sábado, 30 de março de 2013

O F I C I N A M A Ç Ô N I C A



(Di Prinzio – 1980)



“As duas torres marcam a passagem no recinto sagrado, do pavimento de Mosaico, no sentido de uma meta distante do agora, supervisionada por 7 energias retratadas como olhos”


Interpretação livre da obra de Alfredo Di Prinzio, por Pedro Neves.


Representa o lugar de trabalho, a construção do templo Perfeito. Onde devemos cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude.


Desbastando a pedra bruta, símbolo das imperfeições humanas com o malho e o cinzel, chegaremos à pedra cúbica polida que representa a perfeição.


Os obreiros do bem e da paz usam como argamassa o “Cimento Místico” para unir as pedras perfeitas.


Temos que saber fazer o bom uso do esquadro; utilizar o ângulo reto em nossas vidas para o aperfeiçoamento da matéria.


Com o compasso temos a medida justa para o aprimoramento espiritual através da prática das virtudes.


A régua símbolo da retidão, mostra que devemos traçar um caminho reto para atingir nossos objetivos.


O prumo serve para verificar se as paredes do Templo a ser erigido estão perfeitas e alinhadas.


O malho símbolo da vontade bem dirigida, da força que deve ser conduzida pelo juízo representado pelo cinzel, ambos trabalham em perfeito equilíbrio.


A alavanca como dizia Arquimedes “dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, ela representa o esforço humano que não deve perder a coragem.


Os três pontos são a representação do triângulo símbolos da divindade, são usados nos escritos maçônicos podendo simbolizar o amor, luz e pureza.


As letras A G D G A D U, significam: À Glória do Grande Arquiteto Do Universo.


A oficina está sobre o pavimento de mosaico, que simboliza a dualidade na vida humana, o bem e o mal, amor e ódio, virtude e vício, positivo e negativo. Ela tem o formato de uma chave, parecendo-se com uma ponte símbolo de transição de um estado para outro. Em psicologia onírica, a imagem de uma ponte pode representar um desejo inconsciente de mudança. Na simbologia mística, a ponte é o emblema de ligação entre aquilo que pode ser percebido e aquilo que está além da percepção.


O nível simboliza a igualdade que deve reinar entre os seres humanos.


Os três focos de chamas simbolizam as três luzes que governam a oficina, é princípio divino, a vida e a morte, transformação e regeneração, calor e energia vital, o fogo é o purificador supremo.


Somente seguindo a nossa jornada rumo ao oriente, poderemos alcançar a perfeição simbolizada na estrela de cinco pontas, também chamada de pentagrama, feita de um só traço, símbolo de rica significação, a qual tem sido mudada no decorrer da história, geralmente representa os cinco sentidos com os quais o ser humano se comunica com o mundo. Também o próprio homem ideal unificado, onde cada ponta representa a cabeça, e os quatro membros do corpo humano. Poderemos então, conhecer a verdadeira pronúncia da palavra perdida, o verdadeiro nome do Supremo Criador dos Mundos que se encontra dentro do delta, o triângulo representa o perfeito equilíbrio entre os três aspectos da divindade. Os ternários ou tríades sagradas, conceito comum à maioria das religiões (Brahma-shiva-Vishnu, Yang-Ying-Tao, Pai-Filho-Espírito Santo), tudo isto entre as colunas representativas do que é justo e perfeito, de onde se origina a criação do universo, aqui representado pelas esferas.


A escada que segue paralela à oficina simboliza a ascensão na vida de quem não tem o conhecimento esotérico, aquele que só conhece o exotérico, aquele que ainda não viu a luz, este caminho não leva a lugar algum, existirá sempre um muro a impedir o seu progresso.


Sete olhos supervisionam tudo, simbolizando a energia vital que tudo domina.


Temos também sete seres em seu trabalho incessante que formam a oficina justa e perfeita. - PEDRO NEVES M .’. I .’. 33


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