sábado, 1 de setembro de 2012

0 MESTRE INTERIOR – NO TEMPLO

A porta do Templo é um símbolo de acesso ao interior, onde está oculta a verdade e outros tesouros. Quando solicitamos a entrada no Templo interior, somos questionados “Quem é o temerário que ousa interromper as nossas meditações”, e o nosso guia interior responde que é um candidato que não é escravo das paixões e desejos e que não é de maus costumes, pois, no Templo da verdade e da sabedoria, não entra quem é preconceituoso e possui péssimos costumes. Caso não tenhamos o desejo sincero de buscar a verdade, poderemos ser impedidos pela espada do guardião, que impede a entrada de curiosos temerários, invasores profanos e dos mercadores do santuário. Fazemos uma oração para solicitar o auxílio nos momentos de perigo, durante o trajeto na senda. Sabemos que o vício nos arrasta para o mal e que devemos ter disposição na alma para a prática do bem. As coisas boas da vida, a doçura, podem se transformar de uma hora para outra em amargor, em decepções, e temos que estar preparados para isso, Cristo passou por dores e momentos insuportáveis, os momentos difíceis nos deixam vulneráveis. Ao curioso que pensa somente em adquirir poderes, estabilidade financeira com riquezas e auxílios mútuos, e se esquecem do desenvolvimento espiritual, sentem a desilusão, porque, os espera um cálice de amargura, que ao ser apresentado a Cristo, este exclamou: “Pai, se é possível, afasta de mim este cálice”. O verdadeiro postulante, consegue absorver a mudança das doçuras da vida em amargor, e tem fé que o amargor se transforme novamente em doçura pela conhecimento da verdade. Temos que percorrer um caminho difícil e tortuoso, os obstáculos e a instabilidade do tempo (ar), com chuvas e trovoadas, e nessa viagem, começamos o trajeto na realidade exterior (ocidente), e passamos pela noite escura do norte utilizando apenas a visão intelectual, caminhamos com dificuldade, até podermos chegar ao lugar de luz (oriente), após conseguirmos a iluminação da consciência, não poderemos ficar parados neste local, não podemos guardar a luz, temos que levá-la aos que ainda se encontram no mundo material sem luz (ocidente). Temos que ter ciência que representamos o símbolo da sociedade, onde a inteligência de um pequeno grupo conduz as massas ignorantes que não podem se governar. O processo de busca da luz é contínuo, quando estivermos mais esclarecidos poderemos percorrer um caminho mais plano, ainda poderemos ouvir o som dos combates da vida, tinir de espadas, mas, ao final deste caminho, o nosso guia nos leva a uma fonte de água para purificarmos a alma. Novamente temos a demonstração da solidariedade humana. Então, seguimos por um caminho livre de obstáculos, podemos ouvir o crepitar das chamas durante este trajeto e sentimos o calor do fogo, que, além de purificador é o símbolo da descida do Espírito sobre a matéria. Estaremos aptos a nos submeter à terrível prova do batismo do heroísmo, do mártir, oferecemos o nosso fluido vital (sangue). Então, poderemos receber o selo da fé e da caridade em nosso peito. Devemos procurar auxiliar e socorrer os necessitados, os miseráveis e deserdados da fortuna, não podemos ser vaidosos e fazer doações com orgulho, humilhando a quem recebe as nossas dádivas, sentimos a angústia em nosso coração diante da impossibilidade de socorrer os miseráveis e necessitados. Com a prática da caridade, juramos fidelidade ao dever, e retiramos a venda material que nos cobria os olhos, podemos finalmente ver a luz. Somos consagrados e nos tornamos justos e perfeitos. Nascemos de novo, cumprimos o que disse o Divino Mestre Jesus: “O REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE VÓS” Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original ("você deve citar a autoria de Pedro Neves e o e-mail, neves.pedro@gmail.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

DEZ CONDUTAS MAÇÔNICAS

"Dez condutas maçônicas que, certamente, contribuem positivamente e protegem a nossa ordem das ações e das influências dos infiltrados.

1) Sirva à instituição e não à pessoas;

2) Quando for divergir, seja de idéias, propostas e condutas, mantenha-se imparcial e com honestidade, deixando de lado simpatias ou antipatias pessoais;

3) Chame sempre para você a responsabilidade de proteger e defender a instituição, não esquecendo que os nossos maiores inimigos, infelizmente, vestem avental;

4) Não se venda por medalhas, títulos, cargos, alfaias e elogios;

5) Quando for indicar um candidato, não seja um corretor de avental;

6) Seja parceiro fiel e leal da verdade e da justiça, assumindo a inteira responsabilidade do que falar, escrever ou fazer;

7) Nunca se esqueça que os exemplos falam mais do que palavras e que os Aprendizes, Companheiros e Mestres mais novos precisam de referências;

8) Não seja Maçom oportunista ou inconsequente, pois baixaria, truculência e contestação infundada e mentirosa não são compatíveis com as nossas virtudes e princípios, maculando os Templos Maçônicos;

9) Não olhe para um Irmão como se fosse seu superior hierárquico, porém respeite as autoridades maçônicas legalmente constituídas, bem como, se for necessário, exija delas, usando os caminhos e meios legais maçônicos, que desempenhem os seus cargos com dignidade, probidade, humildade e competência, pois não estarão fazendo mais do que sua obrigação;

10) Seja um obreiro útil, humilde, dedicado, competente, de atitude e instruído nos augustos mistérios da Arte Real, pois, caso contrário, poderá ser manipulado e inconscientemente prestar serviços para aqueles pseudo maçons que representam a anti-maçonaria.

Conclusão Por entender que a conclusão tem caráter pessoal, convido os Irmãos leitores para que sejam co-autores deste artigo, pois, na Maçonaria, entre outras coisas, vim submeter minha vontade.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A BELEZA DE NOSSA LOJA!


Ir. Valdemar Sansão - MI São Paulo SP.

O bom Venerável não pensa em reeleição. Prepara uma Loja melhor para seu substituto! A beleza de nossa Loja não é dizer que tem um Deus que zela por ela, é sim dizer que ela tem um grande Deus. A beleza de nossa Loja não está só em nós, seus obreiros, trabalharmos para a construção da Sociedade Humana, mas se quisermos realmente mudar o mundo, comecemos por mudar uma pequena parcela dele: esta parcela que chamamos de “Eu”, ou seja, começar por nós mesmos. E ainda que a nossa pretensão não seja essa, mas tão somente a de manter a paz e a serenidade em nossos corações, o caminho é o mesmo: procurar tais recursos dentro de nós. Se pensássemos menos em disputas e mais em compartilhar, viveríamos em um mundo bem melhor, construído por nós mesmos. Nós não precisamos de muita coisa, só precisamos uns dos outros, pois somos a soma das nossas decisões. Consideremos o que nos ensinou Charles Chaplin: “cuidado com as palavras pronunciadas em discussões e brigas, que revelem sentimentos e pensamentos que na realidade você não sente e não pensa… Pois minutos depois, quando a raiva passar, você delas não se lembrará mais… Porém, aquele a quem tais palavras foram dirigidas, jamais as esquecerá” As palavras nunca ofendem, o que ofende é o tom com que elas são ditas. As pessoas esquecerão do que foi dito, esquecerão do que foi feito, mas nunca esquecerão do que sentiram. Sejam quais forem as suas raivas contra um Irmão, ao invés de esmerar-se em criticá-lo, farejando defeitos, apedrejando-o, rasgando sua reputação, continue a vê-lo e amá-lo. Aprendamos com as cordas do violão, que são independentes, mas cada uma fazendo a sua parte, juntas constroem as mais belas melodias. Os Irmãos se completam não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida! Por isso nunca nos dispersemos. A beleza de nossa Loja está na maturidade de cada Irmão falar “eu errei”. E ter a ousadia para dizer: “perdoe-me”. E ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. E ter a capacidade de dizer: “eu o amo meu Irmão”. A beleza de nossa Loja não está na fachada de seu templo, nem no esplendor de seu interior, nem em sua ornamentação, ou na grandeza de sua Sala dos PP\PP\, nem mesmo em seu espaçoso Átrio. A beleza de nossa Loja não está no seu quadro de obreiros cultos, pois nem sempre um homem culto é um homem sábio. Cultura são conhecimentos adquiridos. Sabedoria são as experiências vividas. Mesmo poucos ou muitos, ricos, grandes ou sábios, o importante é que sejamos honrados, estejamos sempre unidos, um ao lado do outro, apesar das diferenças, os obstáculos sempre foram transpostos, tanto nos momentos de dificuldade como nos momentos de esforço maior. A beleza de nossa Loja se realiza quando os Irmãos mais idosos, mesmo não tendo mais a força da juventude, oferecem sua simpatia à dor e seus ombros para apoiar a cabeça de um Irmão quando ele chora. Todos precisam de um ombro para chorar em algum momento da vida. Com os anos não se fica mais culto ou mais sábio: fica-se mais simples. E na simplicidade são obtidas sínteses significantes da visão do mundo. A sabedoria não está no que pensamos saber e sim naquilo que ainda não sabemos. Existirá sempre algo para aprendermos. Somos Aprendizes, alunos em formação. A beleza de nossa Loja não está em não poder realizar grandes coisas, está apenas em fazer dia a dia, pequenas coisas com um grande amor, gestos de compreensão, solidariedade, respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão. Cada Irmão põe quanto é no mínimo que faz, porque assim a Loja brilha acima de cada um. O todo é maior que a soma das partes. A maior beleza do Aprendiz de nossa Loja, não está só nas Instruções do Ritual que os tornam infinitamente melhores, mas no caminho que percorre e nos momentos que compartilha com os verdadeiros Irmãos, nos ingredientes que vão além da amizade, na confiança, na alegria de “estar junto”, no respeito, na admiração, na tranquilidade. Para que o desabrochar da dignidade de cada um possa tornar-se uma realidade viva e completa, “antes de jurar silêncio sobre tudo quanto se passou”, se houver alguma coisa para enterrar (esquecer) sejam as palavras ásperas que disse, os gestos solidários que não fez, os preconceitos que externou, porque, ao julgar os outros, colocamos em nossas críticas o amargor de nossos próprios fracassos. Em nossas necessidades, sempre seguimos as três abençoadas regras: “Corrigir em nós o que nos desagrada nos outros; Amparar-nos mutuamente; Amar-nos uns aos outros. Agradeço a Deus, ter me concedido a alegria de ao ter deixado meu veneralato e ter sido promovido a obreiro comum, falar mais uma vez dos laços que nos unem, porque não é sem razão que nos encontramos, nos reunimos e irmanados no mesmo trabalho e ideal, fundamos nossa Loja. E como um círculo, não tem começo e fim. Reitero, aqui, meu agradecimento comovido e sincero a todos. Vale a pena trabalhar para um fim, quando não se está só. E quando lá fora o mundo se prepara para as lutas mais dolorosas e mais rudes devemos agradecer ao Grande Arquiteto do Universo a felicidade de nos conservarmos em paz em nossa Oficina, sob a égide do Seu divino amor. Permita-nos SENHOR continuarmos por Vós guiados e abençoados, conservando a tranqüilidade sagrada em nossos lares e corações e que também cubra de bênçãos, de vida abundante, feliz, repleta de Luz, Beleza, Bondade e Amor, toda a Humanidade. Assim, esperamos em Sua infinita misericórdia, criar um mundo sem exploração do homem pelo homem, sem as contundentes diferenças de classes sociais e de compreensão, bondade, paz, harmonia, belezas e de amor com que tanto sonhamos.
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

terça-feira, 14 de agosto de 2012

MAÇONARIA: A ESCOLHA DO VENERÁVEL MESTRE


 Escrito por Jeronimo Borges

O que caracteriza um estudo sério é a continuidade com que é encaminhado. O estudo de Maçonaria, é todo um novo mundo que se descortina diante de nossos olhos, subitamente nos lança numa ordem de coisas novas e grandiosas, só pode ser feito de maneira proveitosa por homens perseverantes, isentos de idéias preconcebidas e impulsionados por um firme e sincero propósito de alcançar um resultado sério, onde reine uma perfeita comunhão de pensamentos ao amor ao Grande Arquiteto do Universo (Deus) e de sentimentos voltados à prática do bem. Mas ela faz mais: mostra os efeitos inevitáveis do mal e, por conseqüência, a necessidade do bem. Se desejarmos coisas sérias, sejamos nós mesmos sérios. Eleições - Entendemos que a Maçonaria tem por norma a prática da democracia que outra coisa não é senão o consenso da maioria. Votar é, ao mesmo tempo, um direito e um dever do Maçom: votar nos que pretendem ser os seus dirigentes; votar na idéia que eles representam, e não em suas figuras pessoais; votar na coerência pelo que achamos certo, votar nos que pretendem bem representar a Loja. Só através do voto é que pode o Obreiro, escolher o melhor caminho de sua Loja e de dar aos preparados a incumbência de dirigi-la. Os cargos eletivos na Grande Loja e nas Lojas serão preenchidos por eleição em escrutínio secreto, no grau de Mestre, em uma única Sessão, não podendo ser adiada, suspensa ou prorrogada, a não ser por ausência da metade ou mais dos eleitos constantes na lista de votantes. No caso de adiamento, suspensão ou prorrogação, a votação deverá ocorrer dentro dos próximos oito dias, atendendo o mesmo “quorum”. O direito de voto será exercido pessoalmente. É requisito para votar e ser votado ter 50% (cinquenta por cento) de frequência em sua Loja, nos 12 (doze) meses que antecederem a eleição, excluídas as duas últimas Sessões, estar em pleno gozo de direitos e prerrogativas. É vedado concorrer a mais de um cargo administrativo na mesma chapa.Para o cargo de Venerável Mestre, ou de Vigilantes, exige-se ser mestre ativo da própria Loja há mais de 3 (três) anos, contados a partir da data do placet de exaltação ou de filiação, até a data designada para a eleição; ter 75% (setenta e cinco por cento) de frequência nos 12 (doze) meses que antecederem a eleição, excluídas as duas últimas Sessões e estar em pleno gozo de direitos e prerrogativas. Para os demais cargos, 50% (cinquenta por cento) de frequência, sob as mesmas condições. Constitui requisito de elegibilidade para os cargos de Venerável, Vigilantes, Orador e Tesoureiro, ser Mestre ativo na própria Loja há mais de (três) anos, contados a partir da data do placet de exaltação ou de filiação, até a data designada para a eleição. A Loja que possui o Quadro de Ex-Veneráveis, esse Colégio indicará os futuros candidatos.Na eleição somente votam os Mestres, e a votação é majoritária e realizada por escrutínio secreto, elaborada uma chapa prévia que é submetida à Loja; podem concorrer quantas chapas forem organizadas, mas via de regra, apresentam-se apenas duas, sendo uma da situação, ou seja, indicada pelo Colégio dos ExVeneráveis e outra da oposição, elaborada por um grupo de Mestres. (Louvado na CONSTITUIÇÃO E REGULAMENTO GERAL DA GLESP). O Venerável Mestre – Muitos Irmãos intimamente aspiram ao cargo de Venerável Mestre e, na sua grande maioria, inconscientes das responsabilidades que o mesmo envolve. Repassamos alguns lembretes indispensáveis ao bom desempenho das funções. O Venerável Mestre é a primeira Luz, o primeiro Oficial e o Presidente da Loja. Ele não tem qualquer poder, ele é o resultado da vontade dos Irmãos. O Venerável, embora sendo o resultado da vontade dos demais Irmãos, é o responsável pela atividade ou inatividade; pelo brilho ou mediocridade; pela participação ou inércia; pela cooperação ou indiferença; pela união ou desunião; pela igualdade ou complexos; pelo entusiasmo ou falta de interesse; pela humildade ou prepotência dos Irmãos, pelo ambiente de harmonia ou choque, enfim, pelo êxito ou fracasso de sua Loja. Para alcançar tais objetivos, o Venerável Mestre deve compenetrar-se pela própria relevância do cargo, que a dignidade, a decência e a lisura moral constituem predicados, inapelavelmente exigidos para uma gestão tranquila e produtiva. O Venerável Mestre deve ser o orientador, pois, Faz-se necessário que o Venerável Mestre tenha exercido alguns cargos precedentes, como o de Orador, de Vigilantes ou de Secretário, adquirindo, assim, passo a passo, a experiência suficiente para desempenhar sua gestão. A escolha para Venerável é relevante que caia em Irmão esclarecido, conhecedor da Arte Real e que tenha franquia entre os Irmãos, pessoa estimada e que seja, ao mesmo tempo, propenso a ser um líder. Requisitos - Os requisitos essenciais para o seu bom desempenho são múltiplos. Consoante a tradição o Venerável Mestre deve cumprir os seguintes deveres: 1º.) Sentir-se Maçom, de preferência a qualquer outra formação doutrinária; 2º.) Pregar a Verdade, atuar com equidade, ser discreto, justo, e pensar com retidão; 3º.) Deve participar, ser entusiasmado e incentivador, e por esses exemplos envolver os demais Irmãos para que não pensem que só os administradores têm obrigações de trabalhar; 4º.) Ser disciplinado, tolerante e apaziguador, ético e digno, pois, caso contrário, não poderá exigir essas virtudes de seus Irmãos; 5º.) Não ser invejoso, dominado por paixão, rancoroso e intrigante; 6º.) Ser estudioso e meticuloso; 7º.) Ser planejador, pois, se uma boa programação não for bem elaborada, os Irmãos de sua Loja tornar-se-ão indiferentes, dispostos a criticar e nunca apresentar soluções; 8º.) Ser humilde e inteligente; 9º.) Nas eleições ter o comportamento de Magistrado; 10º.) Não pleitear cargos ou posições dos Escalões Superiores; 11º.) Obedecer os Landmarks, cumprir e fazer cumprir os Estatutos, Regulamentos e Constituições, a Legislação da Grande Loja (GLESP), a Ritualística adotada pela Loja. 12º.) Zelar pela observância dos bons princípios, perfeita harmonia e Fraternidade. 13º.) Reunir o que está disperso. Conclusão - Todos são chamados a atuarem corajosos e sinceramente, dando de si próprios o melhor. Os fracos, os licenciosos, os levianos, nada poderão fazer de útil e verdadeiro; o maçom nasceu para fazer o bem e lutar contra o mal, para isso lhe foi dada a grandeza da alma, objetivando uma expressão mais alta da vida. Durante muito tempo, os homens se distanciaram uns dos outros e a Maçonaria é o laço que um dia unirá os homens, porque lhes mostrará onde está a verdade e onde está o erro. Mas muitos ainda assim, a negarão. Julgue-a por suas obras e seus princípios. A Maçonaria nunca instigou ao mal; nunca aconselhou nem legitimou o erro e a violência, tampouco a avidez de bens terrenos. Somente os que são humildes, bons, humanitários e são seus preferidos, pois trilham o caminho que esta lhes mostrou para chegar até ela. No seu aspecto científico e filosófico, a Maçonaria será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da humanidade. Todavia, estabelece a renovação definitiva do homem, para a grandeza de seu imenso futuro, começando pela ESCOLHA DO VENERÁVEL MESTRE. “Todas as máximas já foram escritas, falta apenas aplicá-as” (Pascal)

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

FORMAÇÃO DE VENERÁVEIS MESTRES:


Os Veneráveis Mestres constituem um corpo especial de dirigentes responsáveis pelas Oficinas maçônicas – são, na expressão mais sagrada do termo, autênticos “ guias da Fraternidade” e como tais precisam estar altamente preparados para exercer com competência e dignidade essa sagrada função. Na qualidade de líder, o venerável deveria dominar (ou pelo ser instruído) alguns aspectos do saber humano. Condutores de homens precisam compreender o comportamento humano (Psicologia), raciocinar corretamente (Lógica), expressar-se bem e com eloqüência (Retórica) e como vivem num contexto social é imprescindível compreender os fatos sociais (Sociologia). O domínio mesmo que relativo desses ramos do saber, constituirá numa ajuda considerável para a devida formação de construtores sociais. Além disso, ele precisará possuir uma compreensão profunda da Tradição Maçônica em seus múltiplos aspectos. Não podemos nos iludir quanto à elaboração de um curriculum de altíssimo nível para a formação de dirigentes maçônicos (formadores de opinião, construtores sociais, estadistas e condutores anônimos da sociedade). Reunir mestres maçons para ensinar o obvio sobre a maçonaria, como segurar no malhete, como preencher propostas e outras coisas dessa natureza é uma insensatez. Não podemos nos esquecer que a maçonaria é inspirada e movida pelo Arquétipo da Sabedoria e que os maiores estadistas, chefes revolucionários e grandes lideres mundiais foram preparados nos Templos da Ordem. Lembremo-nos que o pragmatismo do mundo moderno não permite mais a perda de tempo com questões simplórias e triviais. Muito pelo contrário, ele exige que mergulhemos no coração do conhecimento.


Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

EX-VENERÁVEL DONO DA LOJA


* Irmão Hercule Spoladore

É uma situação que ocorre com frequência na Maçonaria brasileira e quiçá na mundial. O que vem a ser esta situação? Simplesmente, conforme o titulo do trabalho já sugere, é um Irmão que exerceu sua gestão como venerável de uma loja e que seu desempenho pode ter sido muito bom ou muito mau, mas seu mandato se esgotou, e ele esquecendo que já passou o seu momento como principal gestor da loja e que deveria ficar quieto no seu canto, insiste em se intrometer nos trabalhos da nova liderança que democraticamente surgiu na sua loja através do voto. Apegado ao poder, chega aos limites da hipocrisia que como se sabe é o ato de fingir qualidades, ideias ou sentimentos que em realidade ele não tem e isso às vezes se torna uma verdade para ele ainda que falsa, um verdadeiro sofisma, e ele acreditando ser o que sabe tudo, que sabe mais que os outros, em fim é o dono da verdade. Ele não sabe se conter, não consegue ficar sem dar palpites, ou dar ordens ao novo venerável, ou criticar o novo líder, não somando as suas forças com as da nova gestão, pelo contrário, atrapalhando-a. Se o novo venerável não for um líder pragmático, pulso forte, que não saiba se impor, ficará a mercê do antecessor, não podendo exercer a sua gestão a contento como planejou. Todavia, numa loja democrática, não faltarão Irmãos que com coerência e bom senso, tomarão partido do novo líder e os mais habilidosos, chegam ao ex e com muito jeito, com parcimônia tentam faze-lo compreender a nova situação, o que às vezes não conseguem havendo até em certos casos uma cisão na loja. Muitas novas lojas foram fundadas por ex-veneráveis que não souberam respeitar a nova liderança. Este é um fato inconteste. Este apego ao poder é algo que o ex-venerável às vezes não pode se controlar, porque ele não estava preparado quando exerceu seu mandato para um dia deixa-lo como soe acontecer nos regimes democráticos e uma loja maçônica não tem dono justamente por ser uma democracia. Ele se achou venerável, e não entendeu que apenas estava venerável. Acha que continua venerável. Este tema abre um leque mais profundo em relação a analise do poder nas lojas e como ele é manipulado. Este tipo de dono da loja não é o pior entrave para uma loja. O pior ex-venerável é aquele tipo de irmão matreiro, político, de fala mansa, que sorri para todo mundo, abraça a todos três vezes e que se derrete em falsos elogios aos Irmãos do quadro e procede assim porque é uma das suas estratégias para se manter no poder eternamente. Ele se vale de bonecos ou títeres para cobrir uma gestão que por imposições das constituições das potências ele não pode se reeleger mais de uma ou duas vezes. Em seguida ele volta gloriosamente na próxima. Mas durante a gestão de seu preposto, quem dirigirá a loja de fato, será ele. Não de direito, mas de fato. Ele tomará todas as decisões e o venerável de plantão cumprirá rigorosamente o que o seu chefe determinar. Geralmente ele tem o seu grupo, formado por comparsas que são coniventes que antecipadamente já decidiu quem será o venerável para os próximos seis ou oito anos, mas sempre ele voltando após as gestões de seus substitutos arranjados ou então apenas preferirá ser o chefe por trás, nos bastidores, mandando em tudo e por muito tempo. No fundo a sede de poder, nada mais que uma autoafirmação, insegurança, incapacidade de ser transparente com seus semelhantes e com o meio em que vive vaidoso mentiroso geralmente tendo uma visão unilateral dos processos de interação entres os Irmãos, tornando sua personalidade a de um verdadeiro psicopata social. Não sabe mais discernir os seus limites. Não tem sentimentos. Chega a ser uma doença um desvio de personalidade, e de comportamento. Isto não é bazofia ou piada. Isto realmente acontece na Maçonaria brasileira num índice maior do que se pode imaginar, mas não como rotina. Infelizmente esta situação vem ocorrendo e muitos irmãos fingem não vê-la ou sentila, porque os membros das lojas com exceção de verdadeiros maçons agem passivamente como cordeiros, esquecendo que uma loja aberta em sessão é uma tribuna livre onde ideias são criadas, sonhos são idealizados que podem mover o mundo, um verdadeiro laboratório social que pode mudar tudo para melhor e por isso todos os problemas devem ser discutidos e todos devem participar. Uma situação esdrúxula aconteceu em uma loja que será omitido o nome da cidade, onde isso ocorreu. Um Irmão destes tipos de donos da sua loja, fez a sua loja votar o título de “venerável perpétuo” para ele. Até aí, nada de mais, a loja votou, está votado. Mas ele exigia que a loja só abrisse os trabalhos em suas sessões normais quando ele estivesse presente. E ele atrasava sempre cerca cinco a dez minutos. E aí a sessão começava. Isso é o cúmulo da hipocrisia, tanto deste sociopata ex-venerável como da loja que aceitava tal situação. Pasmem! Parece uma estória inventada, mas não é. Isto é verídico! Mas é bom que se frise que a maioria dos ex-veneráveis não se enquadram nesta descrição. Existem ainda muitos bons maçons na Ordem. Felizmente a maioria. São. Irmãos excelentes, preparados, humildes, sabem qual é o seu lugar dentro de uma loja, bons conselheiros, conhecem o peso de um malhete, porque já o manejaram quando foram veneráveis. Aprenderam mais ouvir que falar. A Maçonaria valoriza a Dialética, que é a arte do dialogo, ou a discussão, como força de argumentação permite que se contrariem ideias, que elas sejam discutidas em todos os sentidos e que dessa situação nasça um idéia concreta, inteligente e perfeita, uma verdadeira síntese de tudo o que foi tratado, desde que venha em favor da Ordem e da humanidade. Ela prega a igualdade e a liberdade de pensamento entre seus adeptos. Esta situação de dono de loja é uma das causas maiores do afastamento de muitos honrados irmãos da Ordem. Se um irmão, sem medo, com coragem falar em nome da democracia e dos verdadeiros princípios da Ordem, e isto ferir os desígnios destes déspotas, este será marcado, perseguido e descriminado. Considerando-se que temos cerca de seis ou sete mil lojas no Brasil, imagine-se o número de Irmãos que agem desta forma, considerando-se que a natureza humana é complexa e estranha, que muitos homens possuem a síndrome do poder em função de seu DNA animalesco onde um quer ser o dominante sobre o outro, ou sobre os outros. Geralmente estas pessoas são inseguras, não são felizes, não estão de bem com a vida e esta forma de querer exercer um suposto poder sobre os outros é sua maneira de tentar equilibrar seus próprios defeitos. A síndrome do poder também chamada de síndrome do pequeno poder é uma atitude de autoritarismo por parte de um individuo que recebeu um poder e tenta usa-lo de forma absoluta e imperativa sem se preocupar com os problemas dicotomizados que possam vir a ocasionar. A síndrome do pequeno poder pode se tornar uma patologia, quando se torna crônica. Existem aqueles Irmãos que mesmo longe do poder pensam que o possui. Quando a realidade lhe é mostrada, entram em depressão. Mas a Maçonaria prega justamente o contrário. Ela é democrática. Quando se fala em vencer as paixões significa que o maçom deve fazer prevalecer em seu consciente racional sobre as programações erradas de seu subconsciente, ou seja, sobre a parte ruim que o ser humano tem dentro de si. Segundo São Francisco de Assis, é o “burro” ou a “besta” que o ser humano carrega dentro de sua consciência. Uma das condições mais exigidas pelos princípios maçônicos é justamente você fazer prevalecer seu lado bom, vencendo o seu lado mau. A condição para um irmão ser venerável em primeiro lugar é que ele tenha merecimentos pessoais e que tenha um conhecimento profundo da ciência maçônica em todos os seus segmentos, tais como história da Ordem, ritualística, simbologia, administração, legislação e justiça sendo tudo isso associado à sua capacidade de liderança. Evidentemente a Maçonaria terá que renovar seus líderes, para que novas ideias, novos postulados, novos rumos e até novos paradigmas sejam estudados, adotados e postos em ação. Todavia correrá o famoso risco: VOCÊ QUER CONHECER UM MAÇOM? DÊ-LHE PODER. Por fim, enfatiza-se que este trabalho foi escrito para uma minoria de Irmãos, que são gananciosos do poder. Ressalve-se aqueles Irmãos ex-veneráveis pessoas intocáveis que não se enquadram neste contexto. Felizmente, a maioria. Estes são os sustentáculos da Ordem. * Hercule Spoladore -Loja de Pesquisas Maçônica.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

MAÇONS IMPRODUTIVOS


 
Em nosso pouco tempo de maçonaria temos visto que não há fórmulas para gerir uma Loja ou a si próprio. O que funciona para algumas oficinas gera verdadeiro fracasso em outras. O que vale para motivar o irmão “X” é capaz de desmotivar o irmão “Y”. Então como fazer para que sua Loja e você mesmo se desenvolva? Apesar da inexistência de equações mágicas, a criatividade do Venerável e a qualificação dos obreiros ainda parecem ser poderosas ferramentas para o desenvolvimento da instituição maçônica. É preciso motivar o maçom a fazer parte da maçonaria, pois estar nela é fácil, basta ser iniciado. Comprometer-se com ela é que é o calcanhar de Aquiles. Também é necessário qualificá-lo para que ele possa compreender seu verdadeiro papel como integrante da Arte Real e assim se tornar um maçom produtivo e apto ao trabalho de construção do Templo. O que estamos tentando dizer é que preciso unir o binômio saber fazer e querer fazer. Nesse contexto, a Loja maçônica deixa de ser mais que uma peça no gigantesco tabuleiro da maçonaria e passa a ser um conjunto de maçons, uma coleção de potências individuais e produtivas que tornam a oficina num verdadeiro santuário do Grande Arquiteto do Universo onde todos têm como objetivo o bem estar da humanidade. Para alcançar esse nível de excelência, é necessário sacrifícios, reaprender a trabalhar em equipe, deixar de ser vagão e transformar-se em locomotiva, sair de cima do piano e ajudar a carregá-lo. Talvez isso seja utopia, mas se não ousarmos sair da realidade crua para sonharmos com um maçom melhor, com uma instituição melhor e com um mundo melhor, então é porque já morremos e não nos enterraram. É hora de ousar, mudar (com responsabilidade) os métodos que nos ensinaram até aqui. Isso requer visão, ambição, autonomia e iniciativa. O maçom que não tem ou que perde essas capacidades é como o sal insípido, para nada mais serve a não ser para fazer número. Queridos Irmãos, maçom não é um número para estatística da Loja. Pedreiros é o que somos. É necessário relembrar esse detalhe para que possamos ter em mente que o trabalho do maçom é na pedra, batendo, cinzelando, carregando, criando calo nas mãos, sujando a roupa, suando para, ao final do dia, receber seu justo salário por haver contribuído na construção do grande templo interior, e no aperfeiçoamento da humanidade. Pense e faça! para que, em passando pelos corredores ou na própria Loja os aprendizes, companheiros ou mestres não venham a dizer: Maçom improdutivo! ARLS MARCUS ANTONIO BARROS CORDEIRO Nº 127 ♦ GLOMEC - Fortaleza

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI I
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domingo, 29 de julho de 2012

VIVENCIEMOS PLENAMENTE A MAÇONARIA:

 
Meus Estimados Irmãos, Antes de tudo, permitam-me contar uma breve história, até para que todos possam entender onde quero chegar com essa reflexão. Desde que me entendi como um ente social, ainda na adolescência, passei a ter um grande interesse pelas questões sócio-políticas e humanitárias. Acredito que o berço espírita de minha mãe, o berço político de meu pai e a profissão que abracei como forma de trabalho, em muito contribuíram para esse direcionamento de idéias e de ações. Até porque, na área médica os grandes focos de minha atuação sempre foram a saúde pública e a saúde coletiva e, dentro desse contexto, sempre cuidei de não me deixar levar pelo sentimento de filantropia e, sobretudo, pela prática do assistencialismo. Iniciei meu caminhar maçônico no ano de 1996, aos 36 anos de idade e, desde o princípio manifestei muito interesse pela pesquisa acerca do simbolismo e da ritualística e busquei estudá-los de forma bastante consistente, com foco na tradução do simbolismo para a realidade do homem, da vida, da sociedade e das ciências. Acredito que desvendar o simbolismo existente em um Templo Maçônico e os seus desdobramentos na ritualística, qualquer que seja o Rito, é compreender o que é a Maçonaria. E, traduzir o significado do simbolismo em nossas vidas maçônicas, é compreender o que é ser maçom. Também aqui, da mesma maneira que na vida profissional, sempre cuidei de não me deixar levar pelo academicismo e nem por interpretações dúbias ou achismos. A Maçonaria Simbólica, por vários motivos, não cabe aqui discuti-los, se organiza administrativamente em Potências Maçônicas e em Lojas Maçônicas (células): - A Potência Maçônica direciona o seu foco de trabalho para a gestão dos processos inerentes à administração do universo maçônico, ou seja, "do "negócio maçonaria" - o papel e as resposabilidades e de um Grão-Mestre são extraordinariamente complexas. A Obediência deve implementar, de maneira eficiente, mecanismos de gestão que possibilitem a consolidação plena dos diversos objetivos e metas da Organização chamada Maçonaria. Pode e deve aplicar em seus processos, todos os conceitos de gestão empresarial, tal como fazem as grandes corporações, em especial no que diz respeito ao planejamento estratégico do "negócio", pois, e em especial nos dias de hoje, é questão de credibilidade e sobrevivência. - A Loja Maçônica direciona seu foco de trabalho para o nascimento, a formação e a capacitação do homem maçom e, nesse aspecto, cabe à Loja implementar todas as ações necessárias para que o homem iniciado possa consolidar uma vida plena no seio da maçonaria, da família e da sociedade, ou seja, em todos os ambientes onde estiver inserido. Tudo dentro dos preceitos da ética, da moral e dos bons costumes, valorizando e respeitando a vida em todas as suas manifestações e, especialmente, na busca da elevação espiritual e do desprendimento das materialidades primárias que o caracterizavam como um homem "comum". Dito isso, entendo que os três maiores objetivos da Maçonaria são: 1 - Tornar feliz a humanidade, pelo aperfeiçoamento dos costumes (...): Promovendo a educação do homem, através do simbolismo, do emprego correto da ritualística e da compreensão da filosofia maçônica, mostrando a ele acerca da necessidade do aperfeiçoamento moral e intelectual, como passo primordial para a melhoria constante do ambiente ao qual pertence - o homem maçom deve exercer o seu livre pensar com responsabilidade e discernimento e, através do pleno conhecimento de si mesmo = Edificação do Templo Interior, tornar-se o senhor absoluto de seus atos, transformando aqueles que o cercam em pessoas melhores e mais comprometidas com a solidariedade humana. 2 - Fazer do homem maçom um líder nas comunidades onde ele esteja inserido, através da capacitação contínua e permanente, buscando prepará-lo para estar à frente das instituições e organizações, inclusive políticas, no sentido de que ele atue proativamente em prol da sustentabilidade social, econômica, cultural, educacional e ambiental da humanidade. Para tal, precisa instruí-lo, estimulando o seu raciocínio, o seu senso crítico e, sobretudo, possibilitando que ele liberte o seu pensamento, sempre na busca da justiça, da verdade e do bem comum. 3 - Implementar ações concretas em favor de si mesma e de tudo que a cerca, em especial da família. Desenvolvendo e colocando em prática projetos que possibilitem o crescimento sustentado da sociedade humana e de todas as formas de vida que a cercam. Participando com as demais organizações da sociedade civil, sejam elas do mundo empresarial, do mundo político / governamental ou ONG's, de ações ordenadas que possibilitem a consolidação e o fortalecimento da ética, da preservação do meio ambiente, da harmonia nas relações humanas e do respeito à diversidade de idéias, fatores indispensáveis ao crescimento sócio-econômico e a evolução da humanidade. Para tal, nobres irmãos, é preciso: - Fé e confiança inabaláveis; - Vontade de fazer a diferença; - Empreender sem medo; - Liderança focada em resultados; - Trabalho em equipe; - Ousadia; - Cultura organizacional e valores corporativos bem consolidados e; - RECIPROCIDADE. Até agora tudo muito bonito e fácil! Grande engano, pois a realidade é um pouco diferente. Assim como no mundo profano, ainda que menos, somos vaidosos, apegado a honrarias e tendemos ao comodismo e ao imobilismo social, cada um dentro de sua zona de conforto. Não é fácil romper algumas barreiras e enfrentar os "acadêmicos" e os "conservadores extremados" que pregam e defendem uma Maçonaria submissa e subserviente à regras de não externalização de seus princípios. Defendem a filantropia convencional das Fraternidades Femininas, como o objetivo maior de ação sócio-política e impõem como regra de vida aos demais, os seus vícios e defeitos. E, por fim, obstruem discussões atinentes à Ordem, entre estas, as relativas à família, à mulher e, em especial, à política. Com isso, por falta de conteúdo maçônico, promovem um verdadeiro esvaziamento das Lojas e dos trabalhos a elas relacionados. Fico perplexo, ao perceber o grande número de Mestres que, após serem Exaltados acham, "coitados", que atingiram a plenitude maçônica, prejudicando assim a formação de Aprendizes e Companheiros e, o pior: gerando lá na frente, dentro de suas Lojas, Veneráveis Mestres sem identidade com o Cargo, ou seja, despreparados para a liderança de uma Oficina e de seus Homens Livres e de Bons Costumes. Querem saber o que fazem esses "veneráveis"? Permitem que homens sem perfil sejam "iniciados" na Sublime Ordem, e estes iniciam o ciclo que ora descrevi. Cuidemos, portanto, das Pedras, sobre as quais as nossas Sublimes Ferramentas irão trabalhar! Tenho acompanhado de perto muitas abordagens e questionamentos acerca do Simbolismo e da Ritualística Maçônica, e que circulam através de e-mails, tanto de forma individual como nos diversos Grupo de discussão organizados, tais como: porquê o Aprendiz não pode se deslocar/circular/dirigir até a Coluna da Sul e ao Oriente? Porquê ele não pode representar a sua Loja, por exemplo, em uma Sessão Magna de Iniciação? Porquê ele não pode ser recebido com honras ritualísticas? Quem pode e deve ser recebido com as devidas honras ritualísticas? Aliás, se dependensse de mim somente o Pavilhão Nacional seria recebido com as devidas Saudações Honoríficas. Entre outras questões que fogem ao propósito dessa reflexão. O fato é que as vaidades profanas ainda ocupam um lugar de destaque em nossas mentes e corações. Voltemos à circulação do Simbolismo e da Ritualística na rede mundial de computadores, uma das mais magníficas ferramentas que o homem construiu e construirá - É preciso cuidado para não profanarmos, entretanto, não é esse o aspecto principal - alguns vão me crucificar com o que vou dizer agora: cadê o Quarto de Hora de Estudos e que deve durar muito mais do que 15 minutos? E a discussão e comentários das Instruções Básicas contidas nos Rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre? Cadê os Ciclos de Estudos Maçônicos? Todos devendo acontecer dentro do recinto apropriado para tal, ou seja, o Templo Maçônico. Onde estão os Veneráveis Mestres - GESTORES DAS LOJAS e principais responsáveis pela capacitação maçônica do homem? Vamos usar e abusar da Internet para agilizarmos os nossos diversos processos administrativos e de comunicação, bem como para disseminarmos os nossos princípios e valores corporativos. No entanto, não podemos utilizar, de forma aleatória, essa ferramenta como meio de fazermos e praticarmos a Maçonaria em sua ESSÊNCIA (podem me chamar de retrógrado e careta), sob pena de BANALIZARMOS o que há de mais nobre na prática da ARTE REAL, a PUREZA da LUZ que nos foi concedida. - Volto a insistir: o homem maçom precisa voltar a TRAMAR, no interior dos Templos Maçônicos, contra tudo e contra todos que prejudicam a felicidade e o bem-estar do gênero humano. Portanto, libertemos os nossos pensamentos em prol de ações concretas, no presente e no futuro, antes que o tempo leve com ele a nossa capacidade de agir e de fazer aquilo que tem que ser feito. Quebremos as muitas barreiras que impedem uma maior participação da Maçonaria na vida pública e social de nosso amado Brasil e atentemo-nos para a existência de dois tipos de homens, maçons ou não: 1 - Existem aqueles que aproveitam o TEMPO e fazem o que tem que ser feito e; 2 - Existem aqueles que não querem fazer o que tem que ser feito. Estes, simplesmente alegam falta de TEMPO! Que cada um possa olhar para dentro de si e perceber em qual deles se classifica - Vivenciemos Plenamente a Maçonaria, somente assim deixaremos as nossas marcas pelo caminho! Leonel Ricardo de Andrade Grande Segundo Vigilante da GLMMG

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A COLUNA DA FORÇA


A Ordem Maçônica baseia os seus muitos princípios e os seus diversos ensinamentos em símbolos e rituais. Podemos afirmar que uma das principais características da Maçonaria, seja justamente aquela de procurar velar e proteger os seus muitos segredos dos olhos daqueles que ainda sejam considerados profanos. A maneira encontrada pela Ordem Maçônica para ministrar os seus muitos segredos e ensinamentos aos seus Iniciados, é procurar sempre faze-lo utilizando-se de símbolos e metáforas. Esta Simbologia Maçônica, sua interpretação e o seu entendimento são as ferramentas utilizadas pelos maçons para os seu constante escavar de masmorras ao vício e no seu permanente edificar e levantar de templos às virtudes. O G.A.D.U em sua imensurável bondade concedeu ao Homem primitivo uma inteligência capaz de construir, modificar e destruir componentes dos três reinos da natureza ao longo dos tempos. Mas, para que o homem pudesse manipulá-los, necessário se fez que ele inventasse ferramentas que o ajudasse em seu objetivo. A Maçonaria através de sua simbologia concebeu no ferramental de pedreiros uma forma inteligente de difundir sua doutrina filosófica, de tal modo que cada um dos Maçons pudesse entender suas metas, tirar suas conclusões e usar esses instrumentos de trabalho na construção de seu Templo interior. No primeiro Grau simbólico encontramos o Esquadro, a Régua, o Compasso, o Nível, o Prumo, o Malho e o Cinzel, utensílios fundamentais ao Maçom no seu trabalho de lavrar, esquadrejar, medir e polir a P.: B.: com a finalidade de transformá-la em P.:P.: O Esquadro é o Símbolo da Justiça e da Gratidão, seu ângulo reto simboliza a conduta irrepreensível que o Maçom sempre deverá manter perante a sociedade, pautando todos os seus atos e decisões dentro da mais absoluta retidão e equidade no trato de seus semelhantes. Em conjunto com o Compasso representa o "Escudo Maçônico", signo mais conhecido da Maçonaria. É composto de dois ramos de comprimento igual e provém da metade de um quadrado que é o Símbolo da Terra onde se desencadeiam as paixões humanas e, o verdadeiro Maçom encontrando-se entre o Esquadro e o Compasso está entre o Céu e a Terra, ou ainda, entre a matéria e o espírito. Sendo o Esquadro o instrumento que se destina a dar forma regular a todo material, serve simbolicamente, para indicar ao Maçom que sob o ponto de vista moral, deve ser empregado para corrigir as falhas e as desigualdades do caráter humano. Como Símbolo da justeza que conduz o homem à perfeição, o Esquadro torna-se o Emblema da Sabedoria e, como tal, além de figurar sobre o Alt.: dos JJur.: figura também no Colar do V.: M.: para indicar que ele deve ter como sentimentos os Estatutos da Ordem e agir de uma única forma que é a retidão. Na posição da Ordem do Grau de Apr.: a qual ostenta quatro Esquadros e cuja interpretação é astronômica, porque nesta forma está contida quatro vezes no ponto onde se cortam os diâmetros do círculo zodiacal, que os dividem em quatro partes, correspondendo cada uma à estação do ano respectiva, de conformidade com a inclinação do Sol em sua carreira O Compasso quase que inseparável do Esquadro é o Compasso. Enquanto aquele serve para regular as nossas ações, este deve traçar os justos limites a conservar em nossa conduta para com os nossos semelhantes. É o Compasso um instrumento de dois ramos de madeira ou metal, reunidos por uma de suas extremidades de maneira a poder afastar-se ou aproximar-se uma da outra para medir ângulos, traçar círculos de dimensões diferentes. Estes diversos círculos nos dão a idéia do pensamento nos vários círculos de raciocínio que podem atingir, ora largas e abundantes posições, ora a raras e estreitas conclusões, mas todas elas sempre claras e positivas. O Compasso da Justiça é a própria razão que determina, não só a origem, mas ainda a legitimidade do direito. Representa as radiações da inteligência e da consciência do homem. No Grau de Apr.: tem suas pontas voltadas para o Oc.: e colocadas sob os ramos do Esquadro que são voltados para o Or.:, simbolizando assim que o Apr.: só trabalha na P.: B.: e, então dela não poderá fazer uso enquanto não estiver perfeitamente polida e esquadrejada. Podendo-se abrir em diversos ângulos ele passa a ser um instrumento valiosíssimo na simbologia maçônica, assim, a 60° a espiritualidade vai dar no cosmos, a 9Oº torna-se o Esquadro indicando que, com esta abertura máxima os limites de espírito humano não poderiam ser transpostos. A Régua como ferramenta usada para medir e delinear os trabalhos, assim como, para traçar linhas retas, deve servir como utensílio de meditação, de consciência, de inteligência e de cautela ao Maçom na execução de seus afazeres, ou na tomada de decisões, que o permitam traçar na P.:B.:, retas que a tornem Cúbica. Antigo Símbolo da retidão, do método e da lei, a Régua é considerada o emblema do aperfeiçoamento e, Como a reta não tem começo nem fim, ela também é vista como Símbolo do Infinito. Significa ainda o meio de assegurar o cumprimento das normas do comportamento humano -sem as quais não pode haver ordem. Estas normas constituem o equilíbrio de todas as ações, assim, elas consubstanciam uma medida que pode ser avaliada pelos módulos da Régua. Mas qual destas ferramentas deve ser inicialmente usada pelo Apr.:? Claramente o neófito deve escolher a régua, dada a sua simplicidade e conhecimento vulgar. Mas a escolha deve ir além da comodidade. Primeiramente deve-se que o neófito não conseguirá se apoiar no esquadro, pois sua retidão e senso de justiça exigem maior sabedoria e beleza do aprendiz. Considera-se que o operador do esquadro tenha uma conduta irrepreensível, o que dificulta o início da carreira maçônica, pois claramente ficará o neófito acanhado pelo medo de errar. O compasso com todos os seus círculos que demonstram uma perfeição e lógica perfeita do raciocínio humano é por demais complexo para ser operado pelo novo maçom. O que resta é a régua, um instrumento simples e fácil de se reconhecer, que já demonstra os limites que o maçom deve estabelecer para iniciar sua jornada. A simplicidade e o marco zero da régua devem ser considerados parâmetros para que o maçom agregue valores antes desconhecidos. Inicialmente o profano selecionado para entrar na maçonaria é livre e de bons costumes, o que permite a sua entrada em uma loja maçônica. Mas como todos irmãos sabem, a maçonaria é uma filosofia de vida, que objetiva um mundo melhor e com homens melhores, por isso a P.:B.: (alma do neófito) deve ser trabalhada. Todo trabalho exige uma ação, que só se concretiza com a vontade de se iniciar a viagem do conhecimento. Mas cada um prepara sua mala como pode, sendo que iniciar um caminho tortuoso quando existe uma melhor opção é certamente um erro. Por isso deve ser escolhida a régua. Muitas obras maçônicas apontam que a régua é o símbolo da Retidão. Representa a boa administração do tempo que deve ser divido no auto-conhecimento, meditação, estudo e repouso. Ou seja, nada ação apenas reflexão, estipulando-se quando para, quando começar, quando ir em frente, quando recuar. Mas a simples delimitação do ímpeto humano já é suficiente para o inicio da jornada? Claro que não precisamos de um impulso, e tal catalisador está na Coluna Dórica. É a mais pesada e robusta de todas. Possui caráter masculino e austero. O capitel é mais simples e geométrico e a ordem guarda relação de proporção entre largura e altura menor, o que faz com que a coluna e conseqüentemente a construção sejam mais baixos, robustos. Esta coluna obscura, que se encontra à esquerda da porta de entrada, frente ao norte, ostenta no centro da face voltada para o oriente, a letra B, que é a primeira do hebraico Bohaz ou Bongaz, ou seja in fortitudine , que quer dizer no valor e na coragem. Era o nome do esposo da moabita Rute, pai de Davi e avô de Salomão. Na maçonaria prática do rito escocês antigo e aceito esta palavra é traduzida para Boaz. O trolhador e o trolhado têm , portanto, cada um, uma letra vogal e uma consoante a dizer. Segundo os antigos rituais, esta coluna foi posta no pórtico do templo para lembrar aos filhos de Israel que iam ou vinham da adoração, a coluna da nuvem que obscureceu o caminho do faraó e seu exercito, que os perseguiam, quando fugiam da escravidão do Egito. Não obstante, segundo afirma um autor, o seu significado original remonta a tempo muito mais remotos, assegurando-se que esta coluna representa a estrela polar do norte e era então camada a estrela de horus, nome que posteriormente foi mudado para pelo de TAT ou TA-AT, que significa em fortaleza e foi considerado como emblema da força, daí muitos autores atribuírem a isto a origem da Palavra Sagrada do Aprendiz. Sobre a coluna do norte deve estar constantemente em observação o olho do 2º Vigilante, que em linha reta cai sobre este ponto cardeal e pode dirigir-se de norte a sul. O símbolo B no centro da referida coluna mostra a linha de SHU que assinala a divisão equinocial e forma um triangulo em Horus, e por isso se diz que TAT representa a Terra e o Triangulo o primeiro grau da maçonaria simbólica em relação ao mundo. Existe outra interpretação para a inicial B, a que significa em e O. A. Z fortaleza e como se diz Deus impôs ao povo de Israel o seu domínio em fortaleza, resulta a sua justa aplicação com relação ao símbolo B, que ostenta a grande Coluna no centro e que atualmente constitui a inicial da Palavra Sagrada do Aprendiz Maçom. Pelo que diz respeito ao material que foi construída, a Bíblia nos diz que esta coluna era de bronze, resulta porém que o seu aspecto denotava que o material com que estava construída superava ao que hoje chamamos de bronze; a respeito da cor escura, está manifesto, porque se trata de recordar ao povo de Israel, como já foi dito antes, a coluna da fumaça que cegou aos seus perseguidores, quando fugiu da escravidão. A interpretação atual consiste em que recebe a pálida luz do sul, circunstanciada pela qual forçosamente vê-se obscura. Muitos afirmam que a coluna era oca e havia compartimentos dentro dos quais estavam guardados os tesouros, as ferramentas e o Livro da Lei. O significado filosófico da coluna B refere-se a que representa a força, o repouso, a fêmea, o negativo, o conservador, o receptor, a matriz, a matéria, o concreto, o principio, a virtude e etc; e por conseguinte simboliza ao conjunto de forças e princípios que a natureza necessita para o seu desenvolvimento de vida eterna. Refere-se também aos poderes de firmeza e coesão que sustentam o mundo no espaço, ou seja, na gravitação universal. Verifica-se desta foram que a filosofia entranha nos ensinamentos da Coluna B se reduzem ao estado do que principia, do que se define origem das coisas e do que deve ser executado materialmente com a força de vontade. Ao pé da grande coluna B e do lado norte, vê-se a pedra bruta, objeto do trabalho a que se devem dedicar os aprendizes maçons. Diz-se simbolicamente, que a débil luz que ilumina a coluna do norte ou coluna B, representa a ação gradual da ciência que se inculca nos irmãos aprendizes, para não fracassarem com a difusão de falsas teorias e ensinamentos torcidos. Moralmente, essa luz débil protege o iniciado, para que não fique cego e volte a cair nos erros e preocupações vulgares. Indica-nos também que devemos fazer uso do sacrifício pessoal , porque a Constancia e o trabalho moderado nos faz atingir o aperfeiçoamento intelectual e espiritual dentro dos nossos escassos conhecimentos sobre a arte real. Assim podemos ver que a referida coluna tem um simbolismo especial tendente a chamar inicialmente a atenção do neófito, e apesar dela se encontrar na escuridão deve o aprendiz aprender inicialmente a sair das trevas para atingir a luz. Mas tal mudança só pode ser realizada mediante uma vontade exteriorizada pela força, que deve ser regulada pela régua, para que posteriormente possa o obreiro se preocupar com instrumentos mais complexos e que possam levar a um novo desenvolvimento. Não se propõe que o aprendiz ignore os outros instrumentos de trabalho do maçom, que são igualmente importantes, mas o neófito deve ter em sua mente suas limitações, pois o egocentrismo é um vicio que já devia ter sido superado com a câmara das reflexões. As colunas representativas da sabedoria e beleza são importantes como ponto referencial de valores maiores a serem atingidos, pois não se pode cobrar que o aprendiz tenha sua alma dotada de beleza e sabedoria em um primeiro momento, haja visto que inicialmente ele é apenas livre e de bons costumes, devendo galgar pelos graus maçônicos e pelos degraus da escada de Jacó, com o fim de adquiri beleza e sabedoria. A beleza e sabedoria tratadas na maçonaria não se confundem com o conhecimento vulgar, são altos valores, embasados em estudos e conhecimentos maçônicos adquiridos durante o tempo. Mas a força está junta ao neófito, afinal ele é livre e de bons costumes, tendo apenas que direcionar tal força pelo caminho certo, e para isso deve usar inicialmente a força e a régua. Mas para que tanta cautela ao iniciar o estudo dos ensinamentos maçônicos? Esta resposta esta no painel alegórico de aprendiz. No painel da loja de aprendiz, observamos em primeiro plano as três colunas mestras dispostas de maneira a formar um triângulo, símbolo máximo da perfeição e do equilíbrio, representando, por conseguinte os três mundos inteligíveis, que correspondem pela analogia: O mundo físico ou natural representado pela coluna da força; o mundo espiritual ou metafísico, simbolizado pela coluna da beleza e o mundo divino ou religioso, expresso pela coluna da sabedoria, qualificando a onipotência e onisciência e a onipresença do Grande Arquiteto do Universo, que constitui a tela de fundo de toda a meditação porque tudo está ligado e unido num mesmo todo. As colunas projetadas dentro do painel mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o prazer, a honra e a calúnia, o êxito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os caminhos de nossa existência, porquanto são os dias dos homens que fazem o julgamento de sua própria conduta. Na coluna da força, repousa o punhal, símbolo da força bruta, utilizado para decapitar e cortar a cabeça de São João - Juan que etimologicamente significa Graça Divina. Iniciando, pois nossa jornada, auxiliada e conferida pela retidão do prumo, encontramos à nossa direita a lâmpada que é a imagem da iniciação, a razão esclarecida pela inteligência e sua chama ilumina o saber ou o ser interno, pois só se pode caminhar nas trevas em direção à luz, a qual atrai nossa natureza espiritual e material, indicando-nos a necessidade de superar o estado de desordem que caracteriza o homem, escravo de suas paixões, vícios e erros, ensejando-nos a trabalhar nosso ser para que se manifeste a perfeição sublime. Continuando, encontramos o esquadro, que representa a faculdade do juízo e que permite comparar a retidão, a direção do ideal, segundo nos mostra a própria marcha do aprendiz. Desta maneira, chega-se à coluna da beleza, onde encontramos a pedra bruta, já com os instrumentos de trabalho postos às nossas mãos a fim de que iniciemos o trabalho árduo de desbastá-la, utilizando-se do malho e do cinzel que vêm a ser, vontade e julgamento. O malho representa a força inconsciente, a vontade bruta maciça, enquanto que o cinzel, é o juízo, a força criadora do espírito e juntos, utilizados com presteza e exatidão, têm o objetivo de definir, que o homem deve dominar seus impulsos e tornar-se firme e semelhante a um metal purificado no cadinho de modo que as suas impulsividades habilmente orientadas possam, com energia e firmeza, realizar o ato desejado com precisão. Pela ação combinada dos dois instrumentos, comprovada pelo esquadro, colocamo-nos em harmonia com nossos semelhantes, o que nos permite progredir na senda do bem, pois da pedra bruta conseguimos a pedra cúbica que é, na realidade, a pedra filosofal dos alquimistas. Continuando nessa busca incessante, dirigimo-nos à coluna da sabedoria, que representa o Venerável Mestre, do qual recebemos a palavra sagrada que significa "Na Força", ou seja, reconhecemos através da palavra sagrada, isto é, do Verbo Divino, que a força verdadeira não se encontra no exterior, no mundo dos efeitos, porém, internamente, ficando aqui patente um profundo sentido esotérico onde o mestre não dá a todos a chave de suas parábolas: "a fim de que vendo não vejam; ouvindo, não ouçam", portanto procurai e achareis, batei e abrirse-vos-á. Neste exato momento é - nos possível adentrar o círculo com o ponto no centro, representação da unidade princípio (o ponto) no centro da eternidade (o círculo, linha sem começo nem fim), porque chegamos ao domínio pela ciência e pela sabedoria da natureza, pensamento e verdade, pois o homem é o microcosmo ou pequeno mundo e conforme o dogma das analogias, tudo o que está no grande mundo (macro) reproduz?se no pequeno (micro). Por sobre o círculo sagrado, encontramos exposto no altar, o livro da lei que é o símbolo máximo da elevação de nossos pensamentos, por meio do qual conhecemos a verdade, que é o propósito de toda experiência. Suportada pelo livro da lei fica a escada de Jacó, cujo cimo toca os céus, descrita com propriedade no livro de Gênesis - Capítulo 28, versículo 1O a 13, onde Jacó viu anjos que desciam e subiam por ela e Jeová disse-lhe: "Eu sou Jeová, Deus de teu Pai Abraão e de lsaac". "A terra em que estás deitado, a darei a ti e à tua posteridade; a tua posteridade será como o pó da terra e se dilatará para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Por ti e por tua descendência serão benditas todas as famílias da terra". "Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que vá e te reconduzirei para esta terra; porque não te abandonarei até ter Eu cumprido aquilo de que te hei falado". A interpretação da escada de Jacó é que este é o único caminho para atingirmos o êxtase total, a plenitude, entretanto, devemos mais uma vez superar os obstáculos que encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simbolizada e identificada pela Cruz. A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó, significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano XVIII do livro de Thot. A estrela de sete pontas é o grande pináculo da luz eterna, síntese da unidade a que respondem as sete vozes da análise, o Apocalipse, onde os sete anjos, com as sete trombetas, suas sete espadas, etc., caracterizam o absoluto da luta do bem contra o mal, pela palavra, pela associação religiosa e pela força. Assim, os sete selos do livro oculto são abertos sucessivamente e a iniciação universal se realiza porque atingimos o grau máximo de perfeição e estamos aptos a achar a paz do coração, o desvanecimento do espírito, o ritmo da evolução e em comunhão perfeita e consciente com o ser Supremo. O céu é a imagem do infinito, as estrelas representam a idéia Divina que nos descobrem o mundo da realidade e da verdade, porque a perfeição é infinita, representada pelo sol que nasce no Oriente, fonte natural de luz e da sabedoria e do princípio criador. Este é o horizonte apresentado ao aprendiz, um caminho de estudos e ações que levam ao G. A. D. U., em contraponto ao que foi realizado pelos profanos durante os mal fadados anos da humanidade. A incansável busca por poder gera grandes homens e grandes déspotas, cabe ao ser humano escolher qual deles ele deseja ser. O sucesso não se alcança de forma fácil e aqueles que o alcançam tem problemas em mantê-lo, pois o caminho mais fácil não instrui o ser para manter suas conquistas. Temos vários exemplos destes viços que corroeram a alma de vários homens; Napoleão, Hitler, Alexandre o Grande, O Império Romano e outros que tentaram usar a força desmedida e nunca atingiram a beleza e a sabedoria que se encontram no topo da Escada de Jacó, uma grande alegoria da teoria dos valores de Platão, onde há um bem maior e o homem deve buscá-lo. Mas hoje tal busca se encontra suspensa, o homem está mais preocupado em agredir a natureza do que viver em harmonia dentro de um sistema natural. Mas lembramos que todo sistema natural se regula, e para tanto é necessária a eliminação do agente causador do desequilibro, e daí perguntamos seria tal agente o homem? Não é apenas uma grande força desmedida.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

sábado, 14 de julho de 2012



A MAÇONARIA E O CARÁTER DE... QUEM VEM LÁ?

No REAA, “quem vem lá?” é uma pergunta que se repete por três vezes dentre outros tantos questionamentos, unicamente para se saber que pessoa é, de corpo e alma, o candidato que nos procura e nos pede para recebê-lo. A maçonaria o indaga de todas as formas e ele, ora confuso, ora confiante, dá-lhe todas as respostas. Ela se satisfaz deixando de voltar seus holofotes ao outro lado do indivíduo, o do seu caráter. Isto porque não se dimensionou ainda a importância dessa necessidade que precisa ser sempre satisfeita. É no mundo quase insondável das mentes humanas que está o nível de consciência e ele não é o mesmo em todas as pessoas. Essa desigualdade é que nos diferencia uns dos outros. É ela a causa das nossas reações diferentes, que não nos deixa pensar, entender e agir da mesma forma. É o nível de consciência desigual que faz surgir entre nós indivíduos sábios e indivíduos ignorantes, indivíduos fiéis e indivíduos traidores, indivíduos sinceros e indivíduos dissimulados, e assim por diante. Todos os casos apresentam certo grau de dificuldade para serem esclarecidos. Mas o entrave maior em se conhecer por inteiro os traços psicológicos de que se reveste o caráter, está nos indivíduos portadores de transtorno mental, conhecido por bipolaridade, ou, dupla personalidade, uma, que converge ao exercício das ações, reações e emoções positivas e a outra (que pode permanecer inerte por muitos anos e aflorar a qualquer momento) que, ao contrário da primeira, é a das ações, reações e emoções negativas, ou seja, tendenciosamente inclinada à prática do mal. Só um psiquiatra ou um psicólogo, através de testes de maior profundidade (não se fala de simples atestado, mas de relatório), poderá determinar quem possui esse tipo de transtorno comportamental. De algum tempo para cá, o rigor das nossas investigações no curso da instrução do processo de iniciação tem diminuído bastante, o que é um erro, permitindo que a maçonaria receba em seu seio indivíduos que ali jamais poderiam ser colocados, sendo o reflexo disso as constantes dissidências, as quebras de juramento e espúrios comportamentos frente aos nossos LANDMARKS, bem como a outros postulados, de indivíduos indignos de serem chamados de “maçom” que, em gestos de inominada traição e excessiva vaidade, afastam-se da maçonaria regular, fundam irregularmente Lojas, instituem a chamada maçonaria mista, entregam os segredos dos nossos rituais a quem está impedido de recebê-los, criam poderes centrais independentes por toda parte, tudo em flagrante desrespeito e afrontosa desobediência aos princípios e fundamentos que regem a universalmente conhecida e aceita Ordem Maçônica, chegando a ridículos extremos como a formalização de processos de admissão por meio da internet e ao descalabro de promoverem iniciações à distância como se a maçonaria fosse coisa banal. Embora um tanto difícil, venhamos e convenhamos, relevante seria para a Ordem Maçônica, como já foi dito, sondar com mais profundidade não só aspectos superficiais como o perfil comportamental, a ação e a interação, mas também aquilo que a ela mais interessa que é o âmago da mente do indivíduo, ou seja, o seu caráter com tudo que o constitui. Segundo o Dicionário Escolar da Academia Brasileira de Letras, o caráter se define como sendo o “conjunto de traços psicológicos e morais (positivos e negativos) que caracteriza uma pessoa ou um grupo.” Em tais traços, que se associam dando conteúdo ao caráter do indivíduo, estão o gênio, o humor, a formação moral, a honestidade, a aparência, a feição etc.. Entre os vários tipos de caráter pode-se citar o dramático, o religioso, o especulativo, o desafiador, o covarde, o inconstante e outros. Mas o caráter aqui enfocado é o que se conhece por índole, ou seja, propensão natural, modo de ser do indivíduo, seu temperamento, sua disposição no momento de agir. É uma condição que não se adquire, ela é inerente ao espírito humano, é congênita e varia de indivíduo para indivíduo, manifestando-se em conformidade com as circunstâncias envolventes de cada um. Os moldes a que o ser é submetido, como educação, adaptação às diferentes condições, venturas e desventuras, apenas o levam à escolha do “o quê fazer” no momento em que as decisões são tomadas (trabalhar, amar, estudar, relacionar-se socialmente, construir amizades etc.). Diante dos diversos comportamentos da mente humana, e das acentuadas diferenças desses comportamentos de um indivíduo para o outro, as vagas respostas a um simples questionário ou perguntas subjetivas, às vezes não respondidas a contento nos levam, pela nossa boa fé, a acreditarmos que diante de nós se encontre uma mente sã e que são procedentes as provas materiais apresentadas a respeito do conjunto das boas qualidades da pessoa interrogada. Entretanto, conhecer apenas os valores extrínsecos de um candidato é pouco para recebê-lo, pois só com essa visão não se tem condições de se apurar do quê o mesmo é capaz, ou seja, se suportará o elevado encargo decorrente dos deveres maçônicos e se aceitará submeter-se a novos ensinamentos. Daí não ter a Ordem Maçônica como deixar de conhecer quais são os traços psicológicos e morais de quem a procura, pois são eles que respondem pelo nível da consciência e o candidato ideal é o que porta esse nível em patamar aceitável capaz de garantir à maçonaria a certeza de um inquebrantável propósito e a firmeza de vontade quanto ao cumprimento do compromisso de fidelidade maçônica, sem o que o mesmo não poderá ser iniciado. Apenas por motivação exemplificativa, cita-se que, em épocas passadas não muito distantes, um incentivo foi planejado objetivando o incremento do número de obreiros na maçonaria brasileira. Tivemos Estados em que ela, mediante oferta de brindes, estimulou as Lojas a entrarem na disputa pelo primeiro lugar em iniciações, numa campanha que não tinha a preferência por quantidade, mas que assim acabou sendo, pois na busca pela ponta da escalada, em muitos Orientes “joio e trigo” se misturaram como se fossem uma coisa só e todos conseguiram um lugar entre nós. O exemplo dado não foi para atribuir responsabilidade a ninguém, muito menos culpa. A razão do joio se passar por trigo está numa lacuna existente nas instruções do processo de admissão. Singela, mas que, se não for sanada, continuará levando a Ordem Maçônica a incorrer no repetido erro de, ao avaliar seus candidatos, não ter condições de distinguir os que são de bons costumes dos que têm transtorno de personalidade, dando vazão a que estes últimos também sejam aprovados, recebendo passaportes para desembarque onde nunca deveriam chegar. Ante as evidências de um mal que cresce a cada dia, não resta outra alternativa à maçonaria senão a de se lançar contra o problema e tentar superá-lo. Para tanto, não há instrumento mais eficaz do que o da avaliação psicológica. Através da conclusão de um completo e minucioso relatório, a maçonaria terá a certeza de como funciona a mente do candidato, de como é a sua firmeza de vontade e qual é o seu verdadeiro caráter, tanto pelo lado bom quanto pelo lado ruim, sendo estes aspectos os de maior relevância no momento de se decidir pela aprovação ou não do mesmo. Concluindo, lembremos atentamente da oportuna afirmação de Abraham Lincoln, nosso irmão: “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o “caráter” de um homem, dê-lhe poder.”

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

ABÓBADA DE AÇO


É o nome da formação de espadas manejadas pelos maçons que ocupam a Câmara do Meio, isto é as duas primeiras fileiras de assentos, a sua Espada, erguendo-a sobre a cabeça do irmão que lhe está à frente, cruzando com sua espada, pelas pontas, formando assim, um “túnel”, sob o qual, adentram ao Templo as Dignidades. Essa Abóbada, momentaneamente, substitui a Abóboda Celeste, simbolizando a proteção forte e rija que a Maçonaria dá às suas Autoridades, isolando-as com uma “cortina” de aço de todas as influências negativas que podem vir do Firmamento, como os raios cósmicos, as tempestades, o granizo, enfim, os acidentes atmosféricos, bem como as vibrações negativas. O costume de formar-se a Abóbada de Aço vem da Idade Cavalheiresca, quando os Cavaleiros armados com suas Espadas, nas cerimônias sociais, como os casamentos, a formavam como sinal de respeito e honraria. O maçom que adentra no Templo, sob a Abóbada de Aço, recebe vibrações tão intensas, que se fortalece e obtém proteção por muito tempo. Há Lojas que durante a formação da Cadeia de União, antes de tudo, retiram as Espadas de suas bainhas, juntando-as pelas pontas ao centro do circulo, atraindo assim, através da força do aço, toda energia misteriosa, como se fora um imã a recolher as influências cósmicas. A Abóbada de Aço é formada, exclusivamente, para a entrada no Templo e não para a retirada. 1º - Cerimonial usado quando se tributam honra a um Irmão Maçom, a visitantes e autoridades. 2º - Consiste em cruzar as pontas das espadas, formando os irmãos que as seguram duas ou quatro fileiras para que passem por baixo as pessoas a quem é dispensada esta honra maçônica, enquanto batem os malhetes. 3º - Trata-se de uma particularidade do REAA, Segundo Alec Mellor: "Este uso não é de origem maçônica". Foi introduzido no século XVIII à imitação do cerimonial de certas Ordens de cavalaria nobres. 4º - As Grandes constituições escocesas de 1763, de Frederico II, já citam a formação de abóbada de aço. A formação da Abóbada de Aço destina-se a dar mais galhardia ao evento que está acontecendo na Loja. O número e a posição das espadas têm um significado todo próprio, que envolve numerologia e detalhes dos labores maçônicos. Há pequenas diferenças entre as Potências, devido à formação administrativa que as mesmas trabalharam. TEORICAMENTE ela deverá ser formada apenas por Mestres, já que a espada é um assessório do M.’.M.’., mas a realidade mostra que são poucas as Lojas que possuem em seu Quadro, Mestres Maçons suficientes para estarem ocupando todos os cargos e sobrarem 13 para comporem a Abóbada. Alguns detalhes são muito importantes: - Na entrada a ponta das espadas estarão voltadas para cima, sem se tocarem e com espaço suficiente para passar as pessoas e a Bandeira Nacional. - O Guarda do Templo não participa da formação da Abóbada de Aço (na medida do possível). - Na saída a ponta das espadas estarão voltadas para baixo, sem tocarem o solo. - O uso das luvas dá mais “Pompa e Circunstância”, mas é deselegante uns usarem e outros não. - Não usamos o tinir de espadas, quando da passagem das pessoas ou da Bandeira Nacional. A grande duvida está na quantidade de espadas e suas posições nas Colunas, conforme as autoridades que serão homenageadas pela formação. Como dificilmente à formamos, é mais fácil ter escrito em um papel do que memorizado. Então imprimam e guardem. 03 ESPADAS – 01 na Coluna do Sul e 02 na Coluna do Norte - Past-Veneráveis Mestres - Vigilantes das Lojas Visitantes - Vigilantes da Loja; 05 ESPADAS – 02 na Coluna do Sul e 03 na Coluna do Norte - Venerável Mestre - Grande Oficiais - Grandes Dignidades - Delegados Regionais e Adjuntos - Membros da Comissão de Legislação - Membros da Comissão de Justiça - Membros da Comissão Superior de Recursos - Membros das Administrações da Ordem D’Molay e Filhas de Jó - - Autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do mundo Profano; 07 ESPADAS – 03 na Coluna do Sul e 04 na Coluna do Norte - Delegado Geral da Ordem - Presidente da Comissão de Justiça - Presidente da Comissão de Legislação - Presidente da Comissão Superior de Recursos - Ex-Grandes Vigilante - Membros da Administração do Supremo Conselho do Grau 33 do R.’.E.’.A.’.A.’. para a República Federativa do Brasil - - Prefeito Municipal; 09 Espadas – 04 na Coluna do Sul e 05 na Coluna do Norte - Grandes Vigilantes - Grão-Mestres Ad-Vitam - - Governador do Estado ** Ministros do Executivo Federal, Membros dos Tribunais Superiores, Presidentes das Casas Legislativas; 11 Espadas – 05 na Coluna do Sul e 06 na Coluna do Norte - Grão-Mestre - Soberano Grande Comendador do Grau 33, do R.’.E.’.A.’.A.’. para a República Federativa do Brasil - - Presidente da República; 13 Espadas – 06 na Coluna do Sul e 07 na Coluna do Norte - Bandeira Nacional. Observação muito importante que consta no livro de Normas e Procedimentos Ritualísticos da GLMMG: “As autoridades profanas citadas (conforme descrito acima), que forem Maçons, só receberão as Saudações Honoríficas quando em missão oficial e no exercício de suas funções”.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

sábado, 16 de junho de 2012

DEZ MANDAMENTOS MAÇÔNICOS


1. Não te afastarás constantemente de tua Loja sem motivo realmente justo.
2. Não farás alarde de teus conhecimentos maçônicos perante teus irmãos. E não os exibirás perante um estranho, um inimigo ou impostor.


3. Não te utilizarás de tua condição de Maçom para usufruíres vantagens comerciais.


4. Não recusarás auxílio a teu irmão, realmente necessitado.


5. Não te olvidarás das tuas obrigações financeiras para com a tua Loja.


6. Não te esquecerás que, para seres um bom Maçom, tens de ser um homem correto.


7. Não farás ostentação com símbolos maçônicos sobre tua pessoa.


8. Não te esquecerás que a verdadeira Maçonaria é interna e não externa.


9. Não disputarás cargos para os quais não te sentes verdadeiramente capacitado.


10. Em tua dedicação à Ordem, jamais negligenciarás tua mulher e tua família




GRUPO MAÇÔNICO “ORVALHO DO HERMON 
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VII
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domingo, 6 de maio de 2012

A ESPIRITUALIDADE NA E DA MAÇONARIA


Seguindo os estudos do nosso Irmão e escritor Denizar Silveira de Oliveira Filho, chegamos a conclusão que o objetivo principal da Maçonaria é o nosso desenvolvimento individual e coletivo sob os aspectos moral, intelectual e espiritual. Para que seja possível nosso desenvolvimento espiritual é necessário haver espiritualidade nas Sessões Maçônicas. Essa espiritualidade deve existir, pois somente a aplicação dos procedimentos Litúrgicos-Ritualísticos nas Sessões causaria um esvaziamento de seu conteúdo, tornando-as rotineiras e cansativas. Com o exercício da espiritualidade em nossos procedimentos Litúrgicos-Ritualísticos, teremos nossas Sessões sempre regadas de momentos inesquecíveis de enriquecimento do “Eu de cada um de nós”. Isso está mais que provado em nossa pequenina mas grandiosa Loja, pois, a cada Sessão saímos para o ágape leves, alegres e já torcendo para que chegue a próxima terça-feira, para nos reunirmos novamente. Seguindo o tema para debate de hoje, que versa sobre espiritualidade na Maçonaria, vamos debater sobre o Homem como Ser Espiritual. O homem é, sem dúvida, a mais perfeita obra da Criação. É um Ser racional. E, como tal, possui duas naturezas: a natureza material, seu corpo físico; e, a natureza espiritual, a alma, o espírito universal divino que habita em seu corpo físico. Como ser material,nenhuma obra ou máquina feita pelo homem é metade da maravilha que é o corpo humano. Quer na complexidade de sua estrutura, que na perfeição de funcionamento ou na durabilidade, não existe máquina alguma feita pelo homem, antiga ou moderna, que sequer possa ser comparada com ele. É composto de bilhões e trilhões de coisas diferentes, um agregado de unidades celulares cada uma das quais tendo uma estrutura, uma função e vida própria independente. As células são diferenciadas e assemelhadas por grupos e especializadas. As células assemelhadas se reúnem para formar os tecidos; os tecidos se reúnem para formar os órgãos; os órgãos se reúnem para formar os aparelhos ou sistemas; e, estes, em conjunto, formam a maravilhosa máquina que é o homem. Escritos inconfundivelmente em cada célula, tecido, órgão e aparelho ou sistema do corpo estão os sinais de uma mente certa de um propósito, planejando cada pormenor para uma função ou finalidade definida, e isso com uma fertilidade que nos deixa perplexos. É isso que sinto em relação ao corpo humano. Não se poderia tirar-lhe o planejamento, pois ele é todo planificação, desde a unidade dos seus bilhões e trihões de células microscópicas até o seu complexo cérebro. Nada ao acaso! Ao contrário, vemos em tudo um universo ordenado, um mosaico caprichoso e belo onde tudo tem seu lugar exato! Uma suprema habilidade! Mas, será que o homem apenas esse maravilhoso ser material? Certamente que não! Existe mais. A natureza espiritual. Espiritual é tudo aquilo que é relativo ao Espírito. Espírito, por sua vez, é o princípio animador ou vital que dá vida aos organismos físicos; o sopro vital; a alma; o princípio da vida; o ser íntimo, que está oculto no ser aparente e que o faz mover. Este espírito vive em nós e sua vida, que serve para manifestar o fogo dos órgãos físicos, é independente da vida orgânica. Quando a morte vem desagregar a nossa matéria, isto é, o nosso corpo, o espírito sobrevive a essa desagregação e continua uma vida imaterial. Algumas religiões fazem pequena diferenciação entre o espírito e a alma. Para elas, a alma seria o princípio sensitivo e intelectual, princípio imaterial da vida, do pensamento e da ação; uma substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança; fonte e motor de todos os atos humanos; nome que exprime vagamente a causa oculta dos movimentos vitais. O espírito seria as faculdades mentais do homem, em contra-posição à parte física, à carne; como disse o discípulo em seu evangelho: “O espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41). Segundo o espiritismo, por exemplo, os espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade. A alma seria um espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu invólucro. Folha Maçônica Nº 347, 5 de maio de 2012 Página 3 Quando Miguel Ângelo concluiu a escultura de “Moisés”, que assinala o túmulo de Julio II na basílica apostólica, ficou maravilhado da sua própria obra. O porte do Hebreu denunciava a soberania enérgica de um Rás, pastor de povos; a atitude era de um vidente, habituado a converdar com o eterno; o olhar era o de um iniciado nos segredos absolutos e o artista, de olhos fitos na estátua, como que a sentia mover-se; acendiam-se-lhe os olhos, as flamas da fonte tremeluziam faiscando, rosavam-se as faces, tremiam-lhes os lábios e Miguel Ângelo, em delírio, arremeteu, e vibrando, atirou o martelo ao joelho da estátua, intimando-a à vida: Parla! Fala!. Houve apenas um estrépito no silencia e o mármore perseverou mudo. Nem era possível que falasse, visto que era pedra, só pedra; faltava-lhe a harmonia eterna, o lume latente, a alma, que gera a palavra. E o artista quedou diante do inanimado, reconhecendo-se apenas homem, ele que por instantes se julgara Deus. Era impossível que esta obra de arte falasse; tinha as feições de homem, mas não possuía vida; não vinha do sopro de Deus (IÔD); não tinha o sopro que saindo do interior, se espalha em redor, o sopro animador (HE), a vida emanada de IÔD; esse ―Moisés‖ era apenas uma obra produzida por mãos humanas, mãos mortais. De uma coisa a contemplação de nosso corpo nos deixa certos: o organismo humano não é obra do acaso ou de uma evolução cega, mas sim o trabalho de um artífice de suprema habilidade, conhecimento e inteligência. O corpo humano é cheio de intenção divina, um êxtase científico. Não há nada nele, nenhuma célula que não proclame aos quatro ventos a maravilha da obra daquela inteligência suprema a que os homens chamam Deus, e os Maçons G.´.A.´.D.´.U.´.. O principal objetivo da Maçonaria como aprendemos, é o desenvolvimento espiritual do Maçom e da humanidade, para que um dia nos encontremos em presença do G.´.A.´.D.´.U.´., face a face com nosso Deus.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI
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