito, Com a sua simbologia e como se conduz o Rito. Depois, os segredos do meu grau me foram comunicados, E o S:., o T:. e a P:. serão sempre lembrados. A esq:. do nível e do prumo são essenciais nessa labuta De desbastar, nos meus três anos, a Pedra Bruta. Por último, me foram mostradas duas verdades, A Carta Constitutiva da Loj:., atestando sua regularidade, E as bolsas, de PProp:. e IInf:. e do Tr:. de Sol:. Que circulam sempre com a mais profunda formalidade. Na primeira instrução, me foi revelada a simbologia Dos meus instrumentos de trabalho na Maçonaria. Simbologia esta ligada ao Egito, cheia de alegorias, Com os quais, como Apr:., a Pedra Bruta eu desbastaria. O Ven:. M:. me mostrou a Régua com a qual eu trabalharia, Meditaria e descansaria, em equilíbrio, nas 24 horas do dia. Na Pedra Bruta, a Régua é a Altura, a Exaltação, a Maestria, Símbolo da Ciência, de Minerva, deusa da Sabedoria. O Ir:. 1º Vig:. me mostrou o Maço, sem o qual nada faço. Desbasto com ele a Pedra Bruta – Apr:. – na sua Profundidade. É o meu Querer, minha Iniciação nessa Aug:. Irmandade, E simboliza a Força de Hércules, que é a Força da Vontade. O Ir:. 2º Vig:. me mostrou o Cinzel, que me lembra o meu papel De dar forma à Pedra Bruta na sua Largura, com firmeza. É a Elevação a Companheiro, que tem lugar ao sul, com certeza, E é símbolo da Consciência e de Vênus, deusa da real Beleza Na rica segunda instrução, repleta da mais profunda simbologia, O Painel da Loj:. me foi descrito, com esmerada maestria. A forma da Loj:., de cima a baixo, do norte ao sul, de leste a oeste, Bem como as Colunas, Jônica, Dórica e Coríntia, e a Abóbada Celeste. Também o Sol, a Gl:. do Criador, símbolo da Caridade, E o Pavimento Mosaico, a harmonia da Fraternidade. Além da Orla Dentada, símbolo do Amor que tudo movimenta, Vi a Escada de Jacó, e o Livro da Lei que a sustenta. O Compasso, e as três Joias móveis, com seu significado – Esquadro, Nível e Prumo –, tudo me foi muito bem explicado. E as 3 Joias fixas: a Prancheta da Loj:., da Arte Real o traçado, A Pedra Bruta, homem a ser desbastado, e a Cúbica, à prova do Esquadro. Como já falei algo sobre a minha iniciação, Que é tema central da terceira instrução, Repetir tal instrução redundante seria. Vou então à quarta, que fala sobre o que é a Maçonaria. Sua base é Deus, e sua regra a Lei Natural. Sua causa é a Verdade, a Liberdade e a Lei de Moral. Seus princípios são a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade, E seus os frutos a Virtude, o Progresso e a Sociabilidade. É preciso, nesta justa e perfeita Loj:. de São João, Que três governem, cinco componham e sete completem. E são pelo S:., T:. e P:., que não são em vão, Que como Maç:. MM:. IIr:. M:. R:.. Das duas CCol:., ocas e de bronze, vi a dimensão, E antes de ir para a quinta instrução, Vi que as CCol:. são encimadas por romãs. Por isso, afirmo: as simbologias não são vãs. Na quinta instrução, a magnitude do quadrilongo T:., Cujas medidas não se deformam com o tempo. Sua altura é da Terra ao firmamento, E do Or:. ao Oc:. é o seu comprimento. Sua largura é do N:. ao S:., a bem da Verdade, E da superfície ao centro da Terra é a sua profundidade. Eis a universal Maçonaria, em sua majestosa imensidade. Porém, mais mistérios me foram revelados sobre essa realidade. É no Or:., símbolo da Luz do Sol, que vem do Leste ao Oeste, Que se situa, em nossa Loj, o pilar da Sabedoria, o Ven:. M:. No Oc:., tem assento a Força, Luz do 1º Vig:., Aquele que paga o salário, nobre hierofante. O 2º observa o Sol no meridiano, na Col:. da Beleza. Guardião do trabalho e da recreação, zela pela ordem e exatidão. C:. Apr:., n:. s:. l:. n:. e:., s:. a:. s:. Por isso, não posso a P:. S:. pronunciar. Este tema inicia a sexta instrução, junto com o T:. e o S:., Além da explicação sobre a roupa do pedreiro, o Avental. Além disso, muito mais esta sexta instrução nos ensina, Como as CCol:. que sustentam a Abóbada da Of:., Doze dos signos zodiacais, três dos Pilares das Luzes, capitais, E mais os dois à entrada, J e B, chamados solsticiais. Nessa A:. R:. L:. S:., com solicitude, Aprendi a levantar TT:. à Virtude E cavar profundas masmorras ao Vício, Seja nos equinócios ou nos solstícios. Na sétima e última instrução do meu Grau, A importância dos números na Arte Real. Na história mundial, Oriental e Ocidental, E nas relações com o mundo físico e o espiritual. Primeiro o número 1, símbolo da real Unidade, Que está em sentimento, na nossa intimidade. Ponte do Absoluto para a relatividade, Para a diversidade, multiplicidade. Depois, o terrível 2, do antagonismo, da separatividade, Que divide as coisas em Bem e Mal, Falso e Verdade, Dia e Noite, Luz e Trevas, Inércia e Mobilidade. Por isso passo adiante, falando sobre a Trindade. A inúmeros símbolos o número 3 está relacionado. No T:., aos 3 pilares, às 3 Luzes, ao Delta Sagrado. Na Ordem, aos 3 graus, do aprendizado ao mestrado. No maçom, às três qualidades das quais nunca deve estar separado. Qualidades da Vontade, do Amor e da Inteligência. Mas 3 também é símbolo de Religião, Filosofia e Ciência, Da Trindade Cristã, das Gunas e da Trimurti do Hinduísmo, E das Trindades que sustentam todos os demais ismos. Por fim, o número 4, IOD-HE-VAU-HE do Delta, cheguei a estudar, Nesse Tetragrama de 3 letras, muito ocultismo sei que há, Simboliza a Evolução, “tudo o que existiu, existe e existirá”. E 4 são os elementos que enfrentei, Terra, Fogo, Água e Ar. Ainda como Apr:., as Escolas Maçônicas estudei, de forma avulsa, Tanto a Autêntica, quanto a Antropológica, a Mística e a Oculta. A Autêntica é histórica, só considera o que tem ata, o que é documental. A Antropológica, mais ampla, pinturas, esculturas, tudo o que é pictorial. Já a Mística investiga os mistérios divinos, para o despertar espiritual. E a Oculta liga-se mais ao sacramento, ao cerimonial, ao ritual. Trabalhando do meio-dia à meia-noite, como fazia Zoroastro, Aprendi o que me foi ensinado, e já tendo a idade de t:. a:., Solicito permissão para observar o Sol, nosso astro, Como Comp:., do ponto de vista do meridiano.
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VIII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil
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