domingo, 30 de maio de 2010

O significado da Estrela de Davi e do Hexagrama





A ESTRELA DE DAVI



A estrela de Davi (chamada de Escudo de David), é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de David.
Quando as nações pagãs iam à guerra, muitas vezes pintavam figuras para inspirar medo aos adversários nos escudos dos seus prórpios soldados (tais como dragões, cobras, etc.) No entanto, em Israel, o símbolo é o escudo de David.
O nome David em hebraico é composto de três letras na segunte orderm: Dálet-Vav। Dálet. No hebraico antigo, a letra Dálet tinha a forma semelhante a um triângulo com vértice para cima.

Quando este símbolo foi gerado, não sabemos ao certo, no entanto sabemos que este símbolo é geometricamente construído em forma de estrela com as duas letras Dálet que compunham o nome David (entrelaçando-as, e girando uma das letras em 180o. para que seu vértice se colocasse para baixo). Com o tempo, este símbolo tornou-se símbolo da nação de Israel e do povo judeu, estando presente na própria bandeira de Israel.

No entanto, há um significado maior na estrela de David, pois muitos afirmam que ela é um símbolo do próprio Messias, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo diz no livro do Apocalipse(22, 16): “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos atestar estas coisas a respeito das igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, a estrela radiosa da manhã.”
O HEXAGRAMA

O hexagrama é formado unindo-se o Triângulo da Água com o Triângulo do Fogo, formando a estrela de seis pontas, também conhecida como Selo de Salomão. Esse símbolo é uma imitação da Estrela de Davi, o símbolo nacional de Israel, o povo escolhido de Deus. A diferença é que esse selo ocultista é formado por dois triângulos entrelaçados, enquanto que, na Estrela de Davi, um triângulo sobrepõe o outro .

A autora maçônica Mary Ann Slipper, escrevendo em Symbolism of the Eastern Star [O Simbolismo da Estrela do Oriente], 1927, na página 14, faz a mais reveladora admissão, quando diz, “A estrela de seis pontas é usada na obra maçônica e também é encontrada em outras ordens secretas conhecidas.” Outro livro da Estrela do Oriente, The Second Mile [A Segunda Milha], compreende o impacto do hexagrama quando diz, “… a estrela de seis pontas é um símbolo muito antigo e um dos mais poderosos.”

Sem brincadeira! O hexagrama é realmente um símbolo muito poderoso para os feiticeiros, bruxos e magos! É usado em todas as formas de magia, feitiçaria, ocultismo e nas previsões astrológicas. Como tem seis pontas e contém um ‘666‘, o hexagrama é considerado um dos símbolos mais poderosos de Satanás. Veja o hexagrama acima. O primeiro seis é formado pelos lados de cada triângulo encontrados no sentido horário; o segundo é formado pelos lados de cada triângulo quando você segue no sentido anti-horário; o terceiro seis é formado pelos lados do hexágono interno.
Dois feiticeiros explicam melhor que o hexagrama era usado como “uma reserva para os mágicos e alquimistas. Os bruxos acreditavam que ele representava a pegada de um tipo especial de demônio chamado ‘trud’ e o usavam em cerimônias tanto para conjurar demônios quanto para mantê-los afastados.” [Gary Jennings, Black Magic, White Magic[Magia Negra, Magia Branca], Eau Claire, WI, The Dial Press, 1964, pg. 51. Também Harry E. Wedeck, Treasury of Witchcraft (Tesouro da Feitiçaria), Nova York, Philosophical Library, 1961, pg. 135]
Olhe novamente o hexagrama anterior; ele é usado para conjurar demônios, fazê-los aparecer nesta dimensão e cumprir as vontades do feiticeiro. Os símbolos dentro do hexagrama são para esse propósito. O ex-satanista Iluminista Doc Marquis, hoje um cristão nascido de novo, confirma que os hexagramas são usados para conjurar demônios e para lançar encantamentos e maldições sobre uma vítima.
O hexagrama também é um símbolo do ato sexual e da reprodução। O autor maçônico, Albert G. Mackey oferece-nos a explicação ocultista em seu livro, The Symbolism of Freemasonry [O Simbolismo da Maçonaria, pg 195, 1869]. O triângulo voltado para baixo “é o símbolo feminino que corresponde ao ‘yoni’ e o triângulo voltado para cima é o homem, o ‘linga’. Quando os dois triângulos estão entrelaçados, representa a união das forças ativa e passiva na natureza; representa os elementos masculino e feminino.” [A mesma explicação aparece em Did You Know? Vignettes in Masonry From a Royal Arch Mason Magazine, Missouri Lodge of Research, 1965, pg 132, Wes Cook, editor] [Nota do tradutor: Linga e Yoni são representações estilizadas dos órgãos genitais masculino e feminino, respectivamente, em diversos emblemas e amuletos. São considerados símbolos do poder genésico e adorados no hinduísmo.]

Se você ainda não percebeu isso, o ocultista e o pagão adoram o sexo; na verdade, adoram quase tudo na natureza, cumprindo perfeitamente a definição bíblica do paganismo em Romanos 1:25, “Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente। Amém”. Sempre lembro desse verso quando pesquiso a montanha de literatura maçônica, pois ela está absolutamente repleta da veneração por todas as crenças pagãs concebíveis, de todos os tempos e de todos os continentes. Verdadeiramente, Albert Pike, o Grande Comandante da Maçonaria na Jurisdição do Sul dos EUA, estava certo quando afirmou, ”A Maçonaria é idêntica aos antigos mistérios.”

Falando sobre a conotação sexual do hexagrama, outro feiticeiro revelou, “Quando o triângulo masculino penetra o triângulo feminino, produz a estrela de seis pontas, o selo de Salomão, ou hexagrama, o símbolo mais maligno da feitiçaria.” [David J. Meyer, Dancing With Demons: The Music´s Real Master (Dançando com os Demônios: O Verdadeiro Mestre da Música)]
O hexagrama é o símbolo usado na Maçonaria do Arco Real. O autor maçônico Wes Cook [op. cit. pg. 132], diz que hexagrama representava “equilíbrio e harmonia” em todas as facetas do mundo. Outra publicação maçônica associa o hexagrama com o infame símbolo chinês do Yang e Yin. ["The Significant Numbers", Short Talk Bulletin, setembro, 1965, vol. 34, número 9, pg. 5]
Em resumo, o hexagrama é o mais maligno e um dos mais poderosos de todos os símbolos na feitiçaria. É usado para conjurar demônios a esta dimensão, para comunicação com os mortos, para descrever o ato sexual e para representar deuses falsos e pagãos, como Brahma, Vishnu e Shiva. [Masonic and Occult Symbols Illustrated(Símbolos Maçônicos e Ocultistas Ilustrados), Dr. Cathy Burns, pg.
Diferenças
A Estrela de Davi representa a igreja de Cristo, enquanto o Hexagrama representa o que está no texto acima. A diferença entre o “Hexagrama” e a “Estrela de Davi” é que na Estrela de Davi os triângulos são sobrepostos (um passa em cima – dentro – do outro formando uma só figura), enquanto no hexagrama os triângulos são entrelaçados (dois triângulos diferentes que quando entrelaçados – um independente do outro – formam o hexagrama). Exemplos:
1) Sobrepostos (“Estrela de Davi”):
2) Entrelaçados (“Hexagrama”):


GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

sábado, 29 de maio de 2010

O Tetragramaton

Iod-He-Vau-He



Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto

Se considerarmos que as letras de um
alfabeto nada mais são que sinais gráficos, o
Tetragrama, em sua representação gráfica,
conhecido como Tetragrammaton, é uma
complexa combinação de letras do alfabeto
hebraico, grego e latino, associados a diversos
símbolos conhecidos no ocultismo.
Nele encontra-se o pentagrama entrelaçado,
símbolos zodiacais, algarismos e formas
geométricas, entre outras representações.
No ocultismo, incluindo suas diversas
ramificações, o Tetragrammaton desempenha
uma função muito importante, sendo usado
em rituais e invocações e na forma de
talismãs. Os ocultistas interpretam o
Tetragrammaton e outros símbolos
cabalísticos nele contidos, como poderosos
signos mágicos, capazes de potencializarem
rituais abrindo as portas da consciência
humana.

Pentagrama

O pentagrama assume diversos significados
de acordo com o contexto em que é
encontrado. Neste caso, é a base do
Tetragrammaton. Assim, podemos interpretálo
como símbolo do "Homem Realizado". Isto
é, uma representação da entidade humana
evoluída em todos os estágios espirituais.
Os olhos do Pai - Júpiter
No ângulo superior do Pentagrama,
encontramos "Os olhos do Pai" e a
representação do planeta Júpiter.
Uma alusão aos olhos do Criador, o espírito, o poder que
coordena tudo e todos.

Marte

Nos "braços" do Tetragrammaton encontra-se
o símbolo astrológico e zodiacal do planeta
Marte, representando a Força, ou a Energia
pura da criação..
Saturno
Nos ângulos inferiores está a representação
astrológica e zodiacal do planeta Saturno. É
um dos principais símbolos usados na Magia,
representando os mestres que anularam o
próprio ego e as falhas inerentes ao ser
humano, atingindo assim, a perfeição.
Sol e Lua

Posicionados nas linhas verticais do
Pentagrama, próximos ao centro da figura, o
Sol e a Lua fazem referência aos pólos
femininos e masculinos da criação, contidos
em todos os organismos, incluindo o
Microcosmos e o Macrocosmos.

Mercúrio e Vênus

Estes símbolos são amplamente encontrados
na literatura alquímica e são representações
astrológicas e zodiacais destes planetas.
Localizados sobrepostos no centro da figura,
referem-se à união dos pólos de onde surgirá
o Caduceu de Mercúrio.

Caduceu de Mercúrio

O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico
da transmutação. Associado aos símbolos
superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à
criatura, ou seja, o resultado da união entre
os pólos feminino e masculino, entre as forças
lunares e solares, e o ponto de equilíbrio
entre eles. Por estar localizado no centro da
figura, também pode ser interpretado como a
"coluna vertebral", ou, Kundalini, responsável
pela união da energia sexual entre as
polaridades.
Jehova
Esta inscrição hebraica é um tetragrama
pronunciado Jehova (lê-se da direita para a
esquerda), sendo mais uma das várias
alusões ao "Nome de Deus".

Alfa e Omega

Alfa e Omega são, respectivamente, a
primeira e última letra do alfabeto grego. Esta
é uma referência ao princípio e fim de todas
as coisas. Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai".
Omega encontra-se invertido, na base do
Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o
caldeirão utilizado pelos alquimistas, ou ainda,
o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns
ocultistas.

Binário

Localizados fora do pentagrama, os números
1 e 2 são referências à bipolaridade; isto é,
uma representação de que todas as coisas
possuem dois lados. Seguindo este conceito,
podemos também compreendê-los como outra
manifestação dos pólos masculino e feminino,
início e fim, bem e mal, entre outros.

Logos

Logos é uma palavra grega que significa razão
mas também é interpretada como "fonte de
idéias" e "verbo divino". Associado ao
Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3
representam respectiva-mente o Pai, a Mãe e
o Filho. Também pode ser interpretado como
a Tríade do Cristianismo (Pai, Filho e Espírito
Santo) ou como o triângulo, amplamente
encontrado nas tradições esotéricas.

Cálice

O cálice significa o pólo feminino da criação.
Na alquimia é utilizado para representar o
elemento Água.

Espada Flamejante

A "espada de fogo", dentro do contexto
alquímico, representa o próprio elemento
fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton,
assume o papel do pólo masculino e do pênis,
símbolo de fertilidade entre as antigas
tradições..
Báculo

Báculo é o bastão comumente usado por
Magos. Está dividido em sete escalas
representando os estágios de evolução. Na
alquimia está relacionado ao elemento Terra.
Hexágono do Mago
O hexágono do Mago representa o domínio do
espírito sobre a matéria. Na alquimia está
relacionado ao elemento Ar.

Não é possível definir apenas uma relação
entre os vários símbolos que compõem o
Tetragrammaton e tampouco uma finalidade
específica desse conjunto. Seus sinais
transitam entre correntes tão distantes que a
interpretação, em certos casos, chega a ser
paradoxal.

Se observarmos estas combinações simbólicas
através do ângulo alquímico, teremos um
determinado resultado. Porém, se analisado
através dos conceitos astrológicos, por
exemplo, a conclusão poderá ser totalmente
distinta. Assim, a atenção e perspicácia do
observador tornam-se fundamentais para
decifrar o Tetragrammaton, um dos mais
antigos e poderosos símbolos da
espiritualidade humana.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

quinta-feira, 20 de maio de 2010

orvalhodohermon : Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON

orvalhodohermon : Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON


O Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON destina-se aos debates de assuntos relevantes para a maçonaria universal."O verdadeiramente maçom deve manter a fé em si mesmo, no seu semelhante, no seu Deus, sentindo-se feliz por viver, mas sem medo de morrer!" Este Grupo tem por princípio básico à investigação da verdade, o exame da moral e a prática da virtude, objetivando, assim, o triunfo da verdade, justiça, eqüidade e a construção do nosso templo imortal; combater a ignorância, os vícios e as vaidades.É um Grupo fechado, criado para facilitar a comunicação entre membros da Maçonaria que queiram participar das discussões, contribuindo com informações e ensinamentos maçônicos relacionadas com a Ordem Universal.

orvalhodohermon : Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON

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orkut - início

orkut - início

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sic Transit Gloria Mundi

Como é sabido o Grupo Maçônico Orvalho do Hermon destina-se aos debates de assuntos relevantes para a maçonaria universal.

É um Fórum de discussão formado, exclusivamente, por Maçons, não importando de qual Potência ou Rito seja o Irmão.

No dia 31 de maio de 2010, estaremos comemorando 4 anos de existência, com uma média de mais de 400 mensagens por mês.

Hoje, estamos com mais de 500 associados, portanto, nosso Grupo vem crescendo, não como nós como gostaríamos, porém, o mais importante é que estamos crescendo com qualidade, respeitando sempre os princípios pregados pela Maçonaria Universal.

Desejaríamos contar com um maior número de irmãos, isto é, uma média de 800/1000 associados, com 20/25 mensagens por dia.

A privacidade do Grupo é mantida por "moderação", porém, trata-se de um Grupo fechado, de caráter privado e informal, respondendo, cada um, pessoalmente, pelo uso que fizer deste fórum de debates maçônicos.

Para o crescimento, com a qualidade desejada, contamos sempre com a ajuda dos nossos Irmãos/Associados, recomendando-o a outros Irmãos que tenham interesse em debater e contribuir com os ensinamentos maçônicos.

"LOUVADA SEJA A MAÇONARIA QUE NOS FEZ IRMÃOS"

Aos Irmãos espalhados por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças.

Um T.·.F.·.A.·., Eu Sou,
Sincero e Fraternalmente,

Hugo R. Pimentel


GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO IV
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

sábado, 15 de maio de 2010

UMA ÚNICA MAÇONARIA !



(Tratado GOB X GLESP) - e. figueiredo(*)

Ainda não descobri a maneira infalível
de governar, mas já aprendi a fórmula
certa de fracassar: querer agradar a
todos, ao mesmo tempo. - John F. Kennedy

Disse Jesus: “Um só é o vosso Pai, e vós sois todos Irmãos !”
Tomemos como libelo a frase, mas, antes façamos uma analogia com os integrantes da Sublime Ordem: “Uma só é a vossa Maçonaria e vós sois todos Irmãos !”

Apesar do tratado ser um dos maiores atos na Maçonaria Brasileira recente, em um dos seus artigos ratifica o que os Irmãos, do contingente da base, já praticam, que é a convivência natural em harmonia, independente de Potência e/ou Obediência. (Até as designações eram distintas !) Sabe-se que são comuns as visitas em Lojas de Irmãos de Potências (Obediências) diferentes, não impedindo o relacionamento amistoso e salutar. Pouco se ventila, entre eles, do problema das separações e divisões, e, quando o fazem, a opinião é de que não deveriam existir. É muito comum ouvir, nessas ocasiões “...Mas a Maçonaria é uma só !”

Não raro, encontramos em algumas regiões, associações Maçônicas que congregam Maçons de várias Obediências (Potências), cujo convívio é na mais perfeita harmonia. Agem como verdadeiras agremiações ecumênicas, tendo como objetivo os mesmos princípios ditados pela Sublime Ordem. Um bom exemplo é o próprio CERAT. Fundado em 1987, o CERAT- CLUBE EPISTOLAR REAL ARCO DO TEMPLO, é constituído de Maçons que pertencem às mais diversas Potências (Obediências) de vários Estados do Brasil, apertando, ainda mais, os nós do nosso entrelaçamento. Dessa forma, o CERAT está auxiliando os estudiosos, pesquisadores e àqueles que têm sede de ampliar o conhecimento sobre a Arte Real. O contato epistolar tem aumentado o resultado na obtenção de informações, as quais dificilmente obter-se-iam sem uma pesquisa mais longa e custosa.

Anos atrás, pouquíssimos acreditariam na celebração de um tratado dessa natureza, cuja aproximação deverá gerar bons frutos. Se o tratado em si para alguns causou estranheza e já creditam, aos idealizadores pela assinatura, responsabilidade caso surjam imprevisíveis problemas, ainda assim, o ato está revestido de uma importância relevante para a Ordem. Não impede, infelizmente, de ter os seus algozes que se mostram contrários com críticas de lado a lado, condenando seus próprios dirigentes. Os que não falam, torcem o nariz ! São eternos fabricantes de futricas, que, certamente, não terão êxitos com as suas maquinações e à quem devemos condenar ao limbo.

Não seríamos coerentes com o que juramos, quando da nossa iniciação, e com os princípios da própria Maçonaria, se não apoiássemos essa iniciativa corajosa, (que já tem repercussão nacional !), contra uma injustificada teimosia que se arrastava há muito tempo.

Espera-se que essa atitude da GLESP e do GOB, seja o primeiro passo para a tão sonhada (utópica !) fusão, que permitiria romper a barreira das vaidades, que campeiam àqueles que têm o privilégio de conduzir os destinos da Ordem, e, que causam prejuízos, agindo diferentemente aos princípios por ela postulados. E mesmo que isso tarde, historicamente, o tratado já é um marco !

Lamenta-se que esse importante passo não tenha sido dado bem antes. Teria, certamente, evitado transferências de maus elementos, de um lado para outro (mudança de camisa !), que praticaram desmandos e mazelas em suas respectivas Obediências (Potências), algumas até inconfessáveis. Não fora a criação do presente tratado, isso tornar-se-ia uma interminável novela com episódios cada vez mais surpreendentes e reveladores. As Lojas têm motivos de sobra para comemorar esse acontecimento. Quem não acompanhar essa evolução, acabará desperdiçando os ventos da verdadeira irmandade que a beneficiam no momento atual.

O documento, provavelmente, propiciará a obtenção de algum reconhecimento do exterior, que ainda não se tem, facilitando o relacionamento de ambas as partes. Por isso, afora outros interesses que o tratado possa ter, não deixa de ser um bem e que devemos aplaudir.
Em nome do CERAT, congratulo-me com os componentes da comissão, autores do ato, pela brilhante iniciativa que levou ao bom termo uma idéia, cuja essência vale sobretudo para a própria Ordem...

"Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.

É como óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
É como o ORVALHO DE HERMON que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre".

...E que vivamos felizes para sempre !

Assim seja !

Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON



quarta-feira, 12 de maio de 2010

RESTAURAÇÃO DE TEMPLOS VIVOS

Charles Evaldo Boller
Área de Estudo: Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Simbologia


O maçom é sucessivamente exortado a edificar e restaurar templos. Reconstruir templos danificados tem na Maçonaria significado simbólico de grande profundidade filosófica. Isto porque na reconstrução concorrem valores humanos significativos, bem mais intensos que na sua construção. Para uma edificação ser reconstruída, esta deve possuir valor inestimável, e são poucos os abnegados que se habilitam na empreitada de reconstruir algo danificado e com alta probabilidade de ser destruído de novo. Na reconstrução de templos concorrem valores como firmeza de decisão e perseverança no objetivo para concluir a reconstrução, bem como, heroísmo no enfrentamento de terríveis e insidiosos inimigos durante as atividades. A ordem maçônica usa de ilustrações de reconstruções para provocar o raciocínio de restaurações constantes de um tipo especial de templo: o homem integral.

Quando em Maçonaria se faz referência a um templo, este designa o local de reunião dos maçons, e por extensão simbólica, significa o "grande" Universo e o "pequeno" Universo, aonde este último constitui a essência do próprio homem, sua força vital, o seu corpo completo; o homem como um templo vivo. Entende-se por corpo completo a sua constituição física e a força ativa que o mantém vivo. Este conjunto complexo pode ser comparado a um universo em miniatura composto de: corpo, mente, emoção e espiritualidade. Na soma total destes elementos, o espírito é considerado encarnado, parte do corpo físico. A reconstrução deste tipo de templo ocorre a cada iniciação, a cada nova modificação interior, em resultado da auto-educação estimulada pela ordem maçônica. Cada pedreiro trabalha com as ferramentas de que dispõe, em si mesmo e como resultado de seu desenvolvimento físico, intelectual, emotivo e metafísico. O sábio percebe a finalidade do desafio de modificar a si mesmo para o bem. O sublime e principal propósito é levar o homem a conhecer-se intimamente, de modificar-se, de reconstruir-se ou reorganizar-se internamente ao templo vivo que cada um é.

No diálogo, "O Banquete", Platão (428 a. C. - 347 a. C.) afirma que enquanto na juventude prevalece a admiração pela beleza, no adulto amadurecido descobre-se a verdadeira beleza na espiritualidade. É na maturidade que o homem desperta e se considera parte de um templo maior que consiste em toda a vida do "grande" Universo. Conscientiza-se que concorre para a realização de todo o esplendor do milagre da vida estabelecido em leis naturais espantosas, só compreendidas no amadurecimento espiritual adulto. Entretanto, existem "adultos" que, ao não se modificarem internamente, continuam menores de idade, dependentes da orientação de terceiros e ainda não alcançaram idade madura. Neste caso não se trata do período da vida compreendido entre a juventude e a velhice, ou a meia-idade, mas o termo último de desenvolvimento humano, a fase de autorealização. É a liberdade observada quando o homem não é culpado de sua própria menoridade, de sua heteronomia, de deixar-se conduzir por um terceiro. Heteronomia refere-se à deficiência onde a dependência não acontece for falta de entendimento ou limitação fisiológica, mas da falta de coragem ou preguiça de trabalhar em seu templo, presa de paixões desenfreadas ou vícios degradantes. Para Platão, o adulto que venceu sua minoridade reconhece que a beleza emana de sua característica espiritual, essencialmente quando desenvolvida por si mesmo e em si mesmo. E isto constitui a liberdade absoluta do homem, pois quando não padece de heteronomia, é em seu "pequeno" Universo interior, qual templo, que o homem adulto é soberano e senhor absoluto.

Um templo maçônico é a representação simbólica do Universo maior, composta de toda matéria animada e inanimada. É tão incrível a matéria deste "grande" Universo que, se observada de perto, de bem perto, ao nível atômico e subatômico, é como se toda a existência material fosse feita com absolutamente nada de massa, de quase nada, quase que exclusivamente de espaço vazio. As partículas são tão insignificantes e afastadas umas das outras em espaços relativos tão grandes que, em essência, resulta apenas espaço vazio. E é tão somente pela velocidade com que os elétrons giram ao redor do núcleo que se manifesta a solidez da matéria. Em essência, a matéria do Universo é feita de nada, de espaço vazio. Ser parte deste todo e ao mesmo tempo deste nada, deste maravilhoso espetáculo da matéria inanimada e animada pelo sopro da vida, é o que dá um importante significado para a vida do homem. É uma distinção impar ser uma individualidade diante do volume de matéria inanimada que existe. O homem é feito da matéria inanimada do Universo, a qual recebeu vida de uma forma ainda incompreensível para o seu conhecimento científico. É natural que, respeitadas as devidas proporções, se considere o homem como um "pequeno" Universo de matéria e energias aglutinadas e animadas por uma energia vital e sobre o qual o intelecto sem heteronomia exerce poder e comando.

Se as estrelas e planetas exercem influências gravitacionais de uns sobre os outros, então as partículas que formam o templo do homem, o seu "pequeno" Universo interior, estão sob influência energética dos outros corpúsculos semelhantes espalhados pelo "grande" Universo. É este pertencer que dá grande significado para a vida do homem. Seu templo faz parte indissolúvel do Universo e isto promove um maravilhoso significado para exercer a liberdade com responsabilidade. É uma honra e distinção impossível de esquecer o fato de ser premiado para viver com liberdade dando conta de si mesmo no Universo.

destruído o corpo, ou parte dele, ao nível da matéria e com a atual tecnologia disponível ainda é impossível ao homem reconstruir um templo assim. Resta remendar o corpo físico e mantê-lo funcionando mesmo que precariamente e em decadência progressiva. Para viver com qualidade, o sábio cuida bem de sua saúde física e emocional enquanto os anos lhe vão desgastando a maravilhosa estrutura biológica, até o instante em que a regeneração química de suas moléculas se torna impossível e o sopro da vida o abandona. Alguns parceiros do homem que compartilham a biosfera terrestre têm em si a capacidade de desenvolverem novos membros que lhes foram arrancados por acidentes ou predadores, mas ao homem esta faculdade ainda não se disponibilizou. Já o templo interior do homem é passível de reconstrução, basta que para isto se parta para a ação com vontade e perseverança. A capacidade de reconstruir o templo interior, uma vez destruído, é uma capacidade que cada homem possui em potencial. É só deixar que esta inclinação espiritual se manifeste e se obedeça ao bom senso de seguir sempre em frente.

Simbolicamente, a ação nobre da espada inibe a aproximação e defende do inimigo externo e subjuga e mata o inimigo interno, enquanto a trolha, na mão do trabalhador da pedra, participa na edificação e reedificação de templos. A trolha constrói o templo externo de pedra, assentando as pedras, em cujo interior, ao alisar as paredes, melhora as relações entre as pedras vivas que estão construindo e reconstruindo templos vivos. Os maçons reúnem-se num templo de pedra que representa o Universo, local sagrado onde cada indivíduo reconstrói seu próprio lugar sagrado, o templo de si mesmo. É local também onde se provoca e incentiva ao seu irmão a edificar e melhorar seu templo. Cada um atua num templo de carne que é a representação em miniatura do Universo dentro de um templo de pedra que representa o Universo. Os templos melhorados pelo trabalho em si mesmos agradecem ao privilégio de vestirem ossos com carne, animados pela força ativa do espírito que exalta o dom da vida. É pelo conjunto de todo o trabalho de construção e reconstrução, planejado racionalmente, que o maçom declara a glória do Grande Arquiteto do Universo.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V

Rio de Janeiro – RJ – Brasil

TOLERÂNCIA VS INTOLERÂNCIA



A intolerância causa mais sofrimento a você do que aos outros, ao passo que a tolerância é um remédio para suavisar as feridas alheias”.

Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

sábado, 8 de maio de 2010

O VENERÁVEL


O Venerável é o líder da Loja. A sua posição de dirigente maior faz dele o exemplo a ser seguido. Mas o que é ser líder? Antes de qualquer outra consideração é preciso distinguir bem o “líder” do “chefe”. Nos escritórios, nas repartições públicas, nos quartéis, temos os “chefes” e os “lideres”. O chefe manda. O líder orienta e conduz. Em qualquer lugar existe uma clara distinção entre as duas figuras. O Venerável de uma Oficina deve ser sempre o “líder” e nunca o “chefe”.

LIDERANÇA

Como liderar? Podemos resumir em três vertentes, os princípios básicos que tornam o Venerável um líder de sua Loja. Primeiro: governar para todos; Segundo: conhecer seus liderados; Terceiro: unir o grupo.

GOVERNAR PARA TODOS

O que é governar para todos? É administrar a Loja sob a égide dos princípios universais da fraternidade maçônica entre os irmãos e, conseqüentemente, a paz na Loja possibilitará ao Venerável em governo tranqüilo, profícuo e pleno de realizações. O Venerável, por exemplo, deve ser conciliatório o suficiente para esquecer que os irmãos A, B, e C apoiaram outro nome na disputa eleitoral. Deve, isto sim, aproximar-se deles, atraindo-os para os trabalhos de Loja, nomeando-os para comissões importantes, dando-lhe missões como representantes da direção da Oficina, etc.

O Venerável deve dirigir o “grupismo”, mal que assola grande parte de nossas Lojas. Não se pode admitir que as Lojas se dividam em dois ou três grupos, pois isto é “antimaçonaria”. E, para se evitar o “grupismo”, basta governar com todos os irmãos. Nomear, indistintamente, irmãos de várias correntes para as mesmas comissões, manter sempre aberto o diálogo franco e fraterno com todos os irmãos, conhecer o pensamento de cada um para poder assim, compreendê-los bem.

CONHECER SEUS LIDERADOS

O Venerável deve estar sempre presente aos seus irmãos. Deve conhecê-los e às suas famílias muito bem, vivenciando o seu dia a dia e participando dos seus momentos de alegria e de tristeza. O Venerável deve ser antes de tudo, um “visitador”. Deve fazer das visitas as casas dos irmãos uma rotina e ombrear-se com eles nas suas dificuldades, procurando ajudá-los e enfrentá-las e convocando a Loja para estar presente ao seu lado em tais momentos.

O Venerável deve ser sempre, solidário com os irmãos nas horas de dificuldades. Se o irmão foi injustamente acusado ou preterido nos seus direitos, devemos agir como “leões” na sua defesa. Nas Lojas este papel é do Venerável, que deve acionar os irmãos para, como um só homem, irem em auxílio do irmão injustiçado.

E essa obrigação solidária do Venerável deve desdobrar-se quando o irmão partir para o Oriente Eterno. Embora tenhamos a proteção do PEMEG, é indispensável que a Loja, sob a liderança do seu Venerável, se faça presente, “imediatamente”, quando o irmão faltar. O momento da morte, ainda que anunciada, é traumático em quase todas as famílias. E é este o momento mais importante, mais presente em que precisamos mostrar a nossa solidariedade, a nossa fraternidade, inclusive material, se a tanto chegarem as necessidades das cunhadas e dos sobrinhos.

UNIR O GRUPO

Se o Venerável governar para todos os irmãos e vivenciar os seus problemas, saberá administrar as dificuldades que surgirem. O Venerável não poderá, jamais, dar curso ou cultivar as dissensões e, muito menos, adotar posições de intransigência e intolerância, alimentado-as. O Venerável deve ter, antes de tudo, “jogo de cintura” e tolerância. O autoritarismo é inimigo da Maçonaria e leva, fatalmente, à desagregação.

Para unir o grupo, o Venerável deve, antes de tudo, sopesar bem as decisões, levando-as primeiramente, a ampla discussão e votação, procurando, sempre, trabalhar com a Loja cheia, convocando-a previamente quando a decisão a ser discutida possa trazer polêmica ou levar a desunião. É preciso difundir entre os irmãos que a maioria, deve sobrepor-se a minoria, sem que esta se sinta diminuída. É bom lembrar que a minoria de hoje pode tornar a maioria de amanhã, na alternância do poder que é natural na democracia maçônica.

A CONDUTA PROFANA DO VENERÁVEL

O Venerável deve saber que existem alguns “dogmas” que precisam ser respeitados para bem exercer “as suas funções”: além da necessidade de governar para todos, conhecendo e vivendo o problema dos irmãos e, com isso, manter o grupo unido, o Venerável não pode negligenciar com alguns conhecimentos importantes para um líder maçom:

1° - O Venerável de uma Loja é o espelho de seus irmãos. Qualquer ato falho por ele praticado libera os seus irmãos para cometerem os mesmos erros. O Venerável deve ser, portanto, um exemplo de chefe de família e de boa conduta na comunidade.

2° - Se ao maçom é vedada a pratica de atos que possam chocar a sociedade e a família, ao Venerável esses atos são inadmissíveis. O Venerável de uma Loja não pode ser “velhaco”, não pode desonrar os seus compromissos; não pode dar cheque sem fundos; não pode deixar uma duplicata ir ao protesto; não pode ficar devendo no armazém ou na farmácia; não pode desonrar a sua família, deve beber com moderação, etc.

3° - Ao Venerável não é permitido transigir com o erro. Cabe-lhe, como também ao irmão Orador, velar para que as leis sejam integralmente respeitadas e cumpridas. Se o irmão errou, “seja ele quem for”, deve ser apenado segundo o que preceitua a nossa legislação. Não pode o Venerável, para ser “bonzinho”, comprometer a instituição, abraçando a causa do errado ou reivindicando que Grão Mestrado o faça, permitindo que a comunidade lance sobre nós suspeitas de acobertamento do erro.

ADMINISTRAÇÃO

Administração não é fácil. Algumas regrinhas básicas, entretanto, ajudam bastante. Se o administrador for líder, ele terá 80% de sucesso na sua gestão. Os restantes 20%, o líder “tira de letra”.

Vamos lembrar algumas dessas “regrinhas” com a ajuda inestimável do irmão José Castellani:

1. Os rituais devem ser obedecidos à risca. Não existe improvisação em Maçonaria. Não se admite práticas do Rito Brasileiro em Lojas do Rito Escocês ou do Rito de York em Lojas do Rito Adoniramita e assim por diante, simplesmente porque é “bonitinho”. A pureza dos Ritos é condição primordial para a beleza da liturgia praticada nas Lojas. Sobre o rigoroso cumprimento das leis e dos rituais.

“(é atribuição do Venerável) atender todas as disposições regulamentares e formalidade ritualísticas, em qualquer sessão, mormente as de Iniciação, Elevação e Exaltação, sob pena delas serem nulas, por irregularidades cometidas, com sérios prejuízos para os candidatos e para a Oficina. Não é permitido, por exemplo, abrir a sessão a um só golpe de malhete, pois não é maçonaria a sessão assim aberta.

2. (O Venerável deve) Impedir diálogos, apartes repetidos, referencia pessoais diretas ou indiretas, que possam ofender a quem estiver com a palavra, usando de toda a moderação, prudência e urbanidade em todos os seus atos.

3. (O Venerável deve) Proibir discussão sobre assuntos que possam irritar os irmãos, alterando a harmonia e fraternidade que deve reinar entre todos os maçons.

4. (Ao Venerável é permitido) Suspender os trabalhos, sem as formalidades ritualísticas e até levantar a sessão, quando não puder manter a ordem. Os trabalhos, assim encerrados, não poderão ser continuados, na mesma sessão, sob a presidência de outro maçom qualquer. É claro que essa providencia é de cunho extraordinário e deve ser tomado com grande descortino, para que não se configure uma manobra autoritária e arbitrária.

5. Os metais da oficina são intocáveis. “O Venerável também não poderá usar os metais da Loja para aplicação no mercado financeiro, sem a aquiescência da maioria dos Maçons presentes a sessão convocada especificamente para esse fim, pois, havendo risco de perda, há necessidade do aval da Loja; se isso não acontecer, o Venerável incorrerá em crime de apropriação indébita, podendo ser processado nos termos da Lei Penal e do Código Processual da Obediência.

6. O Venerável deve ser objetivo na condução dos trabalhos. Deve se ater ao Ritual e ao essencial. Deve evitar digressões desnecessárias que só alongam as sessões, causando mal estar e desencanto. As sessões longas são um excelente motivo para as freqüentes ausências dos irmãos. Quando menos tempo se usar para assuntos desnecessários mais substanciais poderá ser o “Tempo de Estudos ou Instrução”, fonte importante de conhecimentos. autor é José Ricardo Roquette

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO

O tema “O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.

Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G.·.A.·.D.·.U.·., respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país.

Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.

Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIA
O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.

O único meio eficaz para se combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão do próprio significado de cada um desses conceitos, ou seja:

- Ignorância significa o desconhecimento ou falta de instrução, falta de saber.
- Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.
- Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneo que, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, a falsa idéia a respeito do sobrenatural.
- Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude.

Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.

Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido".

TOLERÂNCIA
É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos.

Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.

Deus é tolerante com o pecador, não com o pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia. Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente.

Devemos ser tolerantes com nossos filhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressar nosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.

É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.

A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante.

Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.

Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.

Shakespeare disse “não importa” o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos ser tolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado por quem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudo seja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância.

Em síntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir o seu exemplo.

A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dos ensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.

ÉTICA
Por definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formação cristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo, não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e cristã.

A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade, de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva.

A maçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade, regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo, a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da conduta humana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre uma postura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe de família exemplar.

Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto o sistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que os acolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes.

O forte sentimento de fraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, da união ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz.

No mundo profano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nem vendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar o pecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo, homens que fiquem com o direito, embora o céu caia.

O objetivo de uma instituição maçônica é o de criar tais homens.

CARIDADE
Estamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, da educação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contas nada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem. A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”.

Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosos poderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fé e esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque há caridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seu próximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida de suas forças.

O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando sua felicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo dia carregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!

Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegos guiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontade estiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre, tenha caridade!

Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca os outros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento, sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatos e palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida com caridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra.

A CARIDADE é uma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇA
Para escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça, definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é seu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.

Assim, para definirmos a justiça na maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiça encontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão, certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais são colocados em seus pratos.

Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição de justiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para que cada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquilo que é seu.

Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seu livro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.

Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazer tudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares”.

Como se percebe, para podermos viver em sociedade ou mesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive em sociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo de interação social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja, tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.

Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejar e de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidades assistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio.

A Maçonaria é uma sociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cada Maçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é o da igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, a própria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo, raramente discutido e talvez não completamente entendido.

O homem, principalmente o Maçom deve ser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguir com imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios e principalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muito particularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem, aviltam e envelhecem.

Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo a reverencia a Deus.

À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere a Maçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço e aprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria cultura universal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA
“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimento de novos lideres”.

Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar ou desenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder.

O líder para descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente o Resultado.

Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal, quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante do sucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.

Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, sua credibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidade indeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores. Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobre os ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cada pessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitos compartilhados.

O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas para gerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É a liderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em um contexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem:

- Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitação sobre a realização de sonhos compartilhados;
- Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé, lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos à emoção;
- Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promover solenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização;
- Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho, compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores;
- Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas e guiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade;
- Integridade: ser honesto e confiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissos concluindo-os.

PERSEVERANÇA
A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo.

A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro.

Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe.

Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa).

É bom lembrar que os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam esses valores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades. Usando espontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo, leva-nos à verdade e a luz.

CONCLUSÃO
O Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorância é o vício que mais aproxima o homem do irracional.

Assim sendo e por ser Maçom, deve ele conduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípios maçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade.

Não se aprende tudo de uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, a ação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações, trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir o homem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância.

O Maçom deve ter e manter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito, procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprir sempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros da Sociedade Maçônica.

O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.

Trabalho enviado pelo I.'. Milton Antonio Sonvezzo, M.'.M.'. da Loja Graal do Ocidente, federada ao Grande Oriente do Brasil.

Esta RL, juntamente com mais três, formam o Templo Ocidente e, uma vez ao ano, promovem um evento denominado "SEMTO" que significa Seminário dos Mestres do Templo Ocidente. Este trabalho foi apresentado no último evento, realizado em 01 de Setembro de 2003.

Contribuiram parea este trabalho os II.'.Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, Eugênio Morganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, Oswaldo Chagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei Venceslau Faria e Walter Benegra.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO IV
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

A Liderança nas Lojas Maçônicas

Inicialmente chamo a atenção dos Irmãos para o fato de que nos trabalhos que apresento sempre procuro trazer uma mensagem... Um chamar à razão... Na certeza de que cabe a cada de nós fazer suas reflexões e através de suas análises chegar às suas próprias conclusões.

Administrar uma Loja é tarefa muito mais complexa do que supõem aqueles que julgam o exercício dos cargos apenas como o dever de desempenhar as tarefas ritualísticas. Assim como nas empresas não há o chefe superior inato, na Maçonaria também não há dirigente ou ocupante de cargo inato. Para administrar uma Loja é mister a observância de normas e práticas eficientes, como, por exemplo as aconselhadas pelo Mestre Fayol:

PREVER - ORGANIZAR - COMANDAR OU DIRIGIR - COORDENAR - CONTROLAR.

Dito isto somos arremetidos para o que se pode considerar como uma das funções mais difíceis de serem exercidas em qualquer atividade humana: A liderança.

Nas Lojas maçônicas a liderança do Venerável Mestre é de fundamental importância para a direção dos trabalhos, realização de projetos, dinamismo e união dos Irmãos, até porque cada maçom em particular se considera um líder e o confronto de líderes pode gerar conflitos.

Neste contexto o Venerável não tem por missão impor normas; faz respeitá-las sem que ninguém sinta. Sua missão é sempre impessoal e ele não se impõe pela força. É apenas o condutor dos trabalhos, eqüidistantes das facções que, no plenário da Loja, lutam por suas idéias.

É importante, também, distinguir liderança e autoritarismo. Lembro-me, perfeitamente, das abordagens feitas por um Instrutor de Liderança em Curso realizado na década de 1960 quanto a lideres autocráticos e democráticos com suas distintas concepções.

O autoritário é impositivo, dominador, arrogante, despótico e se impõe pelo poder que detém.

O democrático, por sua vez, é ético, confiável, sensato, cheio de energia, humilde, ansioso por aprender e se destaca pela competência em tratar com pessoas e coisas.

Esses aspectos básicos e, com certeza, já sobejamente, conhecidos e que trazemos às nossas reflexões. Com toda certeza o assunto não se esgotará e aqui não trouxemos questionamentos, respostas ou soluções. Razão pela qual, entendemos, tudo deva ficar por conta de cada um de nós, Maçons, no individualismo de cada um dentro da Ordem, que no somatório final, trará com certeza, uma melhoria dos trabalhos desenvolvidos e de nossos relacionamentos interpessoais. Na verdade, este argumento é conservador, travestido de palavras progressistas que escondem as posições que se defrontam com a realidade de cada Loja.

Afinal, o que é liderança e qual a razão do tema?
Liderança é a capacidade de fazer com que todos remem na mesma direção, estimulados por um objetivo comum a todos.

É exatamente isto que os membros de uma Loja precisam fazer: remar na mesma direção, e com isto não estou desprezando a existência do aspecto que faz funcionar a LOJA ESOTÉRICA e que foge, obviamente, às abordagens do tema ora proposto. O líder de uma Loja Maçônica é o Venerável Mestre que é um indivíduo, tem mente, um corpo, um envoltório de compreensão. Sob o ponto de vista administrativo uma Loja Maçônica é um mundo exatamente como todos os demais. O Venerável Mestre é quem exerce o controle sobre a organização. Uma Loja tem um sistema de poder verticalizado, isto é, possui uma hierarquia bem definida: Venerável, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante, etc Assim sendo, podemos dizer que, enquanto no mundo profano, os ocupantes de cada cargo delegam a execução de tarefas e não a responsabilidade pelos erros ou acertos. Na maçonaria delega-se a execução e a responsabilidade pelos erros ou acertos. Exemplificando: Diz o VM Iir. 1 e 2 Vvig anunciai em vossas colunas assim como anuncio no Or.

Diz o 1 V., seguindo a hierarquia, Iir. da col., eu vos anuncio por ordem do VM, que ele... Segue-se o 2 V, fazendo o anuncio na coluna do Sul. A palavra está na Col. do Sul. Seguindo a hierarquia, a palavra volta ao 1 V: - A palavra está na col. do N. - Reina silêncio na Col. Do Sul Ir. 1 V. Cabendo ao 1 V após reinar silêncio dizer: - VM reina silêncio em ambas as colunas.

Pode parecer estranho tal abordam dos diálogos mas observemos que o VM ao final diz: - Não havendo mais quem fazer uso da palavra, a mesma será concedida ao Ir. Orador para as suas conclusões, como Guarda da Lei na forma do ritual fará uma rápida análise dos trabalhos realizados, saudará os visitantes e dará a sessão com justa e perfeita, etc Dada a importância do Orador na condução dos trabalhos de uma Loja Maçônica encontramos, no Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, detalhada, não a função, mas a postura de um Orador sob o ponto de vista do seu autor Nicola Aslan.

No que tange a liderança na maçonaria podemos enumerar o seguinte:

Maçons há que quando são eleitos para cargos, presumem que serão seguidos, naturalmente, pelos irmãos. Este é o primeiro engano. Maçons há que acreditam que a leitura de livros sobre liderança os tornarão aptos para o exercício da função de cargos maçônicos. Segundo engano.

Dentro da dualidade: esotérica-administrativa muitos maçons com pretensões de se tornarem líderes, compram livros na esperança de alcançarem seus objetivos. Essas iniciativas geram um sentimento de satisfação mas, na prática, a liderança acaba não acontecendo.

É possível, também, o enveredar nas pesquisas às biografias dos grandes líderes e procurar pistas sobre suas habilidades, entretanto, os benefícios desse esforço serão ínfimos porque os autores desses livros biográficos descrevem apenas o que os líderes realizaram, mas não descrevem como e porque o realizaram. Na verdade, os próprios líderes pouco dizem como se tornaram um líder, porque não existe fórmula alguma para liderança.

O próprio líder não consegue reconhecer suas características individuais e que fazem com que as pessoas o sigam, mas as pessoas respondem a essas características. Portanto, somente observações ao longo dos anos podem tornar esta perspectiva nítida.

O líder, por sua vez, deve utilizar não só a cabeça, mas também o coração. A liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma. Ela está, quase sempre, fundamentada em uma conexão emocional e não, simplesmente, racional. E, convenhamos às vezes a pretendida liderança, particularmente, em uma Loja, contrariando a "tradição maçônica" não é exercida, democraticamente, pelo Venerável Mestre. É que abrimos parênteses para dizer não ser este o caso de nossa Loja.

Philip Crosby tem uma definição de liderança muito interessante que é a seguinte:

"Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações conduzidas por pessoas sejam planejadas, para permitir a realização de um programa de trabalho."

Adaptando esta definição para a linguagem maçônica, poderíamos ter algo assim:

Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização de um plano de trabalho.

Precisamos desdobrar alguns elementos da definição para tornar a mensagem mais compreensível.

"Deliberadamente" significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claras na mente de todos os Irmãos.

"Ações executadas pelos Irmãos" significa que os objetivos e metas devem ser alcançados por meio de ações empreendidas por todos os Irmãos e não ações executadas por um pequeno grupo deles.

"Planejadas" significa programar uma seqüência de eventos que permita que os Irmãos saibam, exatamente, aquilo que vai acontecer e o que se espera que cada um faça.

"Plano de trabalho " refere-se às realizações específicas que, realmente, se deseja alcançar.

Portanto, caros Irmãos, para o exercício pleno da liderança é preciso seguir alguns princípios fundamentais:

1.Um programa de trabalho claro e definido.
2.Uma filosofia individual.
3.Relações duradouras.
Meditemos sobre tais princípios.
Aqueles que desejam ser líderes precisam compreender, assimilar e implantar estes princípios de liderança, tendo sempre em mente a trilogia da Ordem Maçônica:

Liberdade - Igualdade e Fraternidade


Liberdade com ordem.

Igualdade com respeito.
Fraternidade com justiça.

Liderança envolve um trabalho árduo. Muitos dos que aspiram ao papel de líder, não conseguem desempenhá-lo. Outros têm os atributos adequados, mas nunca chegam a fazer qualquer coisa a respeito.

Confesso que gostaria de estender-me muito além do que foi até aqui exposto, por se tratar de um assunto, por si só, palpitante, complexo e controverso, em particular, quando trazido para as hostes maçônicas quanto à sua interpretação e aplicabilidade. Entretanto, acredito que as seguintes premissas não podem ser esquecidas:

"Dê poder ao homem e o conhecerás."
"De todas as paixões que agitam a sociedade a mais funesta e sanguinária é a ambição pelo poder."
"A obrigação do maçom cujo poder é temporal deve por escopo manter a Ordem intacta."

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO IV
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

O LÍDER MAÇÔNICO


"Para um verdadeiro líder, ter que mandar é uma derrota pessoal. Mas, se for preciso, ele vai mandar, até porque a vida não é feita somente de vitórias.
Um líder que conjuga excessivamente o verbo mandar, na primeira pessoa do singular, não é líder é chefe. E, chefe, só tem quem depende dele.
Se o líder a quem você segue usa muito o verbo mandar na primeira do singular, cuidado! Você pode não estar seguindo a um líder, mas vivendo com medo de um tirano e o medo é o pior sentimento que um ser humano pode experimentar. O medo vai encolhê-lo e transformá-lo em alguém fraco e incapaz de agir por conta própria (ainda que através do seu líder). Procure seguir alguém que conjugue o verbo poder, na primeira pessoa do plural. Vocês terão mais sucesso.
O líder de verdada não diz o que tem que ser feito, ao contrário, ouve (sente, enxerga) o que aqueles que são seus colegas de missão queiram e repete. O líder pode e tem o direito de dar "um toque pessoal" às decisões de um grupo, até porque ele faz parte do grupo e sua opinião também conta, mas, no final das contas, é o grupo quem deve decidir. O líder de verdade é mais um "seguidor" do que um "determinador".
A história destaca muitos chefes e poucos líderes, com efeito, vemos, infelizmente muitos líderes que viraram chefes, enebriados com a falta de capacidade daqueles a quem passaram a comandar.
Muitas vezes, o grupo não sabe o que quer, mas não cabe ao líder decidir, apenas conduzir o grupo a uma decisão de consenso. Voltando ao início, se precisar mandar, ele o fará, mas não se sentirá bem com isso. O líder que se sente bem mandando, não é líder, é tirano. Esse "tipo" de líder acontece, principalmente em sociedades cujo povo não tem preparo e é guiado como um rebanho.
Finalmente, o verdadeiro líder preocupa-se em vencer a mais difícil das batalhas que é contra a sua própria vaidade e os seus próprios defeitos, a batalha contra si mesmo. O verdadeiro líder é, antes de qualquer coisa, líder de si mesmo." - Winston Churchill

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

domingo, 2 de maio de 2010

- A LIDERANÇA E O VENERÁVEL -






Ir.'. Anatoli Oliynik - M.'.I.'.

A liderança pode ser considerada como uma das funções mais importantes e mais difíceis de serem exercidas em qualquer atividade humana.
Nas Lojas maçônicas a liderança do Venerável Mestre é de fundamental importância para a direção dos trabalhos, realização de projetos, dinamismo e união dos Irmãos, até porque cada maçom em particular se considera um líder e o confronto de líderes pode gerar conflitos.
É importante, também, distinguir liderança e autoritarismo. São concepções distintas. O autoritário é impositivo, dominador, arrogante, despótico e se impõe pelo poder que detém. O líder, por sua vez, é ético, confiável, sensato, cheio de energia, humilde, ansioso por aprender e se destaca pela competência em tratar com pessoas e com coisas.
Afinal, o que é liderança e qual a razão do tema?
Liderança é a capacidade de fazer com que todos remem na mesma direção, estimulados por um objetivo comum a todos.
É exatamente isto que os membros de uma Loja precisam fazer: remar na mesma direção, estimulados pelo Venerável Mestre.
O assunto está sendo abordado por um motivo muito simples. Fui inquirido por um Irmão se possuía algum material que pudesse ser utilizado numa loja maçônica no sentido de ensinar liderança ao Venerável Mestre. Disse-lhe que possuía um projeto operacional capaz de orientar a loja no estabelecimento de sua visão, missão, objetivos estratégicos etc. e que poderia ser de grande utilidade para a loja. Entretanto, percebi que o Irmão queria, efetivamente, era algum material relacionado diretamente com o tema liderança.
Alguns maçons quando são eleitos Veneráveis Mestres de suas lojas e após assumirem os seus cargos, presumem que serão seguidos, naturalmente, pelos irmãos do quadro. Este é o primeiro engano.
Outros, acreditam que a leitura de livros sobre liderança os tornarão aptos para o exercício da função de Venerável Mestre. Segundo engano.
Muitas pessoas que desejam se tornar líderes, compram livros e assistem a seminários na esperança de alcançarem seus objetivos. Essas iniciativas geram um sentimento de satisfação nelas mas, na prática, a liderança acaba sendo o resultado das ações conduzidas por uma pessoa. Por este motivo, ao invés de oferecer àquele irmão o material sobre liderança, ofereci a ele um projeto operacional capaz de dar rumo a loja, desde que haja participação e comprometimento de todos os membros do quadro na sua implementação. Se o resultado de um projeto desses ou de outro qualquer for positivo e aceito por todos, fará com que o condutor do projeto, no caso o Venerável Mestre, seja considerado por todos os irmãos do quadro e de outras lojas, um líder. Por outro lado, é possível, também, pesquisar as biografias dos grandes líderes e procurar pistas sobre suas habilidades, entretanto, os benefícios desse esforço serão ínfimos porque os autores desses livros biográficos descrevem apenas o que os líderes realizaram, mas não descrevem como e porque o realizaram. Na verdade, os próprios líderes pouco dizem como tornar-se um líder, porque não existe fórmula alguma para liderança. Há uma frase célebre: "Não importa o que o líder faz, mas sim o que o líder é". O próprio líder não consegue reconhecer suas características individuais e que fazem com que as pessoas o sigam, mas as pessoas respondem a essas características. Portanto, somente observações ao longo dos anos podem tornar esta perspectiva nítida.
O líder, por sua vez, deve utilizar não só a cabeça, mas também o coração. A liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma. Ela está, quase sempre, fundamentada em uma conexão emocional e não racional. Philip Crosby tem uma definição de liderança muito interessante que é a seguinte: "Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações conduzidas por pessoas sejam planejadas, para permitir a realização do programa de trabalho do líder."
Adaptando esta definição para a linguagem maçônica, poderíamos ter algo assim:
Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização do plano de trabalho do Venerável Mestre.
Precisamos desdobrar alguns elementos da definição para tornar a mensagem mais compreensível.
"Deliberadamente" significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claros na mente de todos os Irmãos. Significa, ainda, que o Venerável Mestre deve escolher cuidadosamente os membros para compor sua Diretoria e que conduza todos numa mesma direção.. Ações executadas pelos Irmãos" significa que os objetivos e metas devem ser alcançados por meio de ações empreendidas por todos os Irmãos e não ações executadas por um pequeno grupo deles.
"Planejadas" significa programar uma seqüência de eventos que permita que os Irmãos saibam, exatamente, aquilo que vai acontecer e o que se espera que cada um faça.
"Plano de trabalho do Venerável Mestre" refere-se às realizações específicas que o Venerável realmente deseja.

Portanto, caros Irmãos, para o exercício pleno da liderança é preciso seguir alguns princípios fundamentais:

1.Um programa de trabalho claro e definido.
2.Uma filosofia individual.
3.Relações duradouras.

Aqueles que desejam ser líderes precisam compreender, assimilar e implantar estes princípios de liderança.
Liderança envolve um trabalho árduo.
Muitos dos que aspiram ao papel de líder, não conseguem desempenhá-lo. Outros, têm os atributos adequados, mas nunca chegam a fazer qualquer coisa a respeito.
Existe uma idéia tradicional de que os líderes querem praticar o bem. Entretanto, nem todo líder tem um programa voltado para a prática do bem.
Freqüentemente, a liderança é uma arte da qual se abusa.
Conheço um caso em que o Venerável de uma Loja, decidiu levar sua Loja para outra Obediência em troca da isenção de cobrança das taxas e dos rituais por um período de dois anos. Um caso típico de liderança negativa.
Dignidade maçônica sendo "vendida" por um punhado de papéis e uns míseros trocados. Indignidades do Grão-Mestre (?!) corruptor e do Venerável corrompido, ambos líderes, porém, sem princípios éticos e morais.
Confesso que gostaria de estender-me muito além do que foi até aqui exposto, por se tratar de um assunto palpitante, complexo e controverso quanto a sua interpretação, mas, por outro lado, devo respeitar o limite de tolerância dos Irmãos em termos de tempo para leitura e também de espaço ocupado.
Para finalizar, permito-me apresentar, a seguir, um quadro que mostra os cinco perfis de liderança quanto a personalidade e características peculiares de seus agentes.
A Grade da Liderança - PERSONALIDADES
Destruidor
Procrastinador
Paralisador
Planejador
Realizador
Programa de trabalho
"Agora faremos isto deste modo."
"Vou colocar este assunto sob malhete. Mais tarde voltaremos e ele."
"Esteja certo de que isso não viola nenhum regulamento."
"Mostre a estratégia para que todos os IIr.'. possam vê-la."
"Revisaremos os pontos de referência, mensalmente."
Filosofia
"Tenho mais conhecimento que o Irmão."
"Não vamos apressar as coisas."
"Não se preocupe com aquilo que funciona"
"Quero que sejamos coerentes em tudo."
"Quero que todos conheçam nossa filosofia."
Forma de relacionar-se
"Não preciso dos Irmãos"
"Vamos ver primeiro como eles, lá do(a) Grande X, reagem."
"Faremos como sempre fizemos."
"Precisamos ter mais encontros e seminários etc."
"Vamos incluir outras Lojas e Irmãos.
O que vemos
Uma pedra bruta grosseira e insensível.
Um indivíduo relutante, nervoso e inseguro.
Um indivíduo congelado no tempo.
O progresso planejado.
Um indivíduo vibrante e coerente.

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