sábado, 8 de maio de 2010

O VENERÁVEL


O Venerável é o líder da Loja. A sua posição de dirigente maior faz dele o exemplo a ser seguido. Mas o que é ser líder? Antes de qualquer outra consideração é preciso distinguir bem o “líder” do “chefe”. Nos escritórios, nas repartições públicas, nos quartéis, temos os “chefes” e os “lideres”. O chefe manda. O líder orienta e conduz. Em qualquer lugar existe uma clara distinção entre as duas figuras. O Venerável de uma Oficina deve ser sempre o “líder” e nunca o “chefe”.

LIDERANÇA

Como liderar? Podemos resumir em três vertentes, os princípios básicos que tornam o Venerável um líder de sua Loja. Primeiro: governar para todos; Segundo: conhecer seus liderados; Terceiro: unir o grupo.

GOVERNAR PARA TODOS

O que é governar para todos? É administrar a Loja sob a égide dos princípios universais da fraternidade maçônica entre os irmãos e, conseqüentemente, a paz na Loja possibilitará ao Venerável em governo tranqüilo, profícuo e pleno de realizações. O Venerável, por exemplo, deve ser conciliatório o suficiente para esquecer que os irmãos A, B, e C apoiaram outro nome na disputa eleitoral. Deve, isto sim, aproximar-se deles, atraindo-os para os trabalhos de Loja, nomeando-os para comissões importantes, dando-lhe missões como representantes da direção da Oficina, etc.

O Venerável deve dirigir o “grupismo”, mal que assola grande parte de nossas Lojas. Não se pode admitir que as Lojas se dividam em dois ou três grupos, pois isto é “antimaçonaria”. E, para se evitar o “grupismo”, basta governar com todos os irmãos. Nomear, indistintamente, irmãos de várias correntes para as mesmas comissões, manter sempre aberto o diálogo franco e fraterno com todos os irmãos, conhecer o pensamento de cada um para poder assim, compreendê-los bem.

CONHECER SEUS LIDERADOS

O Venerável deve estar sempre presente aos seus irmãos. Deve conhecê-los e às suas famílias muito bem, vivenciando o seu dia a dia e participando dos seus momentos de alegria e de tristeza. O Venerável deve ser antes de tudo, um “visitador”. Deve fazer das visitas as casas dos irmãos uma rotina e ombrear-se com eles nas suas dificuldades, procurando ajudá-los e enfrentá-las e convocando a Loja para estar presente ao seu lado em tais momentos.

O Venerável deve ser sempre, solidário com os irmãos nas horas de dificuldades. Se o irmão foi injustamente acusado ou preterido nos seus direitos, devemos agir como “leões” na sua defesa. Nas Lojas este papel é do Venerável, que deve acionar os irmãos para, como um só homem, irem em auxílio do irmão injustiçado.

E essa obrigação solidária do Venerável deve desdobrar-se quando o irmão partir para o Oriente Eterno. Embora tenhamos a proteção do PEMEG, é indispensável que a Loja, sob a liderança do seu Venerável, se faça presente, “imediatamente”, quando o irmão faltar. O momento da morte, ainda que anunciada, é traumático em quase todas as famílias. E é este o momento mais importante, mais presente em que precisamos mostrar a nossa solidariedade, a nossa fraternidade, inclusive material, se a tanto chegarem as necessidades das cunhadas e dos sobrinhos.

UNIR O GRUPO

Se o Venerável governar para todos os irmãos e vivenciar os seus problemas, saberá administrar as dificuldades que surgirem. O Venerável não poderá, jamais, dar curso ou cultivar as dissensões e, muito menos, adotar posições de intransigência e intolerância, alimentado-as. O Venerável deve ter, antes de tudo, “jogo de cintura” e tolerância. O autoritarismo é inimigo da Maçonaria e leva, fatalmente, à desagregação.

Para unir o grupo, o Venerável deve, antes de tudo, sopesar bem as decisões, levando-as primeiramente, a ampla discussão e votação, procurando, sempre, trabalhar com a Loja cheia, convocando-a previamente quando a decisão a ser discutida possa trazer polêmica ou levar a desunião. É preciso difundir entre os irmãos que a maioria, deve sobrepor-se a minoria, sem que esta se sinta diminuída. É bom lembrar que a minoria de hoje pode tornar a maioria de amanhã, na alternância do poder que é natural na democracia maçônica.

A CONDUTA PROFANA DO VENERÁVEL

O Venerável deve saber que existem alguns “dogmas” que precisam ser respeitados para bem exercer “as suas funções”: além da necessidade de governar para todos, conhecendo e vivendo o problema dos irmãos e, com isso, manter o grupo unido, o Venerável não pode negligenciar com alguns conhecimentos importantes para um líder maçom:

1° - O Venerável de uma Loja é o espelho de seus irmãos. Qualquer ato falho por ele praticado libera os seus irmãos para cometerem os mesmos erros. O Venerável deve ser, portanto, um exemplo de chefe de família e de boa conduta na comunidade.

2° - Se ao maçom é vedada a pratica de atos que possam chocar a sociedade e a família, ao Venerável esses atos são inadmissíveis. O Venerável de uma Loja não pode ser “velhaco”, não pode desonrar os seus compromissos; não pode dar cheque sem fundos; não pode deixar uma duplicata ir ao protesto; não pode ficar devendo no armazém ou na farmácia; não pode desonrar a sua família, deve beber com moderação, etc.

3° - Ao Venerável não é permitido transigir com o erro. Cabe-lhe, como também ao irmão Orador, velar para que as leis sejam integralmente respeitadas e cumpridas. Se o irmão errou, “seja ele quem for”, deve ser apenado segundo o que preceitua a nossa legislação. Não pode o Venerável, para ser “bonzinho”, comprometer a instituição, abraçando a causa do errado ou reivindicando que Grão Mestrado o faça, permitindo que a comunidade lance sobre nós suspeitas de acobertamento do erro.

ADMINISTRAÇÃO

Administração não é fácil. Algumas regrinhas básicas, entretanto, ajudam bastante. Se o administrador for líder, ele terá 80% de sucesso na sua gestão. Os restantes 20%, o líder “tira de letra”.

Vamos lembrar algumas dessas “regrinhas” com a ajuda inestimável do irmão José Castellani:

1. Os rituais devem ser obedecidos à risca. Não existe improvisação em Maçonaria. Não se admite práticas do Rito Brasileiro em Lojas do Rito Escocês ou do Rito de York em Lojas do Rito Adoniramita e assim por diante, simplesmente porque é “bonitinho”. A pureza dos Ritos é condição primordial para a beleza da liturgia praticada nas Lojas. Sobre o rigoroso cumprimento das leis e dos rituais.

“(é atribuição do Venerável) atender todas as disposições regulamentares e formalidade ritualísticas, em qualquer sessão, mormente as de Iniciação, Elevação e Exaltação, sob pena delas serem nulas, por irregularidades cometidas, com sérios prejuízos para os candidatos e para a Oficina. Não é permitido, por exemplo, abrir a sessão a um só golpe de malhete, pois não é maçonaria a sessão assim aberta.

2. (O Venerável deve) Impedir diálogos, apartes repetidos, referencia pessoais diretas ou indiretas, que possam ofender a quem estiver com a palavra, usando de toda a moderação, prudência e urbanidade em todos os seus atos.

3. (O Venerável deve) Proibir discussão sobre assuntos que possam irritar os irmãos, alterando a harmonia e fraternidade que deve reinar entre todos os maçons.

4. (Ao Venerável é permitido) Suspender os trabalhos, sem as formalidades ritualísticas e até levantar a sessão, quando não puder manter a ordem. Os trabalhos, assim encerrados, não poderão ser continuados, na mesma sessão, sob a presidência de outro maçom qualquer. É claro que essa providencia é de cunho extraordinário e deve ser tomado com grande descortino, para que não se configure uma manobra autoritária e arbitrária.

5. Os metais da oficina são intocáveis. “O Venerável também não poderá usar os metais da Loja para aplicação no mercado financeiro, sem a aquiescência da maioria dos Maçons presentes a sessão convocada especificamente para esse fim, pois, havendo risco de perda, há necessidade do aval da Loja; se isso não acontecer, o Venerável incorrerá em crime de apropriação indébita, podendo ser processado nos termos da Lei Penal e do Código Processual da Obediência.

6. O Venerável deve ser objetivo na condução dos trabalhos. Deve se ater ao Ritual e ao essencial. Deve evitar digressões desnecessárias que só alongam as sessões, causando mal estar e desencanto. As sessões longas são um excelente motivo para as freqüentes ausências dos irmãos. Quando menos tempo se usar para assuntos desnecessários mais substanciais poderá ser o “Tempo de Estudos ou Instrução”, fonte importante de conhecimentos. autor é José Ricardo Roquette

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO

O tema “O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.

Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G.·.A.·.D.·.U.·., respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país.

Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.

Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIA
O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.

O único meio eficaz para se combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão do próprio significado de cada um desses conceitos, ou seja:

- Ignorância significa o desconhecimento ou falta de instrução, falta de saber.
- Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.
- Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneo que, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, a falsa idéia a respeito do sobrenatural.
- Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude.

Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.

Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido".

TOLERÂNCIA
É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos.

Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.

Deus é tolerante com o pecador, não com o pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia. Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente.

Devemos ser tolerantes com nossos filhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressar nosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.

É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.

A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante.

Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.

Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.

Shakespeare disse “não importa” o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos ser tolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado por quem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudo seja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância.

Em síntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir o seu exemplo.

A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dos ensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.

ÉTICA
Por definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formação cristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo, não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e cristã.

A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade, de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva.

A maçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade, regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo, a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da conduta humana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre uma postura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe de família exemplar.

Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto o sistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que os acolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes.

O forte sentimento de fraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, da união ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz.

No mundo profano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nem vendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar o pecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo, homens que fiquem com o direito, embora o céu caia.

O objetivo de uma instituição maçônica é o de criar tais homens.

CARIDADE
Estamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, da educação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contas nada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem. A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”.

Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosos poderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fé e esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque há caridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seu próximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida de suas forças.

O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando sua felicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo dia carregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!

Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegos guiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontade estiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre, tenha caridade!

Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca os outros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento, sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatos e palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida com caridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra.

A CARIDADE é uma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇA
Para escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça, definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é seu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.

Assim, para definirmos a justiça na maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiça encontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão, certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais são colocados em seus pratos.

Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição de justiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para que cada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquilo que é seu.

Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seu livro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.

Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazer tudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares”.

Como se percebe, para podermos viver em sociedade ou mesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive em sociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo de interação social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja, tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.

Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejar e de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidades assistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio.

A Maçonaria é uma sociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cada Maçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é o da igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, a própria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo, raramente discutido e talvez não completamente entendido.

O homem, principalmente o Maçom deve ser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguir com imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios e principalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muito particularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem, aviltam e envelhecem.

Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo a reverencia a Deus.

À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere a Maçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço e aprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria cultura universal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA
“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimento de novos lideres”.

Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar ou desenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder.

O líder para descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente o Resultado.

Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal, quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante do sucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.

Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, sua credibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidade indeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores. Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobre os ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cada pessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitos compartilhados.

O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas para gerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É a liderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em um contexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem:

- Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitação sobre a realização de sonhos compartilhados;
- Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé, lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos à emoção;
- Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promover solenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização;
- Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho, compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores;
- Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas e guiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade;
- Integridade: ser honesto e confiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissos concluindo-os.

PERSEVERANÇA
A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo.

A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro.

Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe.

Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa).

É bom lembrar que os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam esses valores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades. Usando espontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo, leva-nos à verdade e a luz.

CONCLUSÃO
O Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorância é o vício que mais aproxima o homem do irracional.

Assim sendo e por ser Maçom, deve ele conduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípios maçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade.

Não se aprende tudo de uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, a ação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações, trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir o homem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância.

O Maçom deve ter e manter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito, procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprir sempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros da Sociedade Maçônica.

O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.

Trabalho enviado pelo I.'. Milton Antonio Sonvezzo, M.'.M.'. da Loja Graal do Ocidente, federada ao Grande Oriente do Brasil.

Esta RL, juntamente com mais três, formam o Templo Ocidente e, uma vez ao ano, promovem um evento denominado "SEMTO" que significa Seminário dos Mestres do Templo Ocidente. Este trabalho foi apresentado no último evento, realizado em 01 de Setembro de 2003.

Contribuiram parea este trabalho os II.'.Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, Eugênio Morganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, Oswaldo Chagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei Venceslau Faria e Walter Benegra.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO IV
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

A Liderança nas Lojas Maçônicas

Inicialmente chamo a atenção dos Irmãos para o fato de que nos trabalhos que apresento sempre procuro trazer uma mensagem... Um chamar à razão... Na certeza de que cabe a cada de nós fazer suas reflexões e através de suas análises chegar às suas próprias conclusões.

Administrar uma Loja é tarefa muito mais complexa do que supõem aqueles que julgam o exercício dos cargos apenas como o dever de desempenhar as tarefas ritualísticas. Assim como nas empresas não há o chefe superior inato, na Maçonaria também não há dirigente ou ocupante de cargo inato. Para administrar uma Loja é mister a observância de normas e práticas eficientes, como, por exemplo as aconselhadas pelo Mestre Fayol:

PREVER - ORGANIZAR - COMANDAR OU DIRIGIR - COORDENAR - CONTROLAR.

Dito isto somos arremetidos para o que se pode considerar como uma das funções mais difíceis de serem exercidas em qualquer atividade humana: A liderança.

Nas Lojas maçônicas a liderança do Venerável Mestre é de fundamental importância para a direção dos trabalhos, realização de projetos, dinamismo e união dos Irmãos, até porque cada maçom em particular se considera um líder e o confronto de líderes pode gerar conflitos.

Neste contexto o Venerável não tem por missão impor normas; faz respeitá-las sem que ninguém sinta. Sua missão é sempre impessoal e ele não se impõe pela força. É apenas o condutor dos trabalhos, eqüidistantes das facções que, no plenário da Loja, lutam por suas idéias.

É importante, também, distinguir liderança e autoritarismo. Lembro-me, perfeitamente, das abordagens feitas por um Instrutor de Liderança em Curso realizado na década de 1960 quanto a lideres autocráticos e democráticos com suas distintas concepções.

O autoritário é impositivo, dominador, arrogante, despótico e se impõe pelo poder que detém.

O democrático, por sua vez, é ético, confiável, sensato, cheio de energia, humilde, ansioso por aprender e se destaca pela competência em tratar com pessoas e coisas.

Esses aspectos básicos e, com certeza, já sobejamente, conhecidos e que trazemos às nossas reflexões. Com toda certeza o assunto não se esgotará e aqui não trouxemos questionamentos, respostas ou soluções. Razão pela qual, entendemos, tudo deva ficar por conta de cada um de nós, Maçons, no individualismo de cada um dentro da Ordem, que no somatório final, trará com certeza, uma melhoria dos trabalhos desenvolvidos e de nossos relacionamentos interpessoais. Na verdade, este argumento é conservador, travestido de palavras progressistas que escondem as posições que se defrontam com a realidade de cada Loja.

Afinal, o que é liderança e qual a razão do tema?
Liderança é a capacidade de fazer com que todos remem na mesma direção, estimulados por um objetivo comum a todos.

É exatamente isto que os membros de uma Loja precisam fazer: remar na mesma direção, e com isto não estou desprezando a existência do aspecto que faz funcionar a LOJA ESOTÉRICA e que foge, obviamente, às abordagens do tema ora proposto. O líder de uma Loja Maçônica é o Venerável Mestre que é um indivíduo, tem mente, um corpo, um envoltório de compreensão. Sob o ponto de vista administrativo uma Loja Maçônica é um mundo exatamente como todos os demais. O Venerável Mestre é quem exerce o controle sobre a organização. Uma Loja tem um sistema de poder verticalizado, isto é, possui uma hierarquia bem definida: Venerável, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante, etc Assim sendo, podemos dizer que, enquanto no mundo profano, os ocupantes de cada cargo delegam a execução de tarefas e não a responsabilidade pelos erros ou acertos. Na maçonaria delega-se a execução e a responsabilidade pelos erros ou acertos. Exemplificando: Diz o VM Iir. 1 e 2 Vvig anunciai em vossas colunas assim como anuncio no Or.

Diz o 1 V., seguindo a hierarquia, Iir. da col., eu vos anuncio por ordem do VM, que ele... Segue-se o 2 V, fazendo o anuncio na coluna do Sul. A palavra está na Col. do Sul. Seguindo a hierarquia, a palavra volta ao 1 V: - A palavra está na col. do N. - Reina silêncio na Col. Do Sul Ir. 1 V. Cabendo ao 1 V após reinar silêncio dizer: - VM reina silêncio em ambas as colunas.

Pode parecer estranho tal abordam dos diálogos mas observemos que o VM ao final diz: - Não havendo mais quem fazer uso da palavra, a mesma será concedida ao Ir. Orador para as suas conclusões, como Guarda da Lei na forma do ritual fará uma rápida análise dos trabalhos realizados, saudará os visitantes e dará a sessão com justa e perfeita, etc Dada a importância do Orador na condução dos trabalhos de uma Loja Maçônica encontramos, no Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, detalhada, não a função, mas a postura de um Orador sob o ponto de vista do seu autor Nicola Aslan.

No que tange a liderança na maçonaria podemos enumerar o seguinte:

Maçons há que quando são eleitos para cargos, presumem que serão seguidos, naturalmente, pelos irmãos. Este é o primeiro engano. Maçons há que acreditam que a leitura de livros sobre liderança os tornarão aptos para o exercício da função de cargos maçônicos. Segundo engano.

Dentro da dualidade: esotérica-administrativa muitos maçons com pretensões de se tornarem líderes, compram livros na esperança de alcançarem seus objetivos. Essas iniciativas geram um sentimento de satisfação mas, na prática, a liderança acaba não acontecendo.

É possível, também, o enveredar nas pesquisas às biografias dos grandes líderes e procurar pistas sobre suas habilidades, entretanto, os benefícios desse esforço serão ínfimos porque os autores desses livros biográficos descrevem apenas o que os líderes realizaram, mas não descrevem como e porque o realizaram. Na verdade, os próprios líderes pouco dizem como se tornaram um líder, porque não existe fórmula alguma para liderança.

O próprio líder não consegue reconhecer suas características individuais e que fazem com que as pessoas o sigam, mas as pessoas respondem a essas características. Portanto, somente observações ao longo dos anos podem tornar esta perspectiva nítida.

O líder, por sua vez, deve utilizar não só a cabeça, mas também o coração. A liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma. Ela está, quase sempre, fundamentada em uma conexão emocional e não, simplesmente, racional. E, convenhamos às vezes a pretendida liderança, particularmente, em uma Loja, contrariando a "tradição maçônica" não é exercida, democraticamente, pelo Venerável Mestre. É que abrimos parênteses para dizer não ser este o caso de nossa Loja.

Philip Crosby tem uma definição de liderança muito interessante que é a seguinte:

"Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações conduzidas por pessoas sejam planejadas, para permitir a realização de um programa de trabalho."

Adaptando esta definição para a linguagem maçônica, poderíamos ter algo assim:

Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização de um plano de trabalho.

Precisamos desdobrar alguns elementos da definição para tornar a mensagem mais compreensível.

"Deliberadamente" significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claras na mente de todos os Irmãos.

"Ações executadas pelos Irmãos" significa que os objetivos e metas devem ser alcançados por meio de ações empreendidas por todos os Irmãos e não ações executadas por um pequeno grupo deles.

"Planejadas" significa programar uma seqüência de eventos que permita que os Irmãos saibam, exatamente, aquilo que vai acontecer e o que se espera que cada um faça.

"Plano de trabalho " refere-se às realizações específicas que, realmente, se deseja alcançar.

Portanto, caros Irmãos, para o exercício pleno da liderança é preciso seguir alguns princípios fundamentais:

1.Um programa de trabalho claro e definido.
2.Uma filosofia individual.
3.Relações duradouras.
Meditemos sobre tais princípios.
Aqueles que desejam ser líderes precisam compreender, assimilar e implantar estes princípios de liderança, tendo sempre em mente a trilogia da Ordem Maçônica:

Liberdade - Igualdade e Fraternidade


Liberdade com ordem.

Igualdade com respeito.
Fraternidade com justiça.

Liderança envolve um trabalho árduo. Muitos dos que aspiram ao papel de líder, não conseguem desempenhá-lo. Outros têm os atributos adequados, mas nunca chegam a fazer qualquer coisa a respeito.

Confesso que gostaria de estender-me muito além do que foi até aqui exposto, por se tratar de um assunto, por si só, palpitante, complexo e controverso, em particular, quando trazido para as hostes maçônicas quanto à sua interpretação e aplicabilidade. Entretanto, acredito que as seguintes premissas não podem ser esquecidas:

"Dê poder ao homem e o conhecerás."
"De todas as paixões que agitam a sociedade a mais funesta e sanguinária é a ambição pelo poder."
"A obrigação do maçom cujo poder é temporal deve por escopo manter a Ordem intacta."

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO IV
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

O LÍDER MAÇÔNICO


"Para um verdadeiro líder, ter que mandar é uma derrota pessoal. Mas, se for preciso, ele vai mandar, até porque a vida não é feita somente de vitórias.
Um líder que conjuga excessivamente o verbo mandar, na primeira pessoa do singular, não é líder é chefe. E, chefe, só tem quem depende dele.
Se o líder a quem você segue usa muito o verbo mandar na primeira do singular, cuidado! Você pode não estar seguindo a um líder, mas vivendo com medo de um tirano e o medo é o pior sentimento que um ser humano pode experimentar. O medo vai encolhê-lo e transformá-lo em alguém fraco e incapaz de agir por conta própria (ainda que através do seu líder). Procure seguir alguém que conjugue o verbo poder, na primeira pessoa do plural. Vocês terão mais sucesso.
O líder de verdada não diz o que tem que ser feito, ao contrário, ouve (sente, enxerga) o que aqueles que são seus colegas de missão queiram e repete. O líder pode e tem o direito de dar "um toque pessoal" às decisões de um grupo, até porque ele faz parte do grupo e sua opinião também conta, mas, no final das contas, é o grupo quem deve decidir. O líder de verdade é mais um "seguidor" do que um "determinador".
A história destaca muitos chefes e poucos líderes, com efeito, vemos, infelizmente muitos líderes que viraram chefes, enebriados com a falta de capacidade daqueles a quem passaram a comandar.
Muitas vezes, o grupo não sabe o que quer, mas não cabe ao líder decidir, apenas conduzir o grupo a uma decisão de consenso. Voltando ao início, se precisar mandar, ele o fará, mas não se sentirá bem com isso. O líder que se sente bem mandando, não é líder, é tirano. Esse "tipo" de líder acontece, principalmente em sociedades cujo povo não tem preparo e é guiado como um rebanho.
Finalmente, o verdadeiro líder preocupa-se em vencer a mais difícil das batalhas que é contra a sua própria vaidade e os seus próprios defeitos, a batalha contra si mesmo. O verdadeiro líder é, antes de qualquer coisa, líder de si mesmo." - Winston Churchill

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil