sexta-feira, 26 de setembro de 2008

AMOR FRATERNO

AMOR FRATERNO


O rei Salomão foi um rei judeu considerado dos mais sábios. Durante
seu reinado, viveram em Sião dois irmãos que eram agricultores e
semeavam trigo. Quando chegou a época da colheita, cada um foi colher
o trigo no seu campo. Uma noite, o irmão mais velho juntou vários
feixes da sua colheita e os levou para o campo do irmão mais novo,
pensando: "Meu irmão tem sete filhos. São muitas bocas para
alimentar. É justo que eu lhe dê uma parte do que consegui."

Contudo, o irmão mais novo também foi para o campo, juntou vários
feixes do seu próprio trigo, carregou até o campo do irmão mais
velho, dizendo para si mesmo: "Meu irmão é sozinho, não tem quem o
auxilie na colheita. É bom que eu divida uma parte do meu trigo com
ele". Quando se ergueram ambos, pela manhã, e foram para o campo,
ficaram muito admirados de encontrar exatamente a mesma quantidade de
trigo do dia anterior.

Chegada a noite seguinte, cada um teve o mesmo gesto de gentileza com
o outro. Novamente, ao acordarem, encontraram seus estoques intactos.
Foi na terceira noite, no entanto, que eles se encontraram no meio do
caminho, cada qual carregando para o campo do outro um feixe de
trigo. Abraçaram-se com força, derramaram muitas lágrimas de alegria
pela bondade que os unia.

A lenda conta que o rei Salomão, ao tomar conhecimento daquele amor
fraterno, construiu o Templo de Israel naquele lugar da fraternidade.

O amor fraterno é um dos exercícios para se alcançar a excelsitude do verdadeiro amor. Os que nascemos numa mesma família, como irmãos de
sangue somos, as mais das vezes, Espíritos que já nos conhecemos
anteriormente em outras existências. É isso que explica os laços do
afeto que nos une. Embora ocorram casos em que os irmãos se
detestem, chegando mesmo ao ponto de se destruírem mutuamente, comove
observar como tantos outros se amam e se auxiliam.

Percebe-se, pela sua forma de agir, que nasceram para amparar-se
mutuamente e alcançar objetivos altruístas. É comovente observar como
Deus dispõe os seres de forma a exercitarem o amor. Lembramos de uma
família na qual o segundo filho é portador de enfermidade que o
impossibilita, desde os verdes anos da infância, a ter uma vida
dentro dos parâmetros considerados de normalidade.

Necessita de amparo constante, pois até mesmo as refeições não
consegue fazer sozinho. E o irmão menor, extremamente dedicado,
sempre pronto a atendê-lo.
"Eu ajudo", são suas palavras mais freqüentes.

Amor fraterno. Felizes os que aproveitam a oportunidade do exercício
e estabelecem pontes eternas do seu para o outro coração.

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