domingo, 19 de julho de 2009

Liberdade e Espiritualidade

Charles Evaldo Boller

O maçom que vive a Maçonaria adquire a capacidade de refrear os desejos e desregramentos o que consiste numa expressão de liberdade. Ao dominar-se, determinar-se, faz aquilo que quer, e não o que determinam seus desejos tirânicos e descontrolados. Aprende que a razão domina os desejos, mas não os elimina; é uma luta que nunca acaba.

A sabedoria mais assentada sabe perfeitamente que não se deve baixar a guarda diante da força dos desejos selvagens. É por isto que ele evita empanzinar-se com excessos de comida e bebida e leva a vida com moderação. Sabe que a racionalidade sozinha não tem como lidar diretamente com os desejos.

Deduz, em seus estudos, que o homem não é só ventre e cabeça. O treinamento o leva a desenvolver forte espiritualidade. Não uma crença naquilo que não vê ou determinado pela fé em dogmas, mas a inspiração racional de que existe de fato uma mente orientadora, um princípio criador que dirige a dança da vida.

As religiões não estão dispostas a acordos ou negociações como é de se esperar numa sociedade que cresce vertiginosamente em termos de conhecimento tecnológico. O de mente aberta por sã racionalidade identifica a existência de um Grande Arquiteto em todas as obras de criação da biosfera e fora dela. Já os crentes nas palavras, tidas como escritas por inspiração divina, resultado de inspiração de deuses antropomórficos, não possuem tal liberdade e interpretam de forma absoluta os livros escritos por outros homens, impondo-os aos demais como verdades finais; não existe acordo com o fundamentalismo religioso.

O radicalismo fanático religioso é um instrumento do sistema econômico mundial para matar e submeter os pobres ao Estado numa espécie de fornicação; exemplo disso foi vivenciado durante a segunda guerra mundial, quando padres e pastores, em ambos os lados das fronteiras, incitavam seus soldados: - Vão lá e matem em nome de Deus e do país - estando do outro lado soldados que pertenciam às mesmas religiões. Aquelas instituições religiosas que se negaram, tiveram seus seguidores perseguidos e eliminados. Isto também aconteceu com os maçons, porque a eles foi dada a oportunidade de exercerem sua capacidade libertadora através do exercício do livre pensamento, do estudo diligente que conduz à liberdade com responsabilidade; deduz-se que nem sempre o livre pensamento e o livre arbítrio exercido com responsabilidade, trás só felicidade, pode também propiciar a morte. Para tais momentos é importante o aporte de forte capacidade espiritual.

A Maçonaria oferece o desenvolvimento de espiritualidade desvinculada dos extremismos das religiões radicais; incentiva a prática da religião na medida em que propicie o nascimento da espiritualidade, dentro daquilo que a razão pode tratar e que liberte as pessoas da escravidão imposta pelo fundamentalismo; encoraja a prática de uma religião como iniciadora de uma caminhada sem intermediação; uma espiritualidade flexível e disposta a acordos em sincronia com o fluxo da evolução científica e social.

É fato que os laboratórios farmacêuticos não têm a mínima vontade de efetuar investimentos para desenvolver pesquisas em medicamentos para os pobres. Muito menos em obter soluções simples e baratas para minimizar doenças. Não se investe pesado em saúde pública preventiva. Políticas de esterilização e contracepção são combatidas pelas religiões, sua hipocrisia aceita com mais facilidade a matança posterior imposta pelo sistema econômico mundial que prevenir.

Por outro lado, é financeiramente mais vantajoso matar depois de exaurir a capacidade produtiva por doenças - algumas naturais, outras fabricadas. A listagem de doenças é enorme. Algumas pragas para reduzir a população mundial: AIDS; Vírus Ebola, Lassa ou Marburgo; Doenças respiratórias; Sarampo; Cólera; Malária; Tuberculose; Gripe A; Aleitamento por mamadeira; E tantos outros. Adicionem-se drogas, falta de água potável, falta de espaço vital e outras necessidades, e os quadros são dramáticos, dignos do inferno de Dante.

Os mecanismos de busca do equilíbrio estão em ação; matando os dispensáveis. Só alienados, aqueles que não pensam com isenção e razão, desapercebem a execução em massa. A liberdade só é obtida com pessoas saudáveis. Pobres e doentes são descartados para limitar a população dentro de parâmetros que garantam a sobrevivência daqueles que podem pagar o preço.

O que se vê é apenas um faz-de-conta nos investimentos em educação e saúde. É para o despertar disto que a Maçonaria cria o ambiente propício para trabalhar a mente de seus adeptos. Incentiva-os buscarem a liberdade pelo pensamento, dedicado a encontrar soluções para a humanidade sair desta situação terrível que vive, onde os pobres são mortos para propiciar a vida aos que podem pagar por isto.

A sedimentação de princípios para ajudar a humanidade a transpor o desequilíbrio pelo qual passa o sistema capitalista com o menor dano é maior onde se vê a prática de debates, palestras ou estudos em lojas, sejam elas de natureza filosófica, sociológica, antropológica, ou outra.

O maçom que estuda e age conforme o que aprende de seu relacionamento com outras pessoas, detentoras da mesma orientação mental, não é conivente com a mortandade que ocorre ao redor; antes, torna-se multiplicador de posturas que libertam o cidadão para a vida com felicidade, para situações aonde não há necessidade de batismo de sangue; basta a atuação do pensamento orientado e livre. Já bastam os rios de sangue derramados pelas gerações anteriores. A liberdade advém do equilíbrio entre as necessidades materiais, emocionais e espirituais, e este equilíbrio é realizado no raciocínio claro e lógico, longe dos extremismos, da intolerância e da ignorância em todos os aspectos. É por inspiração nas obras criativas do Grande Arquiteto do Universo que se aprende a doar sem esperar nada em troca e esta é expressão da ação do amor fraterno, a única solução de todos os problemas da humanidade.

Bibliografia:
1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1210 páginas, São Paulo, 2007;
2. GEORGE, Susan, O Relatório Lugano, Sobre a Manutenção do Capitalismo no Século XXI, título original: The Lugano Report, tradução: Afonso Teixeira Filho, ISBN 85-85934-89-1, primeira edição, Boitempo Editorial, 224 páginas, São Paulo, 1999;
3. MASI, Domenico de, Criatividade e Grupos Criativos, título original: La Fantasia e la Concretezza, tradução: Gaetano Lettieri, ISBN 85-7542-092-5, primeira edição, Editora Sextante, 796 páginas, Rio de Janeiro, 2003;
4. MASI, Domenico de, O Futuro do Trabalho, Fadiga e Ócio na Sociedade Pós-industrial, título original: Il Futuro del Lavoro, tradução: Yadyr A. Figueiredo, ISBN 85-03-00682-0, nona edição, José Olympio Editora, 354 páginas, Rio de Janeiro, 1999;
5. ROUSSEAU, Jean-Jacques, A Origem da Desigualdade Entre os Homens, tradução: Ciro Mioranza, primeira edição, Editora Escala, 112 páginas, São Paulo, 2007.

Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

Liberdade e Concorrência
Charles Evaldo Boller

O maçom é incentivado em promover a caridade. Será suficiente? Por mais que se auxilie em ações pontuais, jamais será capaz de acabar com o abismo que separa ricos de pobres.

Só a capacidade de pensar pode municiar os pobres com a capacidade de eles mesmos irem em busca de recursos, não poluir e reduzir a natalidade. Com isto se reduzirá a ação nefasta do sistema econômico mundial que escraviza ao ponto de matar para possibilitar sua própria sobrevivência.

Debaixo do sistema humano sempre existirão pobres e miseráveis, mas não haverá necessidade de partir para ações que trucidam tantos de forma vil.

Temos no Brasil uma prática funesta de inibição da vontade de progredir, são as bolsas de auxílio aos pobres. Prática fatal que inibe o desenvolvimento individual e incentiva a natalidade. Quanto mais filhos, mais dinheiro o cidadão recebe. Prevalece a motivação em adquirir sempre mais ativos econômicos sob forma de filhos e não a investir em outras formas de riqueza. Número elevado de filhos é fato de relevância econômica que pertence ao passado.

Hoje o mercado deve manter um número elevado de posições de trabalho não qualificado apenas para sustentar os menos dotados, uma das razões de limitação vem desta prática terrível de dar esmolas com o dinheiro de erário. Com isto produzem-se mais pessoas para serem mortas pelo sistema econômico mundial quando sua estabilidade é ameaçada.

O pobre não tem capacidade de formar sua prole debaixo da realidade de mercado.

Milhões de pessoas não serão absorvidas pelo mercado de trabalho, exigindo do Estado liberação progressiva de recursos da previdência social sem colaborar com a formação do fundo, esgotando-o, originando um escorchante sistema de impostos e confiscos.

É necessário acordar para o fato de que é só pela liberdade de pensamento, evitar preconceitos e dogmas, combater a ignorância que o cidadão vai limitar sua prole e com isto garantir sua felicidade.

No ritmo em que vai, estima-se que em 2020 seremos quase nove bilhões de pessoas.

A fome aumentará de forma geométrica, teremos talvez uma em cada três pessoas passando fome.

Ao longo da história humana, em quase todas as sociedades, existem registros de crises de alimentação, onde os cidadãos de países inteiros morreram de fome.

As ruas de nossas cidades, dia-a-dia passam a receber mais veículos; quantos morrem diariamente apenas em ocorrência de trânsito? Quanto menos espaço para circular, mais aumenta o comportamento agressivo, mais aumenta a violência. É só estender este raciocínio para as outras carências e necessidade básicas do homem. Tire do homem de forma significativa a capacidade de visão, de alimentação, de deslocamento, ou outra necessidade básica de vida, e faça um exercício de abstração para imaginar até aonde a barbárie tomará conta das tênues relações humanas reguladas pelas leis.

Dizem que quando a miséria entra pela porta, a virtude sai pela janela, daí é só surgir escassez de qualquer recurso que afloram no homem os piores de seus instintos selvagens. Não é isto que experimentamos diariamente? É só assistir aos noticiários para ver a degradação moral e crescimento da violência.

Estarão todos cegos? Terá esfriado o amor fraternal? É muita concorrência!

A quantidade de seres humanos concentrados em pequenos espaços, na ocorrência de competição por qualquer recurso básico de vida, acirra o afloramento das maiores bestialidades, aonde as leis perdem seu efeito regulador nas relações entre as pessoas.

Fica pior quando a Justiça é servida em conta-gotas, é quando esta se comporta como se nem existisse; acrescente legisladores que criam leis que defendem o criminoso, instituições de direitos humanos que defendem o malfeitor, e outros detalhes, que o descrédito nas tênues forças coercitivas das relações sociais desaparece, o caos se estabelece, desaparece a liberdade.

Urge pensar soluções para reduzir a população mundial. Se demorar um pouco mais poderá ser tarde demais! A tensão crescerá ao ponto de todos os valores serem desconsiderados e o homem retornará a barbárie. A concorrência já está muito grande e os recursos são poucos. Até quando permanecerá adormecido o amor fraterno; esta capacidade que foi transmitida ao homem pelo Grande Arquiteto do Universo em suas façanhas criativas. Certamente caminhar pela senda do amor eliminará a necessidade de matar pessoas antes de alcançarem o objetivo originalmente delineado; vida plena e com qualidade dentro dos objetivos do Incriado.

Bibliografia:
1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1210 páginas, São Paulo, 2007;
2. GEORGE, Susan, O Relatório Lugano, Sobre a Manutenção do Capitalismo no Século XXI, título original: The Lugano Report, tradução: Afonso Teixeira Filho, ISBN 85-85934-89-1, primeira edição, Boitempo Editorial, 224 páginas, São Paulo, 1999;
3. MASI, Domenico de, Criatividade e Grupos Criativos, título original: La Fantasia e la Concretezza, tradução: Gaetano Lettieri, ISBN 85-7542-092-5, primeira edição, Editora Sextante, 796 páginas, Rio de Janeiro, 2003;
4. MASI, Domenico de, O Futuro do Trabalho, Fadiga e Ócio na Sociedade Pós-industrial, título original: Il Futuro del Lavoro, tradução: Yadyr A. Figueiredo, ISBN 85-03-00682-0, nona edição, José Olympio Editora, 354 páginas, Rio de Janeiro, 1999;
5. ROUSSEAU, Jean-Jacques, A Origem da Desigualdade Entre os Homens, tradução: Ciro Mioranza, primeira edição, Editora Escala, 112 páginas, São Paulo, 2007.

Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

Liberdade e Fome
Charles Evaldo Boller

Para minimizar os efeitos terríveis da carência de recursos, o único meio de garantir a felicidade e o bem estar das pessoas mais aptas é a redução do número de habitantes humanos do planeta.

Assim como a natureza mata por inanição, o sistema econômico mundial criou mecanismos para matar os menos aptos de forma sutil em busca do equilíbrio; aos mais afortunados explora e suga toda a capacidade vital e depois os descarta como lixo. Uns morrem antes de completar a idade produtiva, uma grande multidão fenece antes de completar dois anos, outros nem nascem, são abortados. Exemplo recente desta realidade é o fato de se repassarem às instituições financeiras mundiais muitas vezes mais recursos que os suficientes para acabar com toda a carência dos mais pobres do orbe. Quer dizer, faz tempo que já se possui a capacidade de acabar com a miséria. Só não é feito porque não interessa ao sistema capitalista; se acabarem com a fome, vai ficar mais difícil matar pessoas de forma seletiva: os mais pobres, os menos aptos. Já os mais afortunados sobrevivem porque interessam ao sistema econômico mundial, mas também são eliminados tão logo tiverem exauridas suas capacidades produtivas.

É lógico que não se tem o menor interesse em acabar com as vicissitudes dos pobres, qual vampiro o sistema alimenta-se do sangue de todos, de sua força vital, mas quando ameaçado, para sobreviver, não existe outra saída, não exita, lança mão do assassínio em massa.

Um dos mais eficientes métodos de assassinato em massa em todos os tempos é a fome. Hoje alcançamos o índice nada invejável de um bilhão de pessoas que sofrem de fome crônica no mundo; um em cada seis indivíduos passa fome de forma continuada. Para o sistema econômico mundial a única saída é eliminar os pobres e sem recursos; aqueles que hoje não podem pagar para merecer viver debaixo do sistema capitalista.

Tertuliano (160-240 d. C.) e outros escritores já afirmavam que as pestilências e guerras eram benesses para a sobrevivência de países populosos. Como alternativas de busca do equilíbrio, ao invés de guerra é freqüente usar: Fome; Doença; Vício; Ausência de princípios; Aniquilação de valores; Destruição da família; E outros. Tais mecanismos são mais sutis e mais baratos que fabricar culpados, como Adolf Hitler, Sadam Hussein ou Osama Bin Laden.

Só a fome mata vinte e cinco mil pessoas por dia; para que melhor agente de matança? E como o sistema econômico mundial é interativo, ele não tem garantia nenhuma de funcionamento, lhe basta uma pequena centelha adversa para provocar uma reação em cadeia com resultados catastróficos. Exemplo recente é a crise financeira disparada por especulação imobiliária; quantos irão morrer pelas mais diversas causas devido a este desequilíbrio conjuntural?

O sistema econômico mundial mantém os menos aptos submissos pela falta de educação. Em países do hemisfério sul são estabelecidos pisos para investimento na educação em todos os níveis do poder, mas estes pisos passam a ser utilizados pela administração pública como tetos, e a partir disto, o cidadão não aprende a pensar, fica desqualificado para o mercado de trabalho, não exerce sua capacidade de libertar-se para a vida com qualidade. E como não tem capacidade de alimentar o sistema econômico mundial, ele fenece. Exemplo disto é o fato de existirem em nossos dias milhares de indústrias eficientes que produzem bens para um número cada vez menor de clientes; porque estes não têm condições de comprá-los; daí estas mesmas indústrias demitem ou automatizam cada vez mais e com isto eliminam seus principais clientes que são os funcionários demitidos.

Outra faceta é a daqueles que obtém a possibilidade de levar a vida de uma forma mais confortável e que tomam para si muito mais que o necessário para sua sobrevivência, é o desperdício. Mahatma Gandhi disse que a cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

Um dia será possível obter liberdade debaixo desta disputa por recursos cada vez mais escassos? Nunca existiu liberdade com a existência de fome. Quando não é o próprio homem destruindo ao outro por ganância, a natureza agredida mata por inanição. É um painel cruel e sanguinário. Os assassínios recrudescem em crueldade crescente. A abundância de vidas humanas disputando e destruindo o ambiente vital não está mais em equilíbrio com a capacidade de recuperação da natureza. Convém ao homem sábio, onde se encaixa o maçom, pensar soluções de curto prazo para encontrar meios de minimizar estes efeitos destrutivos da busca do equilíbrio; com isto estará aplicando o amor fraterno, o único meio de solucionar todos os problemas em consonância com a vontade do Grande Arquiteto do Universo.

Bibliografia:
1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1210 páginas, São Paulo, 2007;
2. GEORGE, Susan, O Relatório Lugano, Sobre a Manutenção do Capitalismo no Século XXI, título original: The Lugano Report, tradução: Afonso Teixeira Filho, ISBN 85-85934-89-1, primeira edição, Boitempo Editorial, 224 páginas, São Paulo, 1999;
3. MASI, Domenico de, Criatividade e Grupos Criativos, título original: La Fantasia e la Concretezza, tradução: Gaetano Lettieri, ISBN 85-7542-092-5, primeira edição, Editora Sextante, 796 páginas, Rio de Janeiro, 2003;
4. MASI, Domenico de, O Futuro do Trabalho, Fadiga e Ócio na Sociedade Pós-industrial, título original: Il Futuro del Lavoro, tradução: Yadyr A. Figueiredo, ISBN 85-03-00682-0, nona edição, José Olympio Editora, 354 páginas, Rio de Janeiro, 1999;
5. ROUSSEAU, Jean-Jacques, A Origem da Desigualdade Entre os Homens, tradução: Ciro

Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

Liberdade Pelo Pensamento
Charles Evaldo Boller

A maior dádiva que se obtém na Maçonaria é o desenvolvimento da capacidade de pensar para além dos limites que alguém impôs a si mesmo, por condicionamento, no cativeiro debaixo do sistema econômico mundial. Ser capaz de pensar por si é o maior estágio de liberdade alcançável de forma consciente. A capacidade de criar idéias novas, libertadoras, é desenvolvida em diálogos, debates e meditação. Na interação com o pensamento de outras pessoas absorvem-se novas idéias, e estas somadas com aquelas já existentes na memória, pela ação da meditação ou intuição transformam-se em pensamentos inéditos, totalmente diferentes dos pensamentos que lhe deram origem. Assim ocorre desde que o homem passou a usar do pensamento para interagir com o ambiente. Foi o que o diferenciou das outras unidades viventes deste imenso organismo vivo que é a biosfera terrestre.

É no pensamento que se materializa a liberdade absoluta, local que a nenhum déspota jamais foi dado saber o que o outro pensa. Todo desenvolvimento humano surgiu primeiro na mente. Pensamento é energia. Pensamento revela riquezas que estão disponíveis ao redor. É só aprender a colher. É a razão do maçom diligente e perseverante melhorar suas condições sociais e financeiras. Liberdade começa no pensamento; o resto é mera consequência. Confúcio disse: Estudo sem pensamento é trabalho perdido; pensamento sem estudo é perigoso.

Todo aquele que se submete ao pensamento de outros, por preguiça de pensar, é escravo; um homem domina o outro através da força do pensamento, da capacidade de realização do pensamento. Ninguém escraviza a quem se tornou livre pensador, pois é pela aufklärung, uma conceituação de Kant que significa iluminação, que ele se conscientiza que sem liberdade deixam de existir fraternidade e igualdade. Um ser iluminado goza de liberdade do pensamento e não carece da tutela de ninguém, é a liberdade absoluta, não carece mais ser guiado por outro, tem coragem de usar do próprio discernimento de seu intelecto para desbravar seus próprios caminhos.

Na era paleolítica o homem era uma espécie de gari da natureza, sobrevivendo graças ao que encontravam por acaso. Progrediu até que, pela caça em grupo, obteve sucesso em capturar animais de maior porte e a utilizar-se da colheita selecionada de frutas. No neolítico passou a desenvolver a agricultura, pastoreio de animais e usar o ferro. Durante cerca de duzentos anos passou a desenvolver-se cientificamente e a utilizar-se de máquinas automáticas. Nos últimos anos passou a usar intensamente do saber e da informação. Existe um abismo entre a primeira e a última fase do desenvolvimento da criatividade humana, tudo resultado da capacidade de pensar com lógica. A velocidade com que se sucederam as diversas etapas manifestou-se em progressão geométrica.

E como tudo na natureza é uma questão de domínio do mais apto, a maioria das pessoas sempre é dominada pelos melhor preparados; por aqueles que treinaram e são livres para pensar às suas próprias custas, estes foram e são os mais ricos e quiçá mais felizes. Também são os que mais espoliaram os menos aptos, os pobres e incapacitados de pensar às suas próprias expensas. Benevolência, magnanimidade, é dada a poucos; sempre houve a exploração do homem pelo próprio homem.

Pela sua incapacidade de pensar e controlar seus instintos, o pobre sempre foi incentivado em produzir a maior prole para alimentar o mercado de escravos de todos os sistemas econômicos, em todos os tempos.

A natalidade de nossa espécie ultrapassa hoje os duzentos e cinqüenta por cento da mortalidade.

O sistema econômico mundial, este que mantém as engrenagens da sociedade em funcionamento, conduz de forma alucinante ao esgotamento de todos os mananciais de sustentação da vida. A sociedade está no limiar do estado crítico, talvez até já tenha ultrapassado o ponto sem volta, o limite de sustentação da vida humana na biosfera da Terra. Mahatma Gandhi disse que a terra produz o suficiente para satisfazer as necessidades de todos; não à cobiça de todos.

Grandes convulsões buscam o equilíbrio e são consequência direta da falta de amor fraterno entre as pessoas e para consigo mesmo.

Novas necessidades aflorarão durante as contorções da busca do equilíbrio e estima-se que então as carências estimularão a criatividade humana para novo salto evolutivo, para novo pulo de criatividade. Mas até lá, muitos inocentes serão trucidados pelo implacável, insensível e truculento sistema de exploração humana. E se a exploração do homem pelo próprio homem não der conta de equilibrar demanda com produção de alimentos, se os mananciais alimentícios estiverem exauridos ao ponto de não existir restauração, a própria natureza aniquilará quem sobrar.

A maçonaria chamou para si a responsabilidade de treinar soldados oriundos dos mais diversos graus intelectuais e culturais para a tarefa de pensar soluções para o mundo em convulsões em busca do equilíbrio tanto do sistema financeiro mundial como da ecologia, ambos mortais quando desequilibrados ou ameaçados.

Cabe ao maçom, entre outros, a tarefa de pensar uma saída menos violenta das convulsões que levarão novamente ao equilíbrio, para isto ele estuda junto com seus irmãos, em locais especialmente preparados que o tornam homem equilibrado, sábio e líder social, onde desenvolvem o amor fraterno para honra e à glória do Grande Arquiteto do Universo.

Bibliografia:
1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1210 páginas, São Paulo, 2007;
2. GEORGE, Susan, O Relatório Lugano, Sobre a Manutenção do Capitalismo no Século XXI, título original: The Lugano Report, tradução: Afonso Teixeira Filho, ISBN 85-85934-89-1, primeira edição, Boitempo Editorial, 224 páginas, São Paulo, 1999;
3. MASI, Domenico de, Criatividade e Grupos Criativos, título original: La Fantasia e la Concretezza, tradução: Gaetano Lettieri, ISBN 85-7542-092-5, primeira edição, Editora Sextante, 796 páginas, Rio de Janeiro, 2003;
4. MASI, Domenico de, O Futuro do Trabalho, Fadiga e Ócio na Sociedade Pós-industrial, título original: Il Futuro del Lavoro, tradução: Yadyr A. Figueiredo, ISBN 85-03-00682-0, nona edição, José Olympio Editora, 354 páginas, Rio de Janeiro, 1999;
5. ROUSSEAU, Jean-Jacques, A Origem da Desigualdade Entre os Homens, tradução: Ciro Mioranza, primeira edição, Editora Escala, 112 páginas, São Paulo, 2007.

Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

É Possível Definir Maçonaria?
Prezado Senhor, vou revelar um pouco do que é a Maçonaria.

Encontram-se na literatura diversos tipos e níveis de definições para o que é Maçonaria. Algumas se prendendo a aspectos formais de sua estrutura, organização e objetivos pragmáticos; outras, realçando sua dimensão jurídica e institucional; e também, as que se ocupam mais estritamente de sua dimensão transcendental, filosófica e iniciática.

Em sentido lato a Maçonaria é uma "escola" de deveres, de formação cívica e moral; embora estes sejam resultados inerentes e recorrentes da ação maçonicamente orientada para ajudar a atingir a perfeição na arquitetura do Universo, da sociedade humana. É uma ciência que objetiva a busca da verdade divina e material, uma instituição cujo fim é dispersar a ignorância, combater o vício e inspirar amor fraterno à humanidade.

É uma instituição filantrópica, filosófica e progressista. Seus membros acreditam em um deus e na imortalidade da alma, praticam virtudes e estudam moral, ética, ciências e artes. É altamente espiritualizada e não é uma religião. Em suas salas de reuniões, denominadas templos, aprende-se a investigar a verdade como fonte de ação transformadora do mundo através da atividade consciente e racional dos homens; é um grande salto da inteligência humana, onde princípios iluministas propiciam a convivência harmoniosa de pessoas das mais variadas religiões e facções políticas discutindo assuntos que auxiliam na estruturação da sociedade.

Como instituição busca e cultiva a verdade e a justiça pelas leis do amor, porque é de sua base filosófica que só o amor fraterno é capaz de transformar os homens e o mundo; de movê-los de forma justa e perfeita.

O comportamento ético e moral dos seus homens, assim como as suas atividades operativas, são limitados pelo nível de conhecimento que cada um detém e do comprometimento individual com a ação de cada maçom na sociedade. Não raro encontram-se pessoas sem formação acadêmica alguma em seu meio. O fato de possuírem apenas instrução elementar não limita o desenvolvimento na ordem maçônica; existem inúmeros exemplos de pessoas que se destacam como possuidores de inata capacidade de liderar e elevada sabedoria decorrente da convivência e esforço em melhorar-se.

Viver a Maçonaria implica em vida abnegada prazerosamente ao estudo. Sem polir-se nenhum iniciado maçom integra com garbo a construção do suposto templo universal - a sociedade onde ele vive e onde é simbolicamente uma pedra angular desta edificação. Maçom que não estuda, não progride. Para ele seria mais inteligente e divertido freqüentar um clube social que ocupar a cabeça com a resolução de problemas da humanidade.

A Maçonaria tem simbologia mística e segredos. Detém as espirais do conhecimento transcendental, de uma simbologia que enriquece a percepção a cada passo que se conquista na busca do conhecimento destes segredos. É uma simbologia hermética, fechada, esotérica, transcendental e infinita; quanto mais portas são abertas, outras tantas se apresentarão. Não é secreta, apenas tem segredos como a atuação de qualquer categoria profissional ou empresa da sociedade, para simplificar, basta citar que uma loja maçônica tem seus estatutos e regimentos legais regularmente inscritos em cartório de registro público de documentos. Entretanto, as suas informações esotéricas apenas se revelam na medida em que o indivíduo torna-se merecedor deste conhecimento, quando ele mesmo o descobre em si mesmo e conforme se abrem coração e mente, quando evolui no conhecimento do universo transcendental, do não visto e apenas percebido pelos sentidos. Este processo não é passível de acesso senão ao iniciado que prossegue em sua jornada junto de outros iguais, freqüentando todas as reuniões, e isto demanda tempo. Nestas reuniões o indivíduo é modificado pelo poder do grupo, assim como se manifesta este poder modificador desde os tempos das cavernas, e é a única forma de entender e aprender o significado de sua simbologia. É a razão da inutilidade em ocultá-la, porque nunca se revela, nem poderá ser revelada e, menos ainda, compreendida, senão por aquele a quem foi desvelado o "pórtico" que demarca o início do caminho, e que depois vive sua condição de iniciado, da melhor forma possível, malgrado suas imperfeições, pelo resto de sua existência. Metaforicamente, quem conhece os sinais e símbolos esotéricos da Maçonaria, compreende a inutilidade de comunicá-los aos que não os conhecem - é uma experiência idiossincrática e transcendental - cada iniciado apenas poderá sentir o que é capaz de suportar e compreender, alicerçado em seus próprios referenciais e limitações. Livrarias disponibilizam livros que expõem os segredos mais íntimos da Maçonaria e ainda assim, não revelam o conhecimento; alcançável apenas pela constante convivência.

Durante a efêmera vida, cada um só colhe o que planta. Por isso, é recomendado apenas plantar da semente boa. Não em qualquer solo, ensina a parábola de Jesus Cristo. A Maçonaria escolhe na sociedade aqueles que já são bons terrenos de semeadura; não acolhem pessoas subservientes, ovelhas passíveis de conduzir facilmente aos redis da escravidão; os escolhidos portam mente desenvolvida e independente. Pessoas com tal característica são difíceis de modificar, e nisto encontra-se uma das grandes máximas da Maçonaria - o amor fraterno, o único meio de modificar as pessoas mais obstinadas e solucionar todos os problemas da humanidade, visando Liberdade, Igualdade e Fraternidade. E como a verdade nem sempre é doce e afável, existem casos onde ela é um chicote que, em ação, é amargo, rude e áspero, daí a necessidade do aporte da disciplina e obediência assemelhada àquelas encontradas nas forças armadas. É pelo constante treinamento da obediência que o maçom torna-se bom líder na vida em sociedade, pois é de conhecimento geral que a civilização está sempre em perigo quando o direito de comandar é concedido àqueles que nunca aprenderam a obedecer. Os líderes que nunca se saíram bem quando estiveram sob alguma autoridade tendem a ser rígidos e orgulhosos demais, sem noção, com tendência a exercer o poder de forma ilimitada e absoluta, e isto, a Maçonaria combate. Na ordem maçônica a boa liderança é exercida por homens que buscam obter a compreensão do mundo em que vive o liderado, isto porque todo trabalho é sempre realizado por outros líderes igualmente servidores, todos voluntários, que submetidos à lei do amor obedecem à lei escrita no papel e esta convivência modifica pessoas e pereniza a prática da Maçonaria.

A Maçonaria abre caminhos; portas. Existem aqueles mais toscos que entendem este abrir de portas como o acesso a gabinetes de outros maçons colocados em cargos importantes na sociedade humana. Quem entra na Maçonaria para abrir portas, para fazer contatos importantes, já está simbolicamente fora da ordem. É lógico que a maioria dos destacados maçons da sociedade possivelmente chegaram onde estão devido ao treinamento de liderança que desenvolveram com auxílio da metodologia da Maçonaria. Um maçom só defende ao outro quando for justo; não existe qualquer acordo em defender àquele que fez algo ilegal, ou de facilitar acesso a um cargo para o qual não tem qualificação. O abrir de portas está estreitamente ligado à evolução da pessoa humana, da eliminação da ignorância, do inculto, da aspereza, na formação de vínculos de amizade profunda com outros seres; aí sim, abrem-se portas materiais de acesso a gabinetes de pessoas importantes, pois aquele que segue o caminho de busca da perfeição tem por merecimento todas as portas deste tipo abertas para si.

É uma ordem filantrópica porque seu profundo amor à humanidade não se restringe ao aliviar da fome e frio dos necessitados e desvalidos, mas em mostrar caminhos e construir pontes que unem os seres humanos. A maior obra beneficente da ordem maçônica é aquela em que, no calor das reuniões, constroem-se seres humanos melhorados, e não aquela em que se dá o pão ao próximo para aliviar a fome por mais um dia, aonde, na maioria das vezes, geram-se mais dependentes ou acomodados. Auxiliar os carentes é o exercício que desenvolve os sentimentos e eleva a auto-estima do maçom; é parte de seu aprendizado, é o exercício de bondade, benevolência e caridade, e se estas não forem as molas propulsoras da beneficência, então a atividade não passa de hipocrisia. A benemerência bem orientada e eficiente é aquela onde o maçom aprende a "pescar" o bom peixe que o nutrirá, proporciona qualidade de vida e, por conseqüência, levam-no a ensinar outros a "pescar" igualmente.

A Maçonaria não se reduz a conceitos. As definições interessam apenas àqueles que buscam o conhecimento superficial e genérico. Ao afirmar-se que "é uma instituição essencialmente iniciática" indica-se que este conceito apenas aponta o "umbral", o limite da instituição em relação ao Universo e ao mundo social. Por isso é difícil e embaraçoso expressar o que seja Maçonaria. É uma "escola", um caminho para um mundo justo, perfeito e verdadeiro. Caminho difícil, mas doce. Caminho aberto para todos os homens de sensibilidade e de boa vontade. Se alguém soubesse definir com precisão o que é a Maçonaria, com certeza não é maçom, é apenas um curioso.

Agora que o senhor já conhece um pouco do que é Maçonaria, resta incentivar que siga em frente, busque conhecer-se, seja bom cidadão, porque é a única maneira de ser visto por um maçom que o represente dentro da ordem maçônica e defenda sua entrada na instituição. Não se trata de uma sociedade na qual o senhor manifesta a vontade de entrar, paga a jóia de um título de sócio proprietário, continua pagando uma mensalidade de manutenção, e pronto, a partir disto torna-se maçom. Mesmo depois que o senhor obtiver quem o defenda lá dentro, existe um intrincado e complexo processo investigatório de sua vida em sociedade, cujo conjunto de hábitos deverá pautar pela honra, amor, honestidade e outras virtudes. Não é dado a ninguém revelar quem são os maçons da comunidade, porque o maçom deve ser precavido na escolha de meus companheiros, haja vista a Maçonaria ser feita da convivência entre pessoas que dispõem da orientação mental de combater absolutismo, injustiça, vaidade, ditadura, e outras, e isto não se faz sem expor-se a uma série de perigos devidos aos soberbos, poderosos e opressores. Se buscar a felicidade da humanidade é a disposição que orienta sua mente, se esta inclinação é honesta e verdadeira, o senhor já é um homem maçom, falta-lhe apenas conquistar o símbolo de trabalho do maçom, o avental; o senhor já é maçom sem avental. Continue em levar a vida reta e justa para que, um dia, um maçom, da Sublime Ordem Maçônica Universal da Maçonaria, em sua comunidade, descubra no senhor os valores exigidos de homem livre e de bons costumes e lhe propicie a iniciação.

Mas não pense meu caro senhor, que a vida de maçom é um "mar de rosas" - ela é uma senda repleta de perigos e constrangimentos, isto porque não se combate maldade, ignorância, vaidade e intolerância do mundo real sem expor-se ao perigo de cruéis inimigos, onde o pior adversário é o senhor mesmo. Considere adicionalmente que todos os maçons são homens imperfeitos em busca da perfeição, e que entre eles certamente encontrarás alguns que lhe trarão desalento, característica de qualquer associação humana. Mas o fato deles gastarem seu tempo e recurso para reunirem-se com seus iguais com regularidade já os torna merecedores e dignos de confiança para uma caminhada a perfeição. Mesmo com prováveis percalços é importante perseverar, conviver e deixar irradiar a própria luz sobre justos e injustos, cultos e incultos, bons e maus, despóticos e liberais.

Tudo o que se aprende na Maçonaria de nada vale se não for colocado em prática. O aprendizado em atividade, aplicado, demonstra sabedoria e irradiará como um luzeiro, qual sol, sobre aqueles que convivem em comunidade. Se a intenção de entrar na Ordem for curiosidade, vaidade ou valores materialistas, então não aceite a iniciação, porque a responsabilidade é imensa e a experiência frustrada uma inútil perda de tempo e de recursos financeiros. Ser maçom exige denodada vida preconizada pela dedicação a si mesmo, a família, ao trabalho, ao próximo, e isto, custa - tanto em valores monetários como em tempo, paciência, obediência e outros.

Se apesar destas advertências o senhor ainda persiste em tornar-se maçom, então, que Deus o proteja e guarde! Siga em frente, vá ombrear com outros maçons os sublimes objetivos da Maçonaria Universal, não importa aonde.

Grupo Maçonico Orvalho do Hermon