segunda-feira, 23 de julho de 2012

A COLUNA DA FORÇA


A Ordem Maçônica baseia os seus muitos princípios e os seus diversos ensinamentos em símbolos e rituais. Podemos afirmar que uma das principais características da Maçonaria, seja justamente aquela de procurar velar e proteger os seus muitos segredos dos olhos daqueles que ainda sejam considerados profanos. A maneira encontrada pela Ordem Maçônica para ministrar os seus muitos segredos e ensinamentos aos seus Iniciados, é procurar sempre faze-lo utilizando-se de símbolos e metáforas. Esta Simbologia Maçônica, sua interpretação e o seu entendimento são as ferramentas utilizadas pelos maçons para os seu constante escavar de masmorras ao vício e no seu permanente edificar e levantar de templos às virtudes. O G.A.D.U em sua imensurável bondade concedeu ao Homem primitivo uma inteligência capaz de construir, modificar e destruir componentes dos três reinos da natureza ao longo dos tempos. Mas, para que o homem pudesse manipulá-los, necessário se fez que ele inventasse ferramentas que o ajudasse em seu objetivo. A Maçonaria através de sua simbologia concebeu no ferramental de pedreiros uma forma inteligente de difundir sua doutrina filosófica, de tal modo que cada um dos Maçons pudesse entender suas metas, tirar suas conclusões e usar esses instrumentos de trabalho na construção de seu Templo interior. No primeiro Grau simbólico encontramos o Esquadro, a Régua, o Compasso, o Nível, o Prumo, o Malho e o Cinzel, utensílios fundamentais ao Maçom no seu trabalho de lavrar, esquadrejar, medir e polir a P.: B.: com a finalidade de transformá-la em P.:P.: O Esquadro é o Símbolo da Justiça e da Gratidão, seu ângulo reto simboliza a conduta irrepreensível que o Maçom sempre deverá manter perante a sociedade, pautando todos os seus atos e decisões dentro da mais absoluta retidão e equidade no trato de seus semelhantes. Em conjunto com o Compasso representa o "Escudo Maçônico", signo mais conhecido da Maçonaria. É composto de dois ramos de comprimento igual e provém da metade de um quadrado que é o Símbolo da Terra onde se desencadeiam as paixões humanas e, o verdadeiro Maçom encontrando-se entre o Esquadro e o Compasso está entre o Céu e a Terra, ou ainda, entre a matéria e o espírito. Sendo o Esquadro o instrumento que se destina a dar forma regular a todo material, serve simbolicamente, para indicar ao Maçom que sob o ponto de vista moral, deve ser empregado para corrigir as falhas e as desigualdades do caráter humano. Como Símbolo da justeza que conduz o homem à perfeição, o Esquadro torna-se o Emblema da Sabedoria e, como tal, além de figurar sobre o Alt.: dos JJur.: figura também no Colar do V.: M.: para indicar que ele deve ter como sentimentos os Estatutos da Ordem e agir de uma única forma que é a retidão. Na posição da Ordem do Grau de Apr.: a qual ostenta quatro Esquadros e cuja interpretação é astronômica, porque nesta forma está contida quatro vezes no ponto onde se cortam os diâmetros do círculo zodiacal, que os dividem em quatro partes, correspondendo cada uma à estação do ano respectiva, de conformidade com a inclinação do Sol em sua carreira O Compasso quase que inseparável do Esquadro é o Compasso. Enquanto aquele serve para regular as nossas ações, este deve traçar os justos limites a conservar em nossa conduta para com os nossos semelhantes. É o Compasso um instrumento de dois ramos de madeira ou metal, reunidos por uma de suas extremidades de maneira a poder afastar-se ou aproximar-se uma da outra para medir ângulos, traçar círculos de dimensões diferentes. Estes diversos círculos nos dão a idéia do pensamento nos vários círculos de raciocínio que podem atingir, ora largas e abundantes posições, ora a raras e estreitas conclusões, mas todas elas sempre claras e positivas. O Compasso da Justiça é a própria razão que determina, não só a origem, mas ainda a legitimidade do direito. Representa as radiações da inteligência e da consciência do homem. No Grau de Apr.: tem suas pontas voltadas para o Oc.: e colocadas sob os ramos do Esquadro que são voltados para o Or.:, simbolizando assim que o Apr.: só trabalha na P.: B.: e, então dela não poderá fazer uso enquanto não estiver perfeitamente polida e esquadrejada. Podendo-se abrir em diversos ângulos ele passa a ser um instrumento valiosíssimo na simbologia maçônica, assim, a 60° a espiritualidade vai dar no cosmos, a 9Oº torna-se o Esquadro indicando que, com esta abertura máxima os limites de espírito humano não poderiam ser transpostos. A Régua como ferramenta usada para medir e delinear os trabalhos, assim como, para traçar linhas retas, deve servir como utensílio de meditação, de consciência, de inteligência e de cautela ao Maçom na execução de seus afazeres, ou na tomada de decisões, que o permitam traçar na P.:B.:, retas que a tornem Cúbica. Antigo Símbolo da retidão, do método e da lei, a Régua é considerada o emblema do aperfeiçoamento e, Como a reta não tem começo nem fim, ela também é vista como Símbolo do Infinito. Significa ainda o meio de assegurar o cumprimento das normas do comportamento humano -sem as quais não pode haver ordem. Estas normas constituem o equilíbrio de todas as ações, assim, elas consubstanciam uma medida que pode ser avaliada pelos módulos da Régua. Mas qual destas ferramentas deve ser inicialmente usada pelo Apr.:? Claramente o neófito deve escolher a régua, dada a sua simplicidade e conhecimento vulgar. Mas a escolha deve ir além da comodidade. Primeiramente deve-se que o neófito não conseguirá se apoiar no esquadro, pois sua retidão e senso de justiça exigem maior sabedoria e beleza do aprendiz. Considera-se que o operador do esquadro tenha uma conduta irrepreensível, o que dificulta o início da carreira maçônica, pois claramente ficará o neófito acanhado pelo medo de errar. O compasso com todos os seus círculos que demonstram uma perfeição e lógica perfeita do raciocínio humano é por demais complexo para ser operado pelo novo maçom. O que resta é a régua, um instrumento simples e fácil de se reconhecer, que já demonstra os limites que o maçom deve estabelecer para iniciar sua jornada. A simplicidade e o marco zero da régua devem ser considerados parâmetros para que o maçom agregue valores antes desconhecidos. Inicialmente o profano selecionado para entrar na maçonaria é livre e de bons costumes, o que permite a sua entrada em uma loja maçônica. Mas como todos irmãos sabem, a maçonaria é uma filosofia de vida, que objetiva um mundo melhor e com homens melhores, por isso a P.:B.: (alma do neófito) deve ser trabalhada. Todo trabalho exige uma ação, que só se concretiza com a vontade de se iniciar a viagem do conhecimento. Mas cada um prepara sua mala como pode, sendo que iniciar um caminho tortuoso quando existe uma melhor opção é certamente um erro. Por isso deve ser escolhida a régua. Muitas obras maçônicas apontam que a régua é o símbolo da Retidão. Representa a boa administração do tempo que deve ser divido no auto-conhecimento, meditação, estudo e repouso. Ou seja, nada ação apenas reflexão, estipulando-se quando para, quando começar, quando ir em frente, quando recuar. Mas a simples delimitação do ímpeto humano já é suficiente para o inicio da jornada? Claro que não precisamos de um impulso, e tal catalisador está na Coluna Dórica. É a mais pesada e robusta de todas. Possui caráter masculino e austero. O capitel é mais simples e geométrico e a ordem guarda relação de proporção entre largura e altura menor, o que faz com que a coluna e conseqüentemente a construção sejam mais baixos, robustos. Esta coluna obscura, que se encontra à esquerda da porta de entrada, frente ao norte, ostenta no centro da face voltada para o oriente, a letra B, que é a primeira do hebraico Bohaz ou Bongaz, ou seja in fortitudine , que quer dizer no valor e na coragem. Era o nome do esposo da moabita Rute, pai de Davi e avô de Salomão. Na maçonaria prática do rito escocês antigo e aceito esta palavra é traduzida para Boaz. O trolhador e o trolhado têm , portanto, cada um, uma letra vogal e uma consoante a dizer. Segundo os antigos rituais, esta coluna foi posta no pórtico do templo para lembrar aos filhos de Israel que iam ou vinham da adoração, a coluna da nuvem que obscureceu o caminho do faraó e seu exercito, que os perseguiam, quando fugiam da escravidão do Egito. Não obstante, segundo afirma um autor, o seu significado original remonta a tempo muito mais remotos, assegurando-se que esta coluna representa a estrela polar do norte e era então camada a estrela de horus, nome que posteriormente foi mudado para pelo de TAT ou TA-AT, que significa em fortaleza e foi considerado como emblema da força, daí muitos autores atribuírem a isto a origem da Palavra Sagrada do Aprendiz. Sobre a coluna do norte deve estar constantemente em observação o olho do 2º Vigilante, que em linha reta cai sobre este ponto cardeal e pode dirigir-se de norte a sul. O símbolo B no centro da referida coluna mostra a linha de SHU que assinala a divisão equinocial e forma um triangulo em Horus, e por isso se diz que TAT representa a Terra e o Triangulo o primeiro grau da maçonaria simbólica em relação ao mundo. Existe outra interpretação para a inicial B, a que significa em e O. A. Z fortaleza e como se diz Deus impôs ao povo de Israel o seu domínio em fortaleza, resulta a sua justa aplicação com relação ao símbolo B, que ostenta a grande Coluna no centro e que atualmente constitui a inicial da Palavra Sagrada do Aprendiz Maçom. Pelo que diz respeito ao material que foi construída, a Bíblia nos diz que esta coluna era de bronze, resulta porém que o seu aspecto denotava que o material com que estava construída superava ao que hoje chamamos de bronze; a respeito da cor escura, está manifesto, porque se trata de recordar ao povo de Israel, como já foi dito antes, a coluna da fumaça que cegou aos seus perseguidores, quando fugiu da escravidão. A interpretação atual consiste em que recebe a pálida luz do sul, circunstanciada pela qual forçosamente vê-se obscura. Muitos afirmam que a coluna era oca e havia compartimentos dentro dos quais estavam guardados os tesouros, as ferramentas e o Livro da Lei. O significado filosófico da coluna B refere-se a que representa a força, o repouso, a fêmea, o negativo, o conservador, o receptor, a matriz, a matéria, o concreto, o principio, a virtude e etc; e por conseguinte simboliza ao conjunto de forças e princípios que a natureza necessita para o seu desenvolvimento de vida eterna. Refere-se também aos poderes de firmeza e coesão que sustentam o mundo no espaço, ou seja, na gravitação universal. Verifica-se desta foram que a filosofia entranha nos ensinamentos da Coluna B se reduzem ao estado do que principia, do que se define origem das coisas e do que deve ser executado materialmente com a força de vontade. Ao pé da grande coluna B e do lado norte, vê-se a pedra bruta, objeto do trabalho a que se devem dedicar os aprendizes maçons. Diz-se simbolicamente, que a débil luz que ilumina a coluna do norte ou coluna B, representa a ação gradual da ciência que se inculca nos irmãos aprendizes, para não fracassarem com a difusão de falsas teorias e ensinamentos torcidos. Moralmente, essa luz débil protege o iniciado, para que não fique cego e volte a cair nos erros e preocupações vulgares. Indica-nos também que devemos fazer uso do sacrifício pessoal , porque a Constancia e o trabalho moderado nos faz atingir o aperfeiçoamento intelectual e espiritual dentro dos nossos escassos conhecimentos sobre a arte real. Assim podemos ver que a referida coluna tem um simbolismo especial tendente a chamar inicialmente a atenção do neófito, e apesar dela se encontrar na escuridão deve o aprendiz aprender inicialmente a sair das trevas para atingir a luz. Mas tal mudança só pode ser realizada mediante uma vontade exteriorizada pela força, que deve ser regulada pela régua, para que posteriormente possa o obreiro se preocupar com instrumentos mais complexos e que possam levar a um novo desenvolvimento. Não se propõe que o aprendiz ignore os outros instrumentos de trabalho do maçom, que são igualmente importantes, mas o neófito deve ter em sua mente suas limitações, pois o egocentrismo é um vicio que já devia ter sido superado com a câmara das reflexões. As colunas representativas da sabedoria e beleza são importantes como ponto referencial de valores maiores a serem atingidos, pois não se pode cobrar que o aprendiz tenha sua alma dotada de beleza e sabedoria em um primeiro momento, haja visto que inicialmente ele é apenas livre e de bons costumes, devendo galgar pelos graus maçônicos e pelos degraus da escada de Jacó, com o fim de adquiri beleza e sabedoria. A beleza e sabedoria tratadas na maçonaria não se confundem com o conhecimento vulgar, são altos valores, embasados em estudos e conhecimentos maçônicos adquiridos durante o tempo. Mas a força está junta ao neófito, afinal ele é livre e de bons costumes, tendo apenas que direcionar tal força pelo caminho certo, e para isso deve usar inicialmente a força e a régua. Mas para que tanta cautela ao iniciar o estudo dos ensinamentos maçônicos? Esta resposta esta no painel alegórico de aprendiz. No painel da loja de aprendiz, observamos em primeiro plano as três colunas mestras dispostas de maneira a formar um triângulo, símbolo máximo da perfeição e do equilíbrio, representando, por conseguinte os três mundos inteligíveis, que correspondem pela analogia: O mundo físico ou natural representado pela coluna da força; o mundo espiritual ou metafísico, simbolizado pela coluna da beleza e o mundo divino ou religioso, expresso pela coluna da sabedoria, qualificando a onipotência e onisciência e a onipresença do Grande Arquiteto do Universo, que constitui a tela de fundo de toda a meditação porque tudo está ligado e unido num mesmo todo. As colunas projetadas dentro do painel mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o prazer, a honra e a calúnia, o êxito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os caminhos de nossa existência, porquanto são os dias dos homens que fazem o julgamento de sua própria conduta. Na coluna da força, repousa o punhal, símbolo da força bruta, utilizado para decapitar e cortar a cabeça de São João - Juan que etimologicamente significa Graça Divina. Iniciando, pois nossa jornada, auxiliada e conferida pela retidão do prumo, encontramos à nossa direita a lâmpada que é a imagem da iniciação, a razão esclarecida pela inteligência e sua chama ilumina o saber ou o ser interno, pois só se pode caminhar nas trevas em direção à luz, a qual atrai nossa natureza espiritual e material, indicando-nos a necessidade de superar o estado de desordem que caracteriza o homem, escravo de suas paixões, vícios e erros, ensejando-nos a trabalhar nosso ser para que se manifeste a perfeição sublime. Continuando, encontramos o esquadro, que representa a faculdade do juízo e que permite comparar a retidão, a direção do ideal, segundo nos mostra a própria marcha do aprendiz. Desta maneira, chega-se à coluna da beleza, onde encontramos a pedra bruta, já com os instrumentos de trabalho postos às nossas mãos a fim de que iniciemos o trabalho árduo de desbastá-la, utilizando-se do malho e do cinzel que vêm a ser, vontade e julgamento. O malho representa a força inconsciente, a vontade bruta maciça, enquanto que o cinzel, é o juízo, a força criadora do espírito e juntos, utilizados com presteza e exatidão, têm o objetivo de definir, que o homem deve dominar seus impulsos e tornar-se firme e semelhante a um metal purificado no cadinho de modo que as suas impulsividades habilmente orientadas possam, com energia e firmeza, realizar o ato desejado com precisão. Pela ação combinada dos dois instrumentos, comprovada pelo esquadro, colocamo-nos em harmonia com nossos semelhantes, o que nos permite progredir na senda do bem, pois da pedra bruta conseguimos a pedra cúbica que é, na realidade, a pedra filosofal dos alquimistas. Continuando nessa busca incessante, dirigimo-nos à coluna da sabedoria, que representa o Venerável Mestre, do qual recebemos a palavra sagrada que significa "Na Força", ou seja, reconhecemos através da palavra sagrada, isto é, do Verbo Divino, que a força verdadeira não se encontra no exterior, no mundo dos efeitos, porém, internamente, ficando aqui patente um profundo sentido esotérico onde o mestre não dá a todos a chave de suas parábolas: "a fim de que vendo não vejam; ouvindo, não ouçam", portanto procurai e achareis, batei e abrirse-vos-á. Neste exato momento é - nos possível adentrar o círculo com o ponto no centro, representação da unidade princípio (o ponto) no centro da eternidade (o círculo, linha sem começo nem fim), porque chegamos ao domínio pela ciência e pela sabedoria da natureza, pensamento e verdade, pois o homem é o microcosmo ou pequeno mundo e conforme o dogma das analogias, tudo o que está no grande mundo (macro) reproduz?se no pequeno (micro). Por sobre o círculo sagrado, encontramos exposto no altar, o livro da lei que é o símbolo máximo da elevação de nossos pensamentos, por meio do qual conhecemos a verdade, que é o propósito de toda experiência. Suportada pelo livro da lei fica a escada de Jacó, cujo cimo toca os céus, descrita com propriedade no livro de Gênesis - Capítulo 28, versículo 1O a 13, onde Jacó viu anjos que desciam e subiam por ela e Jeová disse-lhe: "Eu sou Jeová, Deus de teu Pai Abraão e de lsaac". "A terra em que estás deitado, a darei a ti e à tua posteridade; a tua posteridade será como o pó da terra e se dilatará para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Por ti e por tua descendência serão benditas todas as famílias da terra". "Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que vá e te reconduzirei para esta terra; porque não te abandonarei até ter Eu cumprido aquilo de que te hei falado". A interpretação da escada de Jacó é que este é o único caminho para atingirmos o êxtase total, a plenitude, entretanto, devemos mais uma vez superar os obstáculos que encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simbolizada e identificada pela Cruz. A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó, significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano XVIII do livro de Thot. A estrela de sete pontas é o grande pináculo da luz eterna, síntese da unidade a que respondem as sete vozes da análise, o Apocalipse, onde os sete anjos, com as sete trombetas, suas sete espadas, etc., caracterizam o absoluto da luta do bem contra o mal, pela palavra, pela associação religiosa e pela força. Assim, os sete selos do livro oculto são abertos sucessivamente e a iniciação universal se realiza porque atingimos o grau máximo de perfeição e estamos aptos a achar a paz do coração, o desvanecimento do espírito, o ritmo da evolução e em comunhão perfeita e consciente com o ser Supremo. O céu é a imagem do infinito, as estrelas representam a idéia Divina que nos descobrem o mundo da realidade e da verdade, porque a perfeição é infinita, representada pelo sol que nasce no Oriente, fonte natural de luz e da sabedoria e do princípio criador. Este é o horizonte apresentado ao aprendiz, um caminho de estudos e ações que levam ao G. A. D. U., em contraponto ao que foi realizado pelos profanos durante os mal fadados anos da humanidade. A incansável busca por poder gera grandes homens e grandes déspotas, cabe ao ser humano escolher qual deles ele deseja ser. O sucesso não se alcança de forma fácil e aqueles que o alcançam tem problemas em mantê-lo, pois o caminho mais fácil não instrui o ser para manter suas conquistas. Temos vários exemplos destes viços que corroeram a alma de vários homens; Napoleão, Hitler, Alexandre o Grande, O Império Romano e outros que tentaram usar a força desmedida e nunca atingiram a beleza e a sabedoria que se encontram no topo da Escada de Jacó, uma grande alegoria da teoria dos valores de Platão, onde há um bem maior e o homem deve buscá-lo. Mas hoje tal busca se encontra suspensa, o homem está mais preocupado em agredir a natureza do que viver em harmonia dentro de um sistema natural. Mas lembramos que todo sistema natural se regula, e para tanto é necessária a eliminação do agente causador do desequilibro, e daí perguntamos seria tal agente o homem? Não é apenas uma grande força desmedida.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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