sábado, 30 de março de 2013

A I N I C I A Ç Ã O


O que de mais valioso e precioso o ser humano pode buscar na superfície deste planeta é a sua liberdade de ser. Para ser livre dos aborrecimentos, das tristezas, das mágoas, do desequilíbrio, da dor, dos pensamentos obscuros, para ter uma mente limpa e livre, para poder apreciar o espetáculo da vida e, depois, o espetáculo fantástico de ser livre, pela consciência, pela ação consciente, pela Iniciação.

A iniciação é uma ciência absoluta que conduz o Ser ao autoconhecimento, ao auto domínio e à auto realização, que é igual à conquista da Luz que é. A Iniciação ocorre através de transformações constantes dentro do seu universo interior que significa escalada de níveis de consciência.

Com o uso preciso e constante da vigilância é possível conhecer-se a si mesmo e, desse modo, conhecer o Universo, seus mistérios e suas Leis. Esta é a escalada iniciática Real, que em nosso meio se faz por meio da escolha consciente, não por um impulso da dor, mas por exercício do direito de ser, por meio da Iniciação, um Infinito Realizado gradativamente pelo exercício do Ousar Querer Saber Ser, e no Silêncio da Consciências Ser um Universo Infinito dentro do Eu. Isto representa conhecer Deus e seus Mistérios.

A escalada rumo a uma elevação espiritual se faz através da Iniciação – aqui na Terra – nesta vida, ou por meio dos Planos Planetários, com suas Raças e sub-raças, e deste modo em longo tempo, e por meio da recorrência e da Inconsciência, do esquecimento.

 
São sete as Iniciações Reais até a Libertação do Ser, como Cidadão do Todo, consciente de si, de sua essência, de sua procedência e da sua função e finalidade na Vida Verdadeira e Eterna de Bem aventurança.

Portanto são sete as Iniciações reais que nossa Escola de Consciência ensina, assim como sete são os sete principais chakras ou sete são as portas. A primeira é a plataforma da Serenidade, a segunda do Equilíbrio, a quarta chama-se Amor e a sétima chama-se Divindade.

As três primeiras Iniciações simbolizam, quase o ápice da pirâmide, a conscientização da sua origem, da essência e da procedência, e daquilo que é, e depois, como atua de modo ordenado no mundo manifestado.

As quatro iniciações seguintes significam a atuação no mundo da ação: a mente, o som, a ação e a sutileza. Aí consolida a pirâmide fantástica que o Ser é, e consolida o estar no ápice da pirâmide. A partir de então, começa a exercitar a consciência da terra e de mundos interplanetários, até da conscientização de ser o Princípio Inteligente, com plena condição de se expandir com seu formador Mestre, de se engrandecer e elevar-se como uma Luz Maior.

Das sete grandes Iniciações que configuram uma primeira grande etapa Ascencional (Autorrealização ou Pleno Despertar), a primeira Iniciação seria a Consciência de Ser. Antes a pessoa não tem consciência de Ser. Pensa que é, mas não sabe o que é. É um sono profundo e a completa identificação com a vida transitória. Pensa que sabe, mas não sabe, pois acha que é a forma, ou a persona, ou mesmo algum dos papéis que assume no mundo das formas.

Mas um dia constata que É. Mais do que a forma, mais do que os pensamentos, mais do que as emoções, mais do que os papéis, mais do que os egos. Constata que é uma Consciência, um Ser. Sente que existe. Indescritível Despertar que é proporcionado pela Primeira Iniciação.

A Vida é Ser. Se você constatar que você É, de fato e verdadeiramente É o Ser, significa que você é Vida. Começa a apreciar a Vida e a conhecer a Vida Verdadeira. A Iniciação proporciona este estado de percepções e sentires. Se quer Saber, se se sente disposto, eis a oportunidade: Nós somos a Ordem dos Filhos da Sabedoria, somos Formadores Consciências. Somos metodologia para sua disposição. Unamo-nos.

 
O Iniciado

Ser Iniciado significa um vigiar permanente, ter discernimento do posicionamento do certo e do errado (relativamente abordado) para não cometer erros, para não pensar por ilusão que seria o mundo manifestado, o mundo temporário, ilusório, o irrealisável. Jamais aderir a uma ilusão que é como uma fenda na qual entra, pois jamais era para entrar em fendas. Não poderia entrar porque Iniciado significa vigilância permanente, de segundo em segundo, para não deixar uma brecha, para entrar uma ilusão, que seria uma antimeta, cujo custo são os efeitos desordenados das causas desordenadas do desvio, da fenda, da brecha da ilusão.

O homem é idealizador e executor de seu próprio destino. O destino humano, sua felicidade ou infelicidade dependem do livre arbítrio, não por mandamento obrigatório, mas pelo impulso da sua consciência – que se chama Iniciação. Quando o homem realiza-se em si mesmo, todas as coisas fora dele são realizadas. E para chegar a uma realização, necessita da fonte de Sabedoria que reside em seu mundo interior. Um Mestre, uma união de Iniciados e uma Tradição Iniciática, são somados facilitadores e até mesmo produtores de meios e oportunidades, além da experiência adquirida e do método, que viabilizam a Iniciação.

Em nosso meio você encontrará, diretamente proporcional à sua disposição, o que necessita para o desenvolvimento consciencial; para a Ascensão Dirigida, para a Iniciação Real e para Ser um Universo Infinito dentro do Eu.

Somente no mundo interior, o mundo esotérico é que se encontra a realização do Ser. No mundo exterior ou mundo empírico, mundo dos sentidos e o mundo analítico da inteligência, não realiza, pois esta só se desenvolve, só se concretiza por meio da Iniciação. O mundo dos sentidos, em realidade, é o mundo do Estar, afetivo, material e até o mecânico espiritual, que servem de meios. Mas meios são meios e não Razão. Esta é o mundo Consciencial, o mundo interior.

Quem em primeiro lugar busca o Reino de Deus e sua Harmonia, verá que todas as coisas lhe serão dadas por acréscimo.

Abençoado o Ser que chega em um ponto de um dia saber que teve a oportunidade de vir à Terra, assimilar conhecimento, transformar conhecimento em experiências ou mesmo as experiências em conhecimento e chegar ao resultado de saber para constatar que é aquele Ser indestrutível, absoluto, real, eterno, divino. E, apartir desta constatação assumir que não há outra forma de agir uma vez sendo divino: agir como divino ser, agir de uma forma digna de ser, não por conceitos ou valores efêmeros, mas pelos Reais Valores da Vida de um Ser.

Cônscio, o Iniciado faz por amor aquilo que especificamente veio fazer. Não por obrigação, ou por ter que fazer por mandamento da Iniciação, mas por identificação com sua função e sua finalidade; sua missão é a Justa Medida, e assim o Iniciado age, de acordo com os desígnios da Razão, a fim de realizar sua sagrada obra na superfície do planeta, até chegar a plantar um sorriso, aliviar o sofrimento de alguém, desenvolver sua Missão, e amar, pois não há outro meio de realizar sua missão consciente como Iniciado, a não ser por Amor e Saber.

No seu mundo de harmonia não vive sacrifícios. Não existe obrigação. Há o Justo cumprimento do dever que a Iniciação esclarece, e isso se realiza por amor, pois vive a bem aventurança.

O F I C I N A M A Ç Ô N I C A



(Di Prinzio – 1980)



“As duas torres marcam a passagem no recinto sagrado, do pavimento de Mosaico, no sentido de uma meta distante do agora, supervisionada por 7 energias retratadas como olhos”


Interpretação livre da obra de Alfredo Di Prinzio, por Pedro Neves.


Representa o lugar de trabalho, a construção do templo Perfeito. Onde devemos cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude.


Desbastando a pedra bruta, símbolo das imperfeições humanas com o malho e o cinzel, chegaremos à pedra cúbica polida que representa a perfeição.


Os obreiros do bem e da paz usam como argamassa o “Cimento Místico” para unir as pedras perfeitas.


Temos que saber fazer o bom uso do esquadro; utilizar o ângulo reto em nossas vidas para o aperfeiçoamento da matéria.


Com o compasso temos a medida justa para o aprimoramento espiritual através da prática das virtudes.


A régua símbolo da retidão, mostra que devemos traçar um caminho reto para atingir nossos objetivos.


O prumo serve para verificar se as paredes do Templo a ser erigido estão perfeitas e alinhadas.


O malho símbolo da vontade bem dirigida, da força que deve ser conduzida pelo juízo representado pelo cinzel, ambos trabalham em perfeito equilíbrio.


A alavanca como dizia Arquimedes “dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, ela representa o esforço humano que não deve perder a coragem.


Os três pontos são a representação do triângulo símbolos da divindade, são usados nos escritos maçônicos podendo simbolizar o amor, luz e pureza.


As letras A G D G A D U, significam: À Glória do Grande Arquiteto Do Universo.


A oficina está sobre o pavimento de mosaico, que simboliza a dualidade na vida humana, o bem e o mal, amor e ódio, virtude e vício, positivo e negativo. Ela tem o formato de uma chave, parecendo-se com uma ponte símbolo de transição de um estado para outro. Em psicologia onírica, a imagem de uma ponte pode representar um desejo inconsciente de mudança. Na simbologia mística, a ponte é o emblema de ligação entre aquilo que pode ser percebido e aquilo que está além da percepção.


O nível simboliza a igualdade que deve reinar entre os seres humanos.


Os três focos de chamas simbolizam as três luzes que governam a oficina, é princípio divino, a vida e a morte, transformação e regeneração, calor e energia vital, o fogo é o purificador supremo.


Somente seguindo a nossa jornada rumo ao oriente, poderemos alcançar a perfeição simbolizada na estrela de cinco pontas, também chamada de pentagrama, feita de um só traço, símbolo de rica significação, a qual tem sido mudada no decorrer da história, geralmente representa os cinco sentidos com os quais o ser humano se comunica com o mundo. Também o próprio homem ideal unificado, onde cada ponta representa a cabeça, e os quatro membros do corpo humano. Poderemos então, conhecer a verdadeira pronúncia da palavra perdida, o verdadeiro nome do Supremo Criador dos Mundos que se encontra dentro do delta, o triângulo representa o perfeito equilíbrio entre os três aspectos da divindade. Os ternários ou tríades sagradas, conceito comum à maioria das religiões (Brahma-shiva-Vishnu, Yang-Ying-Tao, Pai-Filho-Espírito Santo), tudo isto entre as colunas representativas do que é justo e perfeito, de onde se origina a criação do universo, aqui representado pelas esferas.


A escada que segue paralela à oficina simboliza a ascensão na vida de quem não tem o conhecimento esotérico, aquele que só conhece o exotérico, aquele que ainda não viu a luz, este caminho não leva a lugar algum, existirá sempre um muro a impedir o seu progresso.


Sete olhos supervisionam tudo, simbolizando a energia vital que tudo domina.


Temos também sete seres em seu trabalho incessante que formam a oficina justa e perfeita. - PEDRO NEVES M .’. I .’. 33


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sexta-feira, 22 de março de 2013

O ÊXITO OU FRACASSO DE UMA LOJA MAÇÔNICA DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DO SEU VENERÁVEL MESTREA



Helio P. Leite



Evolução pelo voto no Meio Maçônico


Quanto mais você souber, menos você temerá!


Votação – A votação é um dos atos mais importantes e transcendentais da Maçonaria e expressa a vontade soberana de seus membros, dada a conhecer livremente, em todas as ocasiões, através do sufrágio. O caráter eminentemente democrático da Maçonaria e do regime representativo por que se governam Lojas e Obediências fazem das votações uma constante manifestação entre os Maçons. As votações se verificam na ocasião das eleições dos Oficiais das Lojas e dos Altos Corpos, na admissão de profanos na Maçonaria e nos Graus, e nas deliberações sobre assuntos nos quais a Loja é chamada a se pronunciar.


Formação de Veneráveis Mestres – Alguns começam o trabalho de dirigente da Loja depois de um aprendizado teórico e outros se iniciam na tarefa sem qualquer estudo específico do cargo.


Não há como se propor ou se dedicar ao estudo das atribuições gerais e específicas do Venerável Mestre, sem antes conceituar e definir com clareza o que ele é. Constitui um corpo especial de dirigente responsável pela Oficina maçônica – é, na expressão mais sagrada do termo, autêntico "guias da Fraternidade" e como tal precisa estar altamente preparado para exercer com competência e dignidade essa sagrada função. É obrigação do Mestre Maçom estudar para que possa transmitir aos outros o que tenha aprendido. É dever da Loja fornecer ao Aprendiz, ao Companheiro, os meios necessários ao seu pleno desenvolvimento, zelar e se esforçar para transmitir a doutrina maçônica, exigindo pesquisas, trabalhos, preparando-os devidamente para elevações e exaltações.


Além dos seus conhecimentos adquiridos como Mestre Maçom (Ritualística – Liturgia – História da Maçonaria –Filosofia Maçônica etc., cabe ao Venerável Mestre para bem dirigir uma Loja Maçônica, aprender muito mais.


Lembramos alguns conceitos essenciais e atributos necessários de um Venerável Mestre: Competência,Conhecimento, energia, experiência, Humanidade, Tolerância, Resignação, Ética, Respeito, Justiça, Afabilidade,Fé, Esperança, Caridade e Amor.


Também significa a capacidade de trabalhar com afinco, a despeito da adversidade. O sentido de equilíbrio, como subproduto de autocontrole, é tão importante como a diplomacia. Outra característica de verdadeiro líder é ser sempre justo, honesto e não ter favoritos. A essas qualidades pode-se acrescentar a empatia, a profunda compreensão do outro. Empatia é fundamental em qualquer posição. Isso se aplica ao Venerável de uma Loja com sete obreiros, quanto ao primeiro malhete da maior Potência do Universo.


Não será um bom Venerável Mestre, o obreiro que não tiver condições de reunir toda esta fórmula, e assim, não terá possibilidades de conduzir a sua Loja por destinos gloriosos.


Não se deve, absolutamente, eleger um Irmão para este cargo tão importante, apenas baseado na sua antiguidade ou na sua humildade. O cargo de Venerável, assim como qualquer outro cargo na Oficina, não é prêmio ou compensação; é obrigação de trabalho e produção.


Iniciamos a compilação de algumas informações úteis ao bom desempenho de suas atribuições na direção de uma Loja Maçônica:


Na qualidade de líder, o Venerável Mestre, além do conhecimento da ritualística e da liturgia, deve compreender o comportamento humano, expressar-se bem e com eloqüência.


No seu trabalho, lidará com recurso humano com diversos níveis de cultura, capacidade de trabalho, capacidade de aprendizado e vontade de cooperar.


Logo percebe que as ações não se transformam em realidade significativa através de um trabalho isolado, mas sim, com o envolvimento de outros, com muito trabalho, esforço incessante, firmeza de propósitos, competência, planejamento, e atenção aos detalhes.


Como líder é o guia, a pessoa que conduz. É alguém responsável pelo seu grupo de Irmãos (e não de ‘panelinhas’). Além disso, deve ser um homem experiente e digno de confiança, um ser humano que nunca desistiu diante da pior das tempestades e, principalmente, um entusiasta.


Sem entusiasmo, jamais se alcança um grande objetivo. A maioria das pessoas bem-sucedidas descobriu que o entusiasmo pelo trabalho e pela vida são os ingredientes mais preciosos de qualquer receita para o homem e para os empreendimentos de sucesso. O aspecto mais importante a respeito desse ingrediente é que ele está à disposição de qualquer um – dentro de si mesmo.


A quem é dado o título de Venerável Mestre?


Dado ao dirigente máximo de uma Loja. É originário do século XVII, onde foi usado pelas guildas inglesas (no original, Worshipful). Ele atinge este cargo porque se torna o maçom que pode orientar e dirigir com total independência, preso apenas a preceitos e Rituais para tomar suas decisões.


Preparação para o Veneralato (não confundir com Venerança que mais parece pajelança) - O Venerável Mestre deve ter estudado a ciência maçônica e desempenhado os postos e dignidades inferiores. È necessário que possua um conhecimento profundo do homem e da sociedade, além de um caráter firme, mas razoável. As atribuições e deveres dos Veneráveis são muitos e de várias índoles e acham-se definidos e detalhados com precisão, de acordo com o Rito e a Constituição da Potência de sua jurisdição.


Todos nós precisamos muito de quem nos ensine a viver tendo como norma de conduta os Rituais da Ordem e que, independente da religião de cada um, saiba dar orientação que vai além deste pequeno tempo em que nos mantemos em nossas Oficinas. Mas que não fale, apenas, nos mostre. Em vez de levar a mensagem que seja a própria mensagem!


Sabemos que tudo o que recomendamos temos de realizar primeiro em nós. Relembremos Gandhi: "Façamos em nós as mudanças que cobramos nos outros".


Se tivéssemos um mínimo de bom senso, saberíamos que a maior tarefa do homem é a sua evolução, o que ninguém consegue combatendo os defeitos alheios, mas os próprios.


O Venerável Mestre é o divulgador da doutrina.


Precisa ter bom senso e investir na busca incessante da mensagem embutida nas palavras, a qual, geralmente, é interpretada ao revés. Para ler a letra basta ser alfabetizado.


Para ler o espírito da letra é preciso ser sábio. Inclusive quando nos referimos aos nossos problemas ou às nossas metas, dizemos que algo é importante para a Loja, quando devíamos afirmar que é importante para nós, porque nós somos a Loja. Quando perdoamos a nós próprios é quando desculpamos as faltas alheias. Quando amamos, é a nós mesmos que amamos, porque, para oferecer afeto e bondade, o homem precisa estar em paz primeiro consigo mesmo.


Sabedoria para governar – Vemos que alguns ao conseguirem posições elevadas, perdem a cabeça e se consideram acima de tudo, dos Irmãos, das leis, donos e fabricantes da verdade (recentemente uma Grande Benfeitora Loja do Oriente de Brasília foi obrigada a tornar desnecessário um Venerável truculento que permaneceu no cargo uns 4 ou 5 meses, apenas). Tornam-se arrogantes, olham de cima para baixo o seu próximo e exigem-lhe submissão, honra e obediência absoluta.


A arrogância por si mesma inclui orgulho, presunção de superioridade. Não foi por nada que o Rei Salomão pediu a Deus sabedoria para governar. A sabedoria é definida como saber regular retamente a própria vida conforme as normas da honestidade e da virtude.


"Grandes são aqueles que se fazem pequenos diante da pequenez dos que se fazem grandes"!


Aprender um pouco de humildade, saber dizer "Obrigado", ter cuidado com os bajuladores (que não são poucos, incluídos certos irmãozinhos “visitantes” que apenas atrapalham ao fomentarem discórdia, na clássica trilogia – irmãos que trabalham, irmãos que não trabalham e irmão que dão trabalho), desencorajar a disputa por posições, evitar o espírito de grandeza, ser justo com todos e generoso quando apropriado, arriscar-se mais com a prudência, ser líder inspirador, não tentar servir a dois senhores, acabar com as disputas rapidamente, seguir pelo caminho estreito, preparar-se para os dias difíceis, preparar o seu sucessor, etc.


Creio que se esses princípios fossem conhecidos e praticados, muito sofrimento e prejuízos seriam evitados e os dirigentes seriam mais felizes e tornariam seus governados mais felizes.


E, resumindo, seriam respeitados. Naturalmente o lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" de nossa Sublime Instituição não seria simples utopia positivista vazia.


Muitos, felizmente, uma vez eleitos e empossados se tornam ainda melhores, se caracterizando por serem magnânimos, compreensivos, verdadeiros, tolerantes sem ser permissivo, como bons ritualistas, sabem que o conhecimento dos Rituais não lhes permite mudanças e alterações grosseiras, inventando procedimentos ritualísticos. Estes, por serem verdadeiros líderes, além de sábios, muitas vezes são reeleitos.


Quando se recebe um cargo, seja ele qual for, o melhor que se deve fazer é reconhecer todos os seus atributos e passar a exercê-lo com garra e desprendimento, para valorizá-lo ao máximo, por que cada um é o elo da corrente e se este não funciona o conjunto estará prejudicado. Todo cargo tem sua dignidade, só o seu ocupante o torna nobre ou indigno.


Quando o Venerável é desnecessário – Uma das situações, talvez a mais dolorosa para o Venerável Mestre, é quando ele se conscientiza de que é totalmente desnecessário para a nossa Sublime Instituição: quando decorrido algum tempo de sua instalação e posse, os obreiros já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente; quando não entende que junto com os Vigilantes, deve constituir uma unidade de pensamento; quando constata que sua Loja, recolhe um Tronco de Beneficência insignificante. No caso todos são desnecessários, pois a benemerência é um dever do maçom; quando a Chancelaria não dá importância aos natalícios dos Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos e de outras Lojas; quando deixa o caos se abater sobre a Loja, não sendo firme o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo uma programação pré-definida; não cobrando dos auxiliares a consecução das tarefas determinadas, e não se importando com a educação maçônica, que é primordial para o aperfeiçoamento dos obreiros, quando procura revogar atos e decisões de administrações anteriores, com o nítido propósito de incomodar os seus legítimos antecessores.


Sem cometer qualquer equivoco, com base na observação pessoal, podemos afirmar: "O êxito ou fracasso de uma Loja Maçônica depende exclusivamente do seu Venerável Mestre; nenhuma outra razão, influência ou fator interveniente de ordem interna ou externa pode prevalecer ou prosperar no sentido de enodoar uma administração, prejudicando-a, sem que o administrador dê para isso margem. Se isso acontecer, o ponto fraco é o administrador". Na hipótese contrária, o êxito resultante também deve ser a ele creditado.


É uma dupla irresponsabilidade a eleição de um Venerável Mestre sem a necessária implementação para o exercício do cargo. Dupla, pois é irresponsável quem desta maneira aceita a incumbência, como também, irresponsável o plenário que o elege.

 Grupo Maçônico Orvalho do Hermon
O Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON destina-se aos
debates de assuntos relevantes para a maçonaria universal.