domingo, 22 de novembro de 2009

Tolerância e Conivência



  • Pronunciamento do Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Soberano Irmão Marcos José da Silva, em 19 de novembro de 2009.
    .
    Entre as virtudes mais intensamente cultuada pelos maçons, a tolerância tem especial destaque. É a arte de colocar-se do ponto de vista do interlocutor para compreender as suas razões, os seus motivos, os seus argumentos. A tolerância tem sido através do tempo o principal instrumento para manter em alto nível a convivência entre os irmãos e as relações humanas da Maçonaria com a sociedade.
    .
    Sem dúvida, faz parte da boa educação individual, o hábito de ouvir com paciência as opiniões contrárias e respeitar as idéias que podem surgir das mentes de outras pessoas. Afinal, as melhores coisas de que o mundo desfruta são resultado de muitos talentos valorizados anteriormente.
    .
    Vale citar a famosa frase de Voltaire, aliás, Maçom da Loja “As Nove Irmãs”, de Paris, no século Dezoito: “posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até à morte o vosso direito de dizê-las.”
    .
    A intolerância, ao contrário, leva à desarmonia, à dissensão e discrepância. Em prosseguimento, conduz ao fanatismo, cujas modalidades mais nocivas são o fanatismo religioso e o fanatismo político, o que, dentro da Ordem Maçônica, seria demolidor.
    .
    A tolerância é principio básico da Maçonaria nas relações sociais e humanas. Só não é admitida a tolerância diante do erro e do crime premeditado, pois seria adotar a conivência como regra na Sublime Instituição. E seria aceitar o dilaceramento da Cadeia de União, a verdadeira base da Maçonaria em todas as nossas ações em favor da Humanidade.
    .
    Brasília, 19.11.2009.
    .
    Marcos José da Silva
    Grão-Mestre Geral
    Fonte: Grupo Maçônico Orvalho do Hermon