quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Portal Maçônico Orvalho do Hermon: VELOCÍMETRO DA MINHA CONEXÃO

Portal Maçônico Orvalho do Hermon: VELOCÍMETRO DA MINHA CONEXÃO: Teste de Velocidade

O Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON destina-se aos debates de assuntos relevantes para a maçonaria universal.

Segue o Link: http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O SALÁRIO DO MAÇOM



A Maçonaria Operativa, como estrutura de regulação do acesso e prática da atividade profissional de construtor em pedra, regulava igualmente as formas de pagamento e os montantes dos salários dos seus associados.Também na Maçonaria Especulativa os maçons recebem o seu salário. Simplesmente, como tudo na Maçonaria Especulativa, o salário que o obreiro é simbólico. O obreiro trabalha em Loja. Em quê? No seu aperfeiçoamento, na busca dos conhecimentos, das lições, dos exemplos, das práticas que dele farão uma pessoa melhor. Nesse trabalho tem de identificar e interpretar símbolos, atribuindo-lhes o seu significado pessoal, similar ou não ao que os seus Irmãos, ou alguns dos seus Irmãos, ou um particular Irmão, lhes atribuem. O trabalho do obreiro em Loja insere-se e une-se ao trabalho que os demais obreiros efetuam constituindo o conjunto um acervo de estudos, atividades, interpretações, princípios desenvolvidos, que tem mais virtualidades como um todo do que a mera soma dos contributos individuais. Virtualidades para quem? Para os próprios obreiros. O trabalho maçônico é eminentemente individual, mas coletivamente efetuado. O seu resultado, inserido no conjunto dos esforços e nele amalgamado, está à disposição para apropriação de todos e de cada um. A forma como cada um beneficia é com cada qual. O mesmo obreiro, em cada momento, pode retirar do trabalho que ele e seus Irmãos efectuam lições ou consequências diferentes. Hoje poderá ser uma lição moral, amanhã uma simples lição de vida ou regra de conduta, depois uma ferramenta para uso no seu dia a dia profissional ou de relação social, por vezes apenas (e tanto é...) uma simples sensação de Paz, de Segurança, de Conforto, a mera (mas por tantos tão dificilmente obtida) noção do seu lugar na vida e do significado da sua existência. Perante a sua Loja, o maçon apresenta para o trabalho a Pedra Bruta que é ele próprio, o seu Carácter, a sua Personalidade, as suas Características, as suas Virtudes, os seus Defeitos, as suas Capacidades, as suas Insuficiências, as suas Potencialidades e o que falta para as transformar em Realidades. Junto de seus Irmãos, trabalha essa Pedra Bruta. Retira-lhe as asperezas. Melhora a sua forma. Determina o local onde deve ser colocada. Dá-lhe cor e atavio. A pouco e pouco, essa Pedra Bruta será cada vez menos Bruta, ganhará forma mais delineada e adequada, tornar-se-á mais útil para a função que está destinada a exercer. A pouco e pouco, tornar-se-á uma Pedra Aparelhada, já com alguma utilidade e capacidade para se inserir no grande Templo da Criação, Parede da Humanidade. Mas ainda será, não já áspera, mas rugosa, não já suja, mas baça. Será ainda necessário alisá-la e poli-la, de forma a que, a seu tempo, a Pedra Bruta que é o maçon possa vir a ser a muito mais útil e bela Pedra Polida. Mas, ainda então, de pouca utilidade e valia será se não for inserida no local adequado, pela forma asada, para exercer a função destinada. Há que conhecer ou definir os Planos, efetuar e ler o Desenho que nos guie para colocarmos a nossa Pedra, que foi Bruta e que procuramos tão Polida quanto o logramos que fosse, no lugar correcto, em que será útil e contribuirá para a sustentação, imponência e beleza do Templo em cuja construção se insere. Cada maçon, à medida que vai trabalhando, vai aprendendo a trabalhar, à medida que melhora, vai aprendendo a melhorar, a medida que aprende, vai aprendendo a aprender. E cada vez mais vê melhor trabalho, mais melhoria, mais larga aprendizagem. À medida que evolui vai aumentando o benefício que retira do trabalho que efectua. Não patrimonial, mas pessoal, intrínseco. Esse benefício é o salário do maçon, a justa remuneração do seu esforço. Não tem valor de mercado, nem cotação de troca, porque vale muito mais do que uma mercadoria ou um serviço. Tem o valor supremo da Pessoa Humana, que cresce, que se educa, que evolui, que se aprofunda, que se realiza, que se enobrece, que se dignifica. Esse valor vale mais que todo o ouro do Mundo, que todas as riquezas e mordomias de que usufruem os afortunados do planeta. Porque nada vale mais do que um Homem digno, de espinha direita, cabeça lúcida, espírito forte. Aos outros, por mais ricos que sejam, conquistou-os o mundo. Este conquista o mundo, ainda que seja pobre e sem poder. O seu mundo. O que interessa. O salário do maçon é o que ele retira do bolo comum que resulta do seu trabalho, do seu esforço e dos seus Irmãos. Em conjunto e com o fermento da Fraternidade, esse bolo cresce muito mais do que se lhe pôs, ao ponto de todos poderem retirar mais um pouco do que cada um lá pôs e ainda sobra bolo. Esse salário não se conta, não se mede, não se pesa, não se avalia. Só o próprio o sente e dele beneficia. Não tem valor facial algum. Tem todo o valor moral e espiritual. E, porque à medida que o maçon trabalha, aprende, cresce melhora, de cada vez vai conseguindo retirar um pouco mais, de cada vez vai conseguindo aumentar um pouco seu salário. Imperceptivelmente. Até que um dia os seus Irmãos dão por ela e... oficializam-lhe o aumento de salário! Chamam os maçons aumento de salário à passagem de grau. Mais não é do que o reconhecimento dos progressos feitos. 

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO VI
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

domingo, 26 de fevereiro de 2012

VELOCÍMETRO DA MINHA CONEXÃO

SAUDAÇÃO AO NEÓFITO


No momento em que professa sua crença e adesão aos princípios fraternais da Maçonaria, que o Grande Arquiteto do Universo lhe conceda Força, Humildade, Sabedoria e Tolerância. Força, para suportar com serenidade as barreiras e pressões ideológicas ou psicológicas e eventuais ofensas com que certamente o atacarão aqueles que, cegos à luz da Verdade e do Conhecimento, se satisfazem na cinzenta dimensão de seus pequeninos horizontes sem conhecerem vitória nem derrota. Humildade, para trabalhar em benefício da Fraternidade Maior que é a Humanidade e poder crescer em harmonia com todo o universo, buscando incessantemente dar cumprimento à parte da Grande Obra que lhe for destinada nesta jornada terrena, assim como ao buscar satisfazer a curiosidade que o próprio Deus imprimiu em seu espírito sobre as razões da Criação, de modo que não ofenda nem desrespeite o Plano Divino. Sabedoria, para continuar sendo um Homem livre, justo e limpo de mãos e de espírito, seguir sua consciência e sua fé, recuar de qualquer caminho que o afaste da procura da Verdade Suprema, adquirir o conhecimento e, multiplicando-o, torná-lo numa benção. Tolerância, virtude tão escassa nos dias de hoje, para que seu espírito jamais se turve com preconceitos, superstições e posições dogmáticas, pois se essa Virtude lhe faltar será apenas uma folha ao sabor da corrente das paixões e nada poderá construir que justifique o dom da vida que recebeu. Que o Grande Arquiteto do Universo o ilumine, guarde e ajude sempre para que jamais se afaste desses princípios aque ora abraçou e que possa ser mais um Irmão entre Irmãos livres até o fim de seus dias, cumprindo cada palavra do Juramento com honra e dignidade. E que seu espírito esteja, também, sempre alerta contra as glórias vãs e transitórias e as honrarias mundanas que o Homem cria sem cessar para alimentar a própria vaidade e disfarçar suas fraquezas. 

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
 Rio de Janeiro – RJ – Brasil

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A PROBIDADE O HOMEM DE BEM


O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para todos, sem distinção de raças, nem de crenças, por que em todos os homens vê irmãos seus. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. O DEVER O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem. Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem. O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é a bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O dever é o mais belo laurel da razão; descende deste como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento. O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. A VIRTUDE A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe impõe: o orgulho. CONCLUSÃO No ritual maçônico a probidade pode ser encontrada vivamente em dois momentos que se repetem no ato da iniciação. O primeiro momento, o irmão orador lê o conhecimento prévio do compromisso solene e adesão aos princípios da Ordem Macônica, para recipiendário. No segundo momento, o Venerável lê novamente o solene compromisso, agora na condição de neófito, devido ter alcançado o direito de receber a luz material e com ele simbolicamente espiritual. Por último o Venerável reafirma e o neófito confirma aqueles compromissos, usando de toda sinceridade. Partindo desta premissa todos os atos praticado em descordo aos compromissos solenemente assumidos tornar-se-ão improbidade. Belo Horizonte, 18 de maio de 2.000. Ronaldo de Assis Carvalho Mestre Maçom